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terça-feira, 29 de maio de 2012

Tudo sobre Linfoma não-Hodgkin .2

Diagnóstico de Linfoma não-Hodgkin

São necessários vários tipos de exames para o diagnóstico adequado dos Linfomas Não-Hodgkin. Esses exames permitem determinar o tipo exato de linfoma e esclarecer outras características, cujas informações são úteis para decisão da forma mais eficaz de tratamento a ser empregado. 

Biópsia

Durante a biópsia, é retirada pequena porção de tecido (em geral linfonodos) para análise em laboratório de anatomia patológica. Há vários tipos de biópsia, incluindo os seguintes:
  • Biópsia excisional ou incisional: através de uma incisão na pele, retirase o linfonodo por inteiro (excisional) ou uma pequena parte do tecido acometido (incisional). É considerado o padrão de qualidade para o diagnóstico dos linfomas
  • Punção aspirativa por agulha fina: retira-se pequena porção de tecido por aspiração através de agulha
  • Biópsia e aspiração de medula óssea: retira-se pequena amostra da medula óssea (biópsia) ou do sangue da medula óssea (aspiração) através de uma agulha. Este exame é necessário para definir se a doença estende-se também à medula óssea, informação importante que pode ter implicações no tratamento a ser empregado
  • Punção lombar: retira-se pequena porção do líquido cerebroespinhal (líquor), que banha o cérebro e a medula espinhal (não confundir com medula óssea). Esse procedimento determina se o sistema nervoso central foi atingido.

Exames de Imagem

Estes exames são usados para determinar a localização dos sítios acometidos pela doença:
  • Radiografias de tórax: podem detectar tumores no tórax e pulmões
  • Tomografia Computadorizada: visualiza internamente os segmentos do corpo por vários ângulos, permitindo imagens detalhadas
  • Ressonância Nuclear Magnética (RNM): também produz imagens detalhadas dos segmentos corporais
  • Cintigrafia com Gálio: uma substância radioativa que, ao ser injetada no corpo, concentra-se principalmente em locais comprometidos pelo tumor. Uma câmera especial permite ver onde o material radioativo se acumulou, e determinar o quanto se disseminou a doença.
Getty Images Radiografia de tórax permite detectar se o pulmão foi atingido pelo câncer

Estudos celulares

Junto com biópsias e exames de imagem, são utilizados alguns testes que ajudam a determinar características específicas das células nos tecidos biopsiados, incluindo anormalidades citogenéticas tais como rearranjos nos cromossomos, comuns nos linfomas. Esses testes permitem também realizar estudos de receptores para antígenos específicos nas células linfomatosas, que servem tanto para definir a origem celular, como também para estimar o prognóstico do paciente. Estes testes incluem:
  • Imunohistoquímica: anticorpos são utilizados para distinguir entre tipos de células cancerosas
  • Estudos de Citogenética: determinam alterações no cromossomos das células
  • Citometria de Fluxo: as células preparadas na amostra são passadas através de um feixe de laser para análise
  • Estudos de Genética Molecular (Biologia Molecular): testes altamente sensíveis com DNA e RNA para determinar alterações genéticas específicas nas células cancerosas.
Novos testes e procedimentos diagnósticos estão surgindo a partir de trabalhos com a análise do genoma e expressão gênica. Parecem trazer informações importantes no futuro, mas na atualidade ainda são experimentais.

Classificação

Classificar o tipo de linfoma pode ser uma tarefa bastante complicada, mesmo para hematologistas e patologistas. Os Linfomas Não-Hodgkin são, de fato, um grupo complexo de quase 40 formas distintas desta doença.
Getty Images Formação de células cancerígenas
Após o diagnóstico, a doença é classificada de acordo com o tipo de linfoma e o estágio em que se encontra (sua extensão). Estas informações são muito importantes para selecionar adequadamente a forma de tratamento do paciente, e estimar seu prognóstico.
Os Linfomas Não-Hodgkin são agrupados de acordo com o tipo de célula linfoide, se linfócitos B ou T. Também são considerados tamanho, forma e padrão de apresentação na microscopia. Para tornar a classificação mais fácil, os linfomas podem ser divididos em dois grandes grupos: indolentes e agressivos.
Os linfomas indolentes têm um crescimento relativamente lento. Os pacientes podem apresentar-se com poucos sintomas por vários anos, mesmo após o diagnóstico. Entretanto, a cura nestes casos é menos provável do que nos pacientes com formas agressivas de linfoma.
Esses últimos podem levar rapidamente ao óbito se não tratados, mas, em geral, são mais curáveis. Os linfomas indolentes correspondem aproximadamente a 40% dos diagnósticos, e os agressivos, aos 60% restantes.

