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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

1. EU,MINHA MÃE, O ALZHEIMER E UM LINFOMA NÃO HODGKIN ENTRE NÓS

Meu nome é Carla, sou administradora deste blog. 

Exatamente a 01 anos e 8 dia atrás fui diagnosticada com LNH ( LINFOMA NÃO HODGKIN ) depois desse dia minha vida QUE JÁ HAVIA MUDA POR CAUSA DAS DIFICULDADES COM MEU PAI ENTÃO  mudou completamente TUDO OUTRA VEZ PRINCIPALMENTE PORQUE AGORA MINHA MÃE TEM ALZHEIMER , tive que me isolar das pessoas, mudar minha rotina e entender que a partir daquele momento eu viveria cheia de incertezas, porém a unica certeza que teria era que deveria ser forte e que Deus jamais me abandonaria como nunca me abandonou.

Hoje, dia 28, completou-se 48 dias no qual eu me curei, então só quero agradecer a Deus por tudo o que Ele fez e o que Ele esta fazendo comigo, por cada oportunidade que Ele tem me proporcionado para ser uma pessoa melhor.


Espero que cada um de vocês agradeçam a Deus por cada dia vivido e não se esqueçam que cada dia que passa e você consegue abrir os olhos é porque Deus está te dando uma nova oportunidade de ser uma pessoa melhor e RECOMEÇAR...





SENHOR OBRIGADA, POR DEIXAR EU RECOMEÇAR MAIS UMA VEZ!

Carla

Filme "Amor" que relata a história de um casal de idosos-estreou dia 18 no Brasil!


Filme "Amor" que relata a história de um casal de idosos-estreou dia 18 no Brasil!

Vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes 2012, 
o filme "Amor", do austríaco Michael Haneke acaba de
ganhar mais prêmios em festivais na Grã-Bretanha 
e França. Recebeu os de melhor filme do ano, melhor 
atriz (Emmanuelle Riva) e melhor roteiro da Associação 
de Críticos de Londres. No Prix Lumières 2013 
considerado o Globo de Ouro francês) levou o de 
melhor filme, melhor ator (Jean-Louis Trintignant)
 e melhor atriz (Emmanuelle Riva). 


O filme, sobre casal de idosos que enfrenta 
problemas de saúde, estreou no Brasil no dia 18, 
também está na disputa do Oscar em cinco 
categorias: atriz, diretor, filme, filme 
estrangeiro e roteiro original. 


Veja o trailer abaixo:






Fonte: http://atarde.uol.com.br/cultura/teatro/materias/1479885-amor-


extraído:http://fisiogerontologica.blogspot.com.br/2013/01/filme-amor-que
-relata-historia-de-um.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed:+FisioterapiaGerontolgica+(Fisioterapia+Gerontol%C3%B3gica)

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Câncer de Tireoide - Tipos de Cânceres XXVII


O que é a Tireóide?
A tireoide é uma glândula constituída por dois lobos, o esquerdo e o direito, ligados por um istmo. Juntos, eles assumem o formato de uma borboleta de asas abertas, de um escudo ou da letra H.
Os hormônios tireoideanos são fundamentais para o metabolismo. A quantidade que a glândula produz é regulada pela hipófise, glândula situada no cérebro que fabrica o TSH, o hormônio estimulador da tireoide.
TIPOS DE TUMOR
O câncer de tireoide atinge três vezes mais as mulheres do que os homens, na faixa entre os 20 e os 65 anos. Os tipos mais comuns são os carcinomas papilífero, folicular, medular e o anaplásico.
O carcinoma papilífero, responsável por 70%, 80% dos casos, é um tumor pouco agressivo, de evolução lenta. Na maioria das vezes, é diagnosticado num exame de rotina e reage bem ao tratamento. Quando ocorrem metástases, os gânglios linfáticos costumam ser os inicialmente afetados.
O segundo tipo mais frequente é o carcinoma folicular que costuma manifestar-se depois dos 35 anos e oferece risco maior de recidivas e metástases. Nos casos mais avançados, pulmões e ossos são os órgãos em que primeiro se disseminam as células tumorais.
O carcinoma medular é responsável por aproximadamente 5% dos casos de câncer da tireoide. Em geral, trata-se de um tumor mais agressivo, relacionado com certas síndomes genéticas e que secreta uma proteína que acarreta a calcificação dos ossos.
O carcinoma anaplásico corresponde a 2% dos casos de tumores da tireoide. De crescimento rápido, em pouco tempo atinge órgãos à distância, como os pulmões, os ossos e o fígado.