Estadiamento

Uma vez diagnosticada a doença, segue o procedimento denominado estadiamento. Consiste em determinar a extensão da doença no corpo do paciente. São estabelecidos quatro estágios, indo de I a IV. No estágio I observa-se envolvimento de apenas um grupo de linfonodos. Já no estágio IV temos o envolvimento disseminado dos linfonodos. Além disso, cada estágio é subdividido em A e B (exemplo: estágios 1A ou 2B). O "A" significa assintomático, e para pacientes que se queixam de febre, sudorese ou perda de peso inexplicada, aplica-se o termo "B". 

Fontes e referências:

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Tudo sobre Linfoma não-Hodgkin .1


 Sintomas de Linfoma não-Hodgkin 

Muitos pacientes costumam notar linfonodos aumentados no pescoço, axilas ou virilha. O aumento dos linfonodos é menos frequente próximo às orelhas, cotovelo, na garganta ou próximo às amídalas. 


 Campanha contra o Linfoma


Raramente, a doença pode se iniciar em outro local, como ossos, pulmões ou pele. Nesses casos, os pacientes costumam apresentar sintomas referentes ao envolvimento local, como dor óssea, tosse, dor no peito, erupções ou nódulos na pele.
Os pacientes também podem apresentar sintomas como febre, calafrios, suor exagerado (principalmente à noite), fadiga, perda de apetite ou perda de peso e durante o exame médico, pode ser percebido o baço aumentado.
Em alguns casos, é possível que a doença seja descoberta somente durante um exame médico "de rotina" ou enquanto o paciente esteja sob tratamento de uma condição não relacionada.
Getty Images É comum os linfonodos da região do pescoço apresentarem sintomas do câncer no sistema lifático

Principais sintomas

  • Aumento dos linfonodos do pescoço, axilas e/ou virilha
  • Sudorese noturna excessiva
  • Febre
  • Prurido (coceira na pele)
  • Perda de peso inexplicada.
Fontes e referências:

Tudo sobre Linfoma não-Hodgkin

  O que é Linfoma não-Hodgkin? 

Linfomas são neoplasias (crescimento das células) malignas que se originam nos linfonodos (gânglios), muito importantes no combate às infecções.
Getty Images Ilustração do sistema linfático humano
 
Existem trinta ou mais subtipos de linfomas específicos, mas para simplificar a classificação muitos oncologistas agrupam os vários subtipos de acordo com a velocidade média de crescimento e progressão do linfoma: muito lentamente (baixo grau) ou muito rapidamente (alto grau ou agressivo). 

Graças ao conhecimento da maneira pela qual os tipos específicos de linfoma progridem, pode-se determinar a possibilidade de progressão lenta ou rápida e os tipos de terapia necessários a esses subtipos. 

A classificação dos tipos específicos de linfoma leva em consideração o padrão da biópsia do linfonodo feita ao microscópio e o tipo celular predominante dos linfócitos (T ou B). 

O número de casos praticamente duplicou nos últimos 25 anos, particularmente entre pessoas acima de 60 anos por razões ainda não esclarecidas.

Fatores de risco

Os poucos conhecidos fatores de risco para o desenvolvimento de Linfomas Não-Hodgkin são:
  • Sistema imune comprometido: pessoas com deficiência de imunidade, em consequência de doenças genéticas hereditárias, uso de drogas imunossupressoras e infecção pelo HIV, têm maior risco de desenvolver linfomas. Pacientes portadores dos vírus EpsteinBarr, HTLV1, e da bactéria Helicobacter pylori (que causa úlceras gástricas), têm risco aumentado para alguns tipos de linfoma

  • Exposição Química: os Linfomas Não-Hodgkin estão também ligados à exposição a certos agentes químicos, incluindo pesticidas, solventes e fertilizantes. Herbicidas e inseticidas têm sido relacionados ao surgimento de linfomas em estudos com agricultores e outros grupos de pessoas que se expõem a altos níveis desses agentes químicos. A contaminação da água por nitrato, substância encontrada em fertilizantes, é um exemplo de exposição que parece aumentar os riscos para doença
 
  • Exposição a altas doses de radiação. Tomam medicamentos devido ao transplante de órgãos.

É importante salientar que muitos indivíduos com linfoma não se incluem nesses grupos de risco, e também que a maioria dos que se encontram nesses grupos nunca desenvolve a doença. 

Fontes e referências:



fonte:http://www.minhavida.com.br/saude/temas/linfoma-naohodgkin

p.s:Atenção: a informação existente neste portal pretende apoiar e não substituir a consulta médica. Procure sempre uma avaliação pessoal com um médico da sua confiança.

sábado, 26 de maio de 2012

Tipos de Tratamento - Imunoterapia

Imunoterapia
O tratamento do câncer que promove a estimulação do sistema imunológico, por meio do uso de substâncias modificadoras da resposta biológica, é denominado imunoterapia. As reações imunológicas podem ser resultado da interação antígeno-anticorpo ou dos mecanismos envolvidos na imunidade mediada por células.
A produção de anticorpos está relacionada com os linfócitos B, enquanto que a imunidade mediada por células se relaciona com os linfócitos T. Os monócitos e os macrófagos também são células efetoras de imunidade e facilitam a atividade dos linfócitos T e de modificadores da resposta biológica, como a interleucina. Mais de setenta atividades biológicas diferentes são mediadas por produtos de linfócitos, monócitos e macrófagos. Esses mediadores podem ser classificados como fatores auxiliares, supressores, reguladores do crescimento e citotóxicos.
Há muito tempo se reconhece a relação entre competência imunológica e evolução favorável da doença maligna. Especificamente, a redução da atividade das células supressoras tem sido demonstrada em pacientes com câncer de ovário, neuroblastoma e carcinoma hepatocelular. Esta observação está mais relacionada à presença de doença avançada do que ao tipo histológico do tumor e também oferece as bases para a imunoterapia de pacientes com câncer, sob a hipótese de que a restauração da função imunológica pode levar a um melhor prognóstico do caso.


Tipos de imunoterapia
A imunoterapia é classificada em ativa e passiva, de acordo com as substâncias utilizadas e os seus mecanismos de ação.

Na imunoterapia ativa, substâncias estimulantes e restauradoras da função imunológica (imunoterapia inespecífica) e as vacinas de células tumorais (imunoterapia específica) são administradas com a finalidade de intensificar a resistência ao crescimento tumoral. A imunoterapia específica pode ser autóloga ou heteróloga.
Na imunoterapia passiva ou adotiva, anticorpos antitumorais ou células mononucleares exógenas são administradas, objetivando proporcionar capacidade imunológica de combate a doença.


Tipo Inunomoduladores
Ativa inespecífica BCG e derivados
Levamisole
Isoprinosina
Corynebacterium parvum
Ativa específica Vacinas e soros produzidos a partir de culturas de células tumorais coletadas do próprio paciente (imunoterapia autóloga) ou de outro paciente com neoplasia semelhante (imunoterapia heteróloga)
Passiva Fator de transferência
Interferon
Interleucina-2
ARN-imune


Indicações da imunoterapia
A imunoterapia ainda é um método experimental, devendo se aguardar resultados mais conclusivos sobre sua eficácia e aplicabilidade clínica. O quadro mostra alguns imunomediadores utilizados em estudos clínicos experimentais e os tumores em que são mais indicados.