FATORES DE RISCO
Os fatores de risco mais comumente associados ao câncer de tireoide são:
1) radiação na região do pescoço para tratamento de doenças anteriores, ou à que são submetidos certos profissionais no exercício de suas funções ou, ainda, à que foram expostos os sobreviventes de acidentes nucleares;
2) algumas síndromes genéticas
3) história da doença ou de bócio na família.
SINAIS E SINTOMAS
Tanto o carcinoma papilífero quanto o folicular costumam ser assintomáticos nas fases iniciais. Quando os sinais aparecem, o mais comum da doença costuma ser o aparecimento de nódulo palpável ou visível na região da tireoide ou do pescoço. Em estágios mais avançados, podem ocorrer também aumento dos gânglios linfáticos e do volume do pescoço, rouquidão, tosse persistente, dificuldade para engolir e sensação de compressão da traqueia .
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico de câncer na tireoide considera os achados no exame clínico de palpação da glândula e a presença de gânglios linfáticos aumentados. Entretanto, como apenas pequeno número de nódulos é palpável, exames de imagem como a ultrassonografia, a cintilografia e a ressonância magnética são recursos úteis para o diagnóstico.  O mais importante, porém, é a biopsia de aspiração com agulha fina para identificar a presença ou não de células tumorais malignas.
TRATAMENTO
Em geral, o tratamento do câncer de tireoide é cirúrgico (tireoidectomia total ou parcial) e leva em conta o tipo e a gravidade da doença. Caso as células malignas tenham comprometido os gânglios cervicais, é necessário retirá-los.
Rouquidão e queda de cálcio são complicações da tireoidectomia associadas a lesões de estruturas como os nervos laríngeos e as glândulas paratireoides respectivamente durante a cirurgia.
Depois de quatro a seis semanas da intervenção, o paciente recebe doses terapêuticas de iodo radioativo em ambiente hospitalar para extinguir qualquer tecido remanescente de células tumorais no corpo e evitar metástases. Quando os carcinomas papilíferos e foliculares não respondem a esse tratamento, é possível recorrer à terapêutica antiangiogênica que consiste em bloquear a formação de novos vasos sanguíneos para impedir que as células tumorais recebam nutrientes e oxigênio através da circulação. O passo seguinte é indicar a reposição hormonal com levotiroxina por via oral para substituir os hormônios que deixaram de ser produzidos pela tireoide. Radioterapia, associada ou não à quimioterapia, é recomendada na ocorrência de tumores mais agressivos, como o carcinoma medular e o carcinoma anaplásico.
RECOMENDAÇÕES
* Lembre-se de que o câncer de tireoide é tratável e são altos os índices de cura. Entretanto, em aproximadamente 30% dos casos, a doença pode recidivar. Por isso, é fundamental manter o acompanhamento médico por toda a vida, uma vez que o sucesso do tratamento está diretamente correlacionado com o diagnóstico precoce;
* Não se descuide da reposição do hormônio tiroxina que deixou de ser produzido naturalmente pela tireoide depois que a glândula foi retirada. Ele é indispensável para a regulação harmônica do metabolismo;
* Procure adotar uma dieta equilibrada e saudável.  Entre outras vantagens, a prática regular de exercícios físicos vai ajudar a evitar o excesso de peso.
Fonte: Dr Dráuzio Varella
extraído:http://www.combateaocancer.com/tireoide/

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Câncer de Rim (RCC) - Tipos de Cânceres XXVI