Inunomoduladores Tumores
BCG* Melanoma maligno
Câncer superficial de bexiga
Interferon Leucemia de células cabeludas
Mieloma múltiplo, melanoma maligno
Linfomas malignos e outras leucemias
Interleucina-2 Melanoma maligno, sarcomas, carcinoma de cólons e reto, sarcoma de Kaposi do portador de Aids e adenocarcinoma de pulmão
Fator de necrose tumoral Melanoma maligno
Anticorpos monoclonais Melanoma maligno, neuroblastoma
Levamisole Melanoma maligno e carcinoma intestinal
Corynebacterium parvum* Câncer de pulmão, melanoma maligno
* Já testados, com eficácia terapêutica questionável, exceto no câncer superficial da bexiga.

Fonte: Controle do Câncer: uma proposta de integração ensino-serviço. 2 ed. rev. atual. - Rio de Janeiro: Pro-Onco. 1993.

fonte:www.inca.gov.br

p.s:Atenção: a informação existente neste portal pretende apoiar e não substituir a consulta médica. Procure sempre uma avaliação pessoal com um médico da sua confiança.

Tipos de Câncer - Linfoma não Hodgkin - Cont.XI

Linfoma não Hodgkin 

 

Os linfomas são neoplasias malignas, originárias dos gânglios (ou linfonodos), organismos muito importantes no combate a infecções. Há mais de 20 tipos diferentes de linfoma não-Hodgkin. Entre os linfomas, é o tipo mais incidente na infância. Por razões ainda desconhecidas, o número de casos duplicou nos últimos 25 anos, principalmente entre pessoas com mais de 60 anos.


Estimativa de novos casos: 9.640, sendo 5.190 homens e 4.450 mulheres (2009)


Número de mortes: 3.735, sendo 2.054 homens e 1.681 mulheres (2009)

 

Atenção: a informação existente neste portal pretende apoiar e não substituir a consulta médica. Procure sempre uma avaliação pessoal com um médico da sua confiança.

 

Prevenção, genética e outros fatores de risco

Assim como em outras formas de câncer, dietas ricas em verduras e frutas podem ter efeito protetor contra o linfomas não-Hodgkin. Os fatores de risco para o desenvolvimento da doença incluem sistema imune comprometido e exposição química e/ou a altas doses de radiação.

Pessoas com deficiência de imunidade, em consequência de doenças genéticas hereditárias, uso de drogas imunossupressoras e infecção pelo HIV, têm maior risco de desenvolver linfomas. Pacientes portadores dos vírus Epstein-Barr, HTLV1 e da bactéria Helicobacter pylori (que causa úlceras gástricas), têm risco aumentado para alguns tipos de linfoma.

Exposição a certos agentes químicos, incluindo pesticidas, solventes, fertilizantes, herbicidas e inseticidas tem sido relacionada ao surgimento de linfomas em estudos com agricultores e outros grupos que se expõem a altos níveis desses agentes.

Diagnóstico

Entre os exames para a detecção do linfoma não-Hodgkin, estão a biópsia (retirada de pequena porção de tecido, em geral gânglios, para análise em laboratório de anatomia patológica), punção lombar, tomografia computadorizada e ressonância magnética.

Após a confirmação do diagnóstico, a doença é classificada de acordo com o tipo de linfoma (indolente, de crescimento relativamente lento; ou agressivo, de alto grau e desenvolvimento rápido) e o estágio em que se encontra. Os linfomas indolentes correspondem a aproximadamente a 40%, e os agressivos, aos 60% restantes.

 

Tratamento

A maioria dos linfomas é tratada com quimioterapia, radioterapia, ou ambas. A quimioterapia consiste na combinação de duas ou mais drogas. A radioterapia é uma forma de radiação usada, em geral, para reduzir a carga tumoral em locais específicos, para aliviar sintomas, ou também para reforçar o tratamento quimioterápico, diminuindo as chances de volta da doença em localizações mais propensas à recaída.


No caso dos linfomas indolentes, as opções de tratamento variam desde apenas observação clínica, até tratamentos bastante intensivos, dependendo da indicação médica.


Para linfomas com maior risco de invasão do Sistema Nervoso Central – SNC (cérebro e medula espinhal), faz-se terapia preventiva (injeção de drogas quimioterápicas diretamente no líquido cérebro-espinhal, e/ou radioterapia que envolva cérebro e medula espinhal). Nos pacientes já com o SNC, ou que desenvolvem esta complicação durante o tratamento, são realizados esses mesmos tratamentos.