Vamos falar aqui sobre o carcinoma de células renais (RCC, sigla em inglês para renal cell carcinoma) e seus sintomas, causas e tratamentos.
O que acontece em um corpo saudável:
O corpo humano é formado por incontáveis células. Cada um dos nossos órgãos é composto por tipos específicos de células. Elas realizam funções especificas em cada órgão.
Normalmente, cada órgão permanece saudável desfazendo-se de células antigas. Essas células antigas não conseguem mais realizar o seu trabalho – e devem ser destruídas.
Novas células substituem essas células velhas. É um processo que ocorre no corpo o tempo todo.
As novas células crescem e se dividem somente até que tenham substituído as células velhas.
O que é Câncer? Câncer é uma doença caracterizada pelo crescimento celular descontrolado. Ele ocorre quando uma alteração em uma célula a faz crescer e se dividir de maneira que não deveria. Esta, agora, é uma célula tumoral.
O que é um tumor? Crescendo e se dividindo, a célula tumoral faz muitas cópias dela mesma. Logo, forma-se uma grande massa dessas células tumorais. Essa massa é chamada de tumor.
O que é RCC ? (Renal Cell Carcinoma – carcinoma de células renais)
RCC é o tipo mais comum de câncer renal. Normalmente, os rins removem impurezas do sangue, formando a urina. Este processo básico é necessário para uma vida saudável. Um dano ou doença nos rins pode ser muito sério.
O RCC se inicia como uma única célula no rim. Esta célula cresce e se divide quando não deveria. Uma vez criadas as células cancerosas, um tumor irá se formar dentro do rim.
O RCC normalmente cresce com um único tumor em um dos rins. Algumas vezes é possível que mais de um tumor cresça em um rim, porém mais raramente pode acontecer de tumores crescerem em ambos os rins.
O RCC é menos comum que outros tipos de câncer, mais ainda afeta muitas pessoas.
Á medida que o tumor aumenta, algumas das células tumorais podem entrar no sangue.
Depois, elas podem se espalhar do rim para outras partes do corpo.
Então, novos tumores podem crescer em outros órgãos. Este processo é chamado de metástase.
Mais isso ainda é RCC. Mesmo que o câncer chegue aos pulmões ainda será chamado de RCC, e não de câncer de pulmão.
Diagnóstico do Câncer de Rim (RCC)
O RCC (câncer de rim) ou carcinoma de células renais não costuma apresentarsintomas. Porém, se ele crescer demais, pode causar dor, inchaço ou sangue na urina. Se a doença já está espalhada, pode haver sintomas em outras partes do corpo.
Na maior parte dos casos, o câncer de rim (RCC) é encontrado quando se faz uma tomografia de estômago. Por não ser muito comum, a maioria das pessoas não é examinada para câncer renal. Mas exames regulares para carcinoma de células renais podem ser indicados para algumas pessoas.
Entre elas, incluem-se pacientes:
- Em diálise renal
- Com esclerose tuberculosa
- Com histórico familiar de RCC
- Com uma doença genética chamada de doença de von Hippel-Lindau (VHL).
Se uma tomografia mostra um tumor ou tumores nos rins, o médico irá fazer mais testes, para avaliar se é ou não câncer. Os testes podem incluir mais tomografias ou biópsias. É possível que existam caroços nos rins que não sejam câncer. Neste caso, geralmente não há necessidade de tratamento. Pode ser também outro tipo de câncer, que pode exigir tratamento especial.
Cirurgia
No caso de câncer de rim (RCC) não-metastático, o tratamento é feito com a remoção de parte ou do rim inteiro. As pessoas podem viver com um só rim e, mesmo que ambos sejam removidos, é possível viver com ajuda de diálise.
O médico irá examinar o rim removido para compreender melhor o câncer. Isso irá ajudar a determinar os próximos passos.
Se os testes não mostrarem que o RCC não se espalhou além do rim removido, nenhum tratamento adicional é necessário. Mas é importante realizar exames periódicos para checar se o câncer não se espalhou.
No caso de ter sido removido apenas um dos rins, o outro deve ser monitorado regularmente para se ter a certeza de que o RCC não está se desenvolvendo nele.
Tratamento do RCC metastático