Mais recentemente, a imunoterapia está sendo cada vez mais incorporada ao tratamento, isoladamente ou associada à quimioterapia.

Sintomas

Gânglios aumentados no pescoço, axilas e/ou virilha, sudorese noturna excessiva, febre, coceira na pele e perda de peso sem motivo aparente podem ser sinais de alerta e devem ser investigados pelo médico.  

 

fonte:www.inca.gov.br 

 



terça-feira, 22 de maio de 2012


Exercícios físicos e mentais previnem Alzheimer

Recomendações para balancear a alimentação, aderir à prática de exercícios físicos etc, muito comuns após o diagnóstico de doenças como diabetes e hipertensão, também são benéficas para melhorar a vida de quem é portador do mal de Alzheimer e retardar a degeneração do cérebro.

A ciência tem mostrado que várias atividades tanto físicas quanto mentais são positivas para a memória. “Antes falávamos que somente exercícios de memória, como palavras cruzadas e jogos de raciocínio, por exemplo, poderiam ajudar a pessoa que tem Alzheimer ou que algum esquecimento normal da idade. Agora sabemos que não apenas esses exercícios, mas o próprio exercício físico tem trazido benefícios à memória e a várias atividades intelectuais”, explica o geriatra Galvani Salgado Agrelli.

Por isso, o especialista recomenda atividade física regular e o máximo de estímulos mentais tanto para as pessoas que estão apenas com um esquecimento leve quanto para aquelas que estão na fase inicial de Alzheimer. “A família, muitas vezes, retira do idoso muitas das atividades do dia-a-dia, como as compras do supermercado ou ir ao banco, o que vai acabar piorando a memória dele. Então, quanto mais atividades, melhor. O idoso pode ajudar a preparar uma refeição e fazer a lista de supermercado. Quanto mais se puder estimular a pessoa, melhor, seja com artes, canto, pintura, bordado. Enfim, qualquer atividade intelectual ajuda, podendo retardar o processo de evolução do Alzheimer e melhorar o desempenho da pessoa na vida diária”, esclarece o médico. (TM)



Um quinto dos idosos são diabéticos, segundo Ministério da Saúde

9/5/2012 - Revista Época
No Brasil, 5,6% da população sofre de diabetes, de acordo com informações do Ministério da Saúde divulgadas nesta quarta-feira (9). Os idosos com mais de 65 anos de idade são as maiores vítimas: 21,6% deles têm a doença. Os dados foram obtidos a partir da pesquisa Vigitel (Vigilância de Fatores e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônica) referente a 2011. O levantamento, realizado anualmente pelo Ministério, faz um diagnóstico da saúde do brasileiro por meio de questionários.

Apesar de a porcentagem de brasileiros com diabetes ter diminuído em comparação com o ano anterior – de 6,3% em 2010 para 5,6% em 2011 –, o número aumentou desde que a pesquisa começou a ser realizada, em 2006. Neste momento, 5,2% das pessoas se declararam diabéticas. Entre os sexos, a doença ataca mais as mulheres, sendo um total de 6% delas, em comparação com 5,2% dos homens.
A faixa etária é outro quesito em destaque. Entre os maiores de 65 anos de idade, 21,6% são diabéticos. Já entre os jovens de 18 a 24 anos, apenas 0,6% relataram ter a doença. O percentual também é pequeno entre os adultos de 25 a 34 anos: 1,1%.
A pesquisa mostra ainda que o número de diabéticos é maior entre as pessoas de baixa escolaridade: 3,7 % dos brasileiros com mais de 12 anos de estudo têm a doença, em comparação com 7,5% dos que têm até oito anos de escolaridade. “É de extrema importância o fortalecimento de ações de prevenção e melhoria na qualidade da educação, além da expansão do diagnóstico e do oferecimento de medicamentos gratuitos”, disse o Ministro da Saúde Alexandre Padilha.