Se o RCC se espalhou, então é mais difícil de ser tratado. O RCC pode se espalhar para quase todas as partes do corpo, mas os locais mais comuns são: pulmões, ossos, fígado e cérebro. Independentemente do local da metástase, ele será tratado como RCC.
- Citocinas: O RCC metastático normalmente não responde à quimioterapia e radioterapia convencionais. Os únicos tipos de drogas disponíveis atualmente para este caso são as chamadas citocinas. Estas drogas atuam estimulando o sistema imunológico, que pode atacar as células cancerosas da mesma maneira que ataca uma infecção. Como estas drogas são administradas via subcutânea, isto deve ser feito em um hospital ou uma clínica.
Existem duas citocinas usadas em RCC:
- Interleucina-2 (IL-2)
- Interferon alpha (INFá)
Para alguns pacientes, as citocinas ajudarão a diminuir os tumores, e, para outros, irão ajudar a evitar o crescimento dos tumores por um período. Pessoas sob tratamento com citocinas apresentam efeitos colaterais parecidos com gripe.
Avanços no tratamento
Para alguns pacientes as citocinas podem não funcionar, porém existem muitos medicamentos promissores em estudo. Os mais efetivos são os chamados terapias-alvo. Eles ajudam a interromper os sinais que as células cancerosas usam para crescer. Alguns deles atuam somente em um tipo de sinal, enquanto outras interrompem mais de um sinal, sendo chamadas de terapia multi-alvo.
Várias terapias multi-alvo funcionam contra o RCC, interrompendo os sinais que são mais importantes para o seu crescimento. Com estas terapias inovadoras, o futuro é promissor.
Fale com o seu médico.
fonte:http://www.combateaocancer.com/cancer-de-rim-rcc/