Causa
De acordo com o Ministério da Saúde, o crescimento do percentual de diabéticos no país pode estar relacionado ao aumento do excesso de peso e da obesidade, principais fatores de risco para a doença. Ainda segundo o Vigitel 2011, houve um crescimento de 28% na obesidade brasileira de 2006 até agora. Entre os homens, o percentual de excesso de peso aumentou de 47,2% para 52,6% nos últimos seis anos.



segunda-feira, 21 de maio de 2012


Capital qualifica atendimento a pacientes com diabetes

18/5/2012 - MS Notícias

Nesta semana, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) intensificou os trabalhos de conscientização e orientação da população sobre o diabetes, doença que se não for diagnosticada e tratada a tempo pode trazer uma série de complicações. Para aprimorar o atendimento oferecido aos pacientes nas unidades básicas de saúde, a Sesau, em parceria com a Anhanguera/Uniderp, realizou nesta semana uma capacitação sobre diabetes. O curso foi direcionado a 140 médicos da rede municipal de saúde.

“Esta capacitação objetivou ampliar o diagnóstico e qualificar os profissionais de saúde para o tratamento dos pacientes”, completou a gerente técnica de hipertensão e diabetes da Sesau, Suelen Castilho. Nas unidades básicas de saúde do município (UBS), o diagnóstico e o tratamento do diabetes são oferecidos gratuitamente aos usuários.

Os pacientes cadastrados contam com programas de educação e controle do diabetes, desenvolvidos por equipes multidisciplinares nas UBS. Os usuários da rede municipal de saúde também dispõem de consultas, medicamentos, assistência laboratorial, atividades físicas e educativas, orientações de controle e prevenção, encaminhamento a clínicos especialistas, entre outros serviços.

De acordo com Suelen, em 2009 havia 14.974 pessoas cadastradas com a doença na Capital. “No ano passado, ampliamos o número de diagnósticos para 21.193. Por ser uma doença silenciosa, é importante realizar o rastreamento e o diagnóstico precoce do diabetes de forma a prevenir suas complicações”, considera.

O que é diabetes – é uma doença metabólica caracterizada por um aumento anormal do açúcar (glicose) no sangue. As complicações podem ser ataque cardíaco, derrame cerebral, insuficiência renal, problemas na visão, lesões de difícil cicatrização, dentre outros problemas.

O diabetes afeta em torno de 12% da população no Brasil (aproximadamente 22 milhões de pessoas). Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2006 cerca de 171 milhões de pessoas estavam com diabetes, sendo que a estimativa é de que, em 2030, esse número dobre.

A doença ocorre em todo o mundo, mas é mais comum nos países desenvolvidos. Já nos países em desenvolvimento, o aumento da incidência do diabetes segue a tendência de urbanização e mudança de estilo de vida. Além disso, o diabetes está na lista das cinco doenças de maior índice de morte no mundo. Entre as principais recomendações de prevenção do problema estão mudanças na dieta e atividades físicas regulares.

Perguntas e Respostas sobre Transplante de Medula Óssea

O que é medula óssea?
É um tecido líquido-gelatinoso que ocupa o interior dos ossos, sendo conhecida popularmente por 'tutano'. Na medula óssea são produzidos os componentes do sangue: as hemácias (glóbulos vermelhos), os leucócitos (glóbulos brancos) e as plaquetas. As hemácias transportam o oxigênio dos pulmões para as células de todo o nosso organismo e o gás carbônico das células para os pulmões, a fim de ser expirado. Os leucócitos são os agentes mais importantes do sistema de defesa do nosso organismo e nos defendem das infecções. As plaquetas compõem o sistema de coagulação do sangue.

Qual a diferença entre medula óssea e medula espinhal?
Enquanto a medula óssea, como descrito anteriormente, é um tecido líquido que ocupa a cavidade dos ossos, a medula espinhal é formada de tecido nervoso que ocupa o espaço dentro da coluna vertebral e tem como função transmitir os impulsos nervosos, a partir do cérebro, para todo o corpo.

O que é transplante de medula óssea?
É um tipo de tratamento proposto para algumas doenças que afetam as células do sangue, como leucemia e linfoma. Consiste na substituição de uma medula óssea doente, ou deficitária, por células normais de medula óssea, com o objetivo de reconstituição de uma nova medula saudável. O transplante pode ser autogênico, quando a medula vem do próprio paciente. No transplante alogênico a medula vem de um doador. O transplante também pode ser feito a partir de células precursoras de medula óssea, obtidas do sangue circulante de um doador ou do sangue de cordão umbilical.


Quando é necessário o transplante?
Em doenças do sangue como a Anemia Aplástica Grave, Mielodisplasias e em alguns tipos de leucemias, como a Leucemia Mielóide Aguda, Leucemia Mielóide Crônica, Leucemia Linfóide Aguda. No Mieloma Múltiplo e Linfomas, o transplante também pode ser indicado.
Anemia Aplástica: É uma doença que se caracteriza pela falta de produção de células do sangue na medula óssea. Apesar de não ser uma doença maligna, o transplante surge como uma saída para 'substituir' a medula improdutiva por uma sadia.

Leucemia: É um tipo de câncer que compromete os glóbulos brancos (leucócitos), afetando sua função e velocidade de crescimento. Nesses casos, o transplante é complementar aos tratamentos convencionais.


Como é o transplante para o doador?
Antes da doação, o doador faz um rigoroso exame clínico incluindo exames complementares para confirmar o seu bom estado de saúde. Não há exigência quanto à mudança de hábitos de vida, trabalho ou alimentação. A doação é feita em centro cirúrgico, sob anestesia, e tem duração de aproximadamente duas horas. São realizadas múltiplas punções, com agulhas, nos ossos posteriores da bacia e é aspirada a medula. Retira-se um volume de medula do doador de, no máximo, 15%. Esta retirada não causa qualquer comprometimento à saúde. Leia mais sobre a doação de medula.


Como é o transplante para o paciente?
Depois de se submeter a um tratamento que ataca as células doentes e destrói a própria medula, o paciente recebe a medula sadia como se fosse uma transfusão de sangue. Essa nova medula é rica em células chamadas progenitoras que, uma vez na corrente sangüínea, circulam e vão se alojar na medula óssea, onde se desenvolvem. Durante o período em que estas células ainda não são capazes de produzir glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas em quantidade suficiente para manter as taxas dentro da normalidade, o paciente fica mais exposto a episódios infecciosos e hemorragias. Por isso, deve ser mantido internado no hospital, em regime de isolamento. Cuidados com a dieta, limpeza e esforços físicos são necessários. Por um período de duas a três semanas, o paciente necessitará ser mantido internado e, apesar de todos os cuidados, os episódios de febre muito comuns. Após a recuperação da medula, o paciente continua a receber tratamento, só que em regime ambulatorial, sendo necessário em alguns casos o comparecimento diário ao Hospital-dia.


Quais os riscos para o paciente?
A boa evolução durante o transplante depende de vários fatores: o estágio da doença (diagnóstico precoce), o estado geral do paciente, boas condições nutricionais e clínicas, além, é claro, do doador ideal. Os principais riscos se relacionam às infecções e às drogas quimioterápicas utilizadas durante o tratamento. Com a recuperação da medula, as novas células crescem com uma nova 'memória' e, por serem células da defesa do organismo, podem reconhecer alguns órgãos do indivíduo como estranhos. Esta complicação, chamada de doença enxerto contra hospedeiro, é relativamente comum, de intensidade variável e pode ser controlada com medicamentos adequados. No transplante de medula, a rejeição é rara.


Quais os riscos para o doador?
Os riscos são poucos e relacionados a um procedimento que necessita de anestesia, sendo retirada do doador a quantidade de medula óssea necessária (menos de 15%). Dentro de poucas semanas, a medula óssea do doador estará inteiramente recuperada. Uma avaliação pré-operatória detalhada verifica as condições clínicas e cardiovasculares do doador visando a orientar a equipe anestésica envolvida no procedimento operatório.

O que é compatibilidade?
Para que se realize um transplante de medula é necessário que haja uma total compatibilidade entre doador e receptor. Caso contrário, a medula será rejeitada. Esta compatibilidade é determinada por um conjunto de genes localizados no cromossoma 6, que devem ser iguais entre doador e receptor. A análise de compatibilidade é realizada por meio de testes laboratoriais específicos, a partir de amostras de sangue do doador e receptor, chamados de exames de histocompatibilidade. Com base nas leis de genética, as chances de um indivíduo encontrar um doador ideal entre irmãos (mesmo pai e mesma mãe) é de 25%.