Mieloma Múltiplo - Tipos de Cânceres XXV


Mieloma Múltiplo é um câncer que se desenvolve na medula óssea, devido ao crescimento descontrolado de células plasmáticas. Embora seja mais comum em pacientes idosos, há cada vez mais jovens desenvolvendo a doença.
As células plasmáticas fazem parte do sistema imunológico do corpo. Elas são produzidas na medula óssea, sendo liberadas para a corrente sangüínea. Normalmente, as células plasmáticas constituem uma porção muito pequena (menos de 5%) das células da medula óssea. Os portadores de mieloma têm uma produção aumentada de células plasmáticas e, portanto, um número aumentado dessas células na medula óssea que pode variar de 10% a 90%.
Quando ocorre esse aumento de células plasmáticas, essas podem se acumular na medula óssea (intramedular) ou em outras localizações (extramedular), habitualmente nos ossos. Tais acúmulos de células plasmáticas são denominados plasmocitomas. Os pacientes com mieloma múltiplo podem apresentar plasmocitomas intra ou extramedular.
O fato do paciente apresentar um acúmulo de plasmócitos em um único local (um único tumor localizado) é considerado um sinal de que o paciente tem um risco significativo de um dia desenvolver mieloma múltiplo. Sendo assim, esse acúmulo local não é considerado mileloma múltiplo. O mieloma múltiplo é caracterizado por múltiplas lesões líticas (ósseas) e/ou proliferação difusa de células plasmáticas na medula óssea.
As células plasmáticas produzem citoquinas chamadas de fatores de ativação dos osteoclastos (FAOs), essas substâncias estimulam o crescimento e a atividade desta célula denominada osteoclasto, e esse estímulo faz com que ocorram as lesões ósseas.
Sintomas
Quando há mais do que 30% de células plasmáticas, podem aparecer lesões ósseas disseminadas muito parecidas com uma osteoporose severa. As lesões líticas podem ter aparência de mancha escura ao raio-X. Essas lesões enfraquecem o osso e, como resultado, ocorrem dores ósseas e/ou fraturas patológicas que são os primeiros sintomas perceptíveis do mieloma.
As células plasmáticas secretam proteínas chamadas de anticorpos (imiunoglobulinas), que são uma parte chave do sistema imunológico. O aumento das proteínas secretadas pelas células plasmáticas malignas e detectadas no sangue. Estas são denominadas proteínas M. Fragmentos dessas proteínas, chamadas de cadeias leves ou proteína de Bence-Jones, são evidenciados em exames de urina. Por essa razão, em muitos pacientes o diagnóstico de mieloma é suspeitado pela primeira vez quando, em exames de rotina de sangue ou urina, são demonstrados níveis elevados de proteínas.
Quando o osso é reabsorvido, o cálcio é liberado em níveis elevados na corrente sangüínea. Essa condição é chamada de hipercalcemia que, quando descontrolada pode causar efeitos colaterais graves, incluindo insuficiência renal.
O aumento das células plasmáticas, do cálcio e o excesso de proteínas no sanguepodem danificar as células sangüíneas vermelhas e brancas, levando, muitas vezes, à anemia e fadiga. Podem também alterar o sistema imunológico, predispondo o paciente à infecção. Também é comum a trombocitopenia (diminuição no número de plaquetas), podendo causar sangramentos.
Diagnóstico
Os sinais e sintomas mais freqüentes são: dores ósseas que não respondem ao uso medicações para dor ou fraturas ósseas patológicas isto é que ocorrem com pequenos traumas e alterações bioquímicas do sangue ou da urina. A confirmação do diagnóstico de mieloma requer a ocorrência de pelo menos dois dos seguintes itens:
1. Uma amostra de medula óssea com células plasmáticas acima de 10% (geralmente acima de 20 a 30%). Essas células plasmáticas normalmente são monoclonais.
2. Uma série de raio-X de todo o esqueleto que mostra lesões líticas em pelo menos três ossos diferentes.
3. Amostras de sangue ou urina com níveis anormalmente elevados de anticorpos (imunoglobinas) ou proteínas de Bence-Jones: secretadas por células plasmáticas e detectadas por um processo chamado eletroforese de proteínas.
4. Uma biópsia mostrando um tumor de células plasmáticas (plasmocitoma) dentro ou fora do osso.
O diagnóstico de plasmocitoma solitário se faz quando:
1. A biópsia cirúrgica demonstrar um tumor de células plasmáticas dentro ou fora do osso.
2. A proliferação de células plasmáticas for abaixo de 10% do total de células da medula óssea, e nenhuma lesão lítica seja detectada além do local do tumor.
Os pacientes com plasmocitomas solitários podem também apresentar proteína M no sangue ou Bence-Jones na urina, quando o tumor for descoberto. Se a proteína M não for mais detectada após o tumor ter sido removido e/ou tratado com radioterapia, o diagnóstico de plasmocitoma solitário estará confirmado.