O que fazer quando não há um doador compatível?
Quando não há um doador aparentado (geralmente um irmão ou parente próximo, geralmente um dos pais), a solução para o transplante de medula é fazer uma busca nos registros de doadores voluntários, tanto no REDOME (o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea) como nos do exterior. No Brasil a mistura de raças dificulta a localização de doadores compatíveis. Mas hoje já existem mais de 12 milhões de doadores em todo o mundo. No Brasil, o REDOME tem mais de 1 milhão e 400 mil  doadores.
O que é o REDOME?Para reunir as informações (nome, endereço, resultados de exames, características genéticas) de pessoas que se voluntariam a doar medula para pacientes que precisam do transplante foi criado o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME), instalado no Instituto Nacional de Câncer (INCA). Um sistema informatizado cruza as informações genéticas dos doadores voluntários cadastrados no REDOME com as dos pacientes que precisam do transplante. Quando é verificada compatibilidade, a pessoa é convocada para realizar a doação.
Doação de Medula ÓsseaO número de doadores voluntários tem aumentado expressivamente nos últimos anos. Em 2000, existiam apenas 12 mil inscritos. Naquele ano, dos transplantes de medula realizados, apenas 10% dos doadores eram brasileiros localizados no Redome. Agora há 1,6 milhão de doadores inscritos e o percentual subiu para 70%. O Brasil tornou-se o terceiro maior banco de dados do gênero no mundo, ficando atrás apenas dos registros dos Estados Unidos (5 milhões de doadores) e da Alemanha (3 milhões de doadores). A evolução no número de doadores deveu-se aos investimentos e campanhas de sensibilização da população, promovidas pelo Ministério da Saúde e órgãos vinculados, como o INCA. Essas campanhas mobilizaram hemocentros, laboratórios, ONGs, instituições públicas e privadas e a sociedade em geral. Desde a criação do REDOME, em 2000, o SUS já investiu R$ 673 milhões na identificação de doadores para transplante de medula óssea. Os gastos crescerem 4.308,51% de 2001 a 2009.  
Quantos hospitais fazem o transplante no Brasil?São 61 centros para transplantes de medula óssea e 17 para transplantes com doadores não-aparentados: Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, Real Hospital Português de Beneficência em Pernambuco, Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (UFRJ), INCA, Hospital das Clínicas Porto Alegre, Casa de Saúde Santa Marcelina, Boldrini, GRAAC, Escola Paulista de Medicina - Hospital São Paulo, Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP), Hospital AC Camargo, Fundação E. J. Zerbini, Hospital de Clínicas da UNICAMP, Hospital Amaral Carvalho, Hospital Israelita Albert Einstein e Hospital Sírio Libanês.
Quantos transplantes o INCA faz por mês?A média é de dois transplantes com doadores não-aparentados. Mensalmente são realizados sete transplantes do tipo autólogo (de uma pessoa para si mesma) e com doador aparentado. 
O que a populãção pode fazer para ajudar os pacientes?
Todo mundo pode ajudar. Para isso é preciso ter entre 18 e 55 anos de idade e gozar de boa saúde. Para se cadastrar, o candidato a doador deverá procurar o hemocentro mais próximo de sua casa, onde será agendada uma entrevista para esclarecer dúvidas a respeito das doações e, em seguida, será feita a coleta de uma amostra de sangue (5 ml) para a tipagem de HLA (características genéticas importantes para a seleção de um doador). Os dados do doador são inseridos no cadastro do REDOME e, sempre que surgir um novo paciente, a compatibilidade será verificada. Uma vez confirmada, o doador será consultado para decidir quanto à doação. O transplante de medula óssea é um procedimento seguro, realizado em ambiente cirúrgico, feito sob anestesia geral, e requer internação de, no mínimo, 24 horas. Saiba mais

Importante: um doador de medula óssea deve manter seu cadastro sempre atualizado. Caso haja alguma mudança de informação, preencha este formulário
REDOME - Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea Rua do Resende, 195, térreo - Centro - Rio de Janeiro / RJ
Telefone: (21) 3207-5238
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