O plasmocitoma solitário em geral é considerado como um dos estágios iniciais do mieloma. O fato é que uma porcentagem de pacientes que apresentaram plasmocitomas solitários desenvolvem mieloma. Esse risco é mais alto para os pacientes com tumores intramedulares (dentro do osso). O desenvolvimento do mieloma pode ocorrer após muito tempo do tratamento do plasmocitoma.
Alguns pacientes apresentam níveis anormalmente elevados de proteínas no sangue ou na urina, sem demonstrar nenhum outro sintoma. Essa condição é chamada de Gamopatia Monoclonal de Significado Indeterminado (GMSI). Os pacientes com GMSI podem desenvolver mieloma múltiplo, mas a GMSI por si só não é prejudicial e não requer tratamento, somente visitas periódicas ao médico.
Após ter sido confirmado o diagnóstico de mieloma, é importante avaliar o estágio da doença. Os médicos geralmente se baseiam em duas questões:
1. Qual o estadiamento do mieloma?
A quantidade é indicada pela porcentagem de células plasmáticas na medula óssea, pela quantidade e severidade das lesões ósseas e pelo valor de proteínas no sangue ou na urina. Essa avaliação é importante para quantificar a progressão da doença.
2.Qual o grau de agressividade do mieloma?
Com que velocidade as células plasmáticas estão se multiplicando? Os tumores crescem quando as células malignas que os compõem se reproduzem pelam mitose, que é um processo pelo qual uma célula replica seu DNA (genes) e depois se divide em duas células idênticas. A agressividade geralmente é medida através de técnicas avançadas, como por exemplo, o índice de marcação das células plasmáticas com timidina tritiada, que mede a porcentagem de células que estão em vias de se reproduzir. Quanto mais alto esse índice, mais rápido será a instalação da doença.
Essas questões são importantes porque ajudam a prever o sucesso de diferentes esquemas de tratamento. Por exemplo, alguns esquemas de tratamento funcionam melhor com mielomas mais agressivos. Portanto, os pacientes com mieloma múltiplo devem ser submetidos a uma grande quantidade de testes para avaliar o mieloma e a sua agressividade, além de medir os fatores prognósticos relevantes e conhecer os efeitos da doença nas funções corporais vitais, antes de se tomar quaisquer decisões sobre o tratamento.
Tanto o estadiamento como a agressividade do mieloma são valiosos marcadores na medida da resposta ao tratamento. Se qualquer um dos dois puder ser reduzido durante o tratamento, é um sinal de que o paciente está respondendo ao tratamento proposto pelo médico.
Tratamento
Os tratamentos para o mieloma têm quatro objetivos:
1) Estabilização: tomar medidas para evitar os desequilíbrios bioquímicos e do sistema imune que podem ocorrer durante a evolução do mieloma e que constituem ameaças fatais.
2) Paliativo: aliviar o desconforto e aumentar a capacidade do paciente de ter funções normais.
3) Indução à remissão: diminuir a severidade dos sintomas, reduzindo a velocidade ou interrompendo temporariamente a evolução da doença.
4) Cura: atingir uma remissão completa e permanente.
Em outras palavras, a finalidade do tratamento é que o paciente se sinta melhor e seu organismo funcione melhor, isto é, que uma melhor qualidade de vida. O tratamento também deve controlar os efeitos da doença no funcionamento normal do corpo, reduzindo a velocidade desses efeitos ou parando temporariamente. As remissões podem durar anos ou até décadas.
Tratamentos disponíveis: os tratamentos disponíveis para o mieloma múltiplo, que até o momento viam o controle dos sintomas, são:
1) Quimioterapia
2) Radioterapia
3) Interferon Alfa (como tratamento de manutenção)
4) Transplante de Medula Óssea e transplante de células tronco-periféricas (TCTP).
5) Coleta de células tronco-periféricas
6) Plasmaférese
7) Esquemas para controle dos sintomas: a administração de drogas para controlar a hipercalcemia, a destruição do osso, dores e infecções.
Os bisfosfonatos podem reduzir a destruição óssea significativamente e melhorar a hipercalcemia.
Os antibióticos e as vacinas (como a Pneumovax, por exemplo) podem desempenhar um papel importante na prevenção e combate às infecções.
A eritropoetina pode ser utilizada para melhorar a anemia e os sintomas que a acompanham por exemplo, fadiga, falta de apetite.
A cirurgia pode ser utilizada para diminuir ou retirar os tumores, reparar alterações ósseas e reduzir a dor. Uma gama de medicações e procedimentos contra a dor está disponível para aliviar o desconforto.
O mieloma múltiplo é uma doença crônica que pode ser tratada e controlada por tempo muito prolongado e o paciente poderá ter uma vida normal, com as atividades pouco interrompidas se seu tratamento e seguimento for realizado corretamente. Por essa razão tal patologia não deve ser encarada como uma doença fatal, em que o paciente terá pouco tempo de vida, pois com os novos avanços, a terapia para o mieloma é possível e o paciente pode permanecer anos com a doença controlada. Por essa razão converse com seu médico sobre a patologia e faça os questionamentos que julgar necessários para que se sinta seguro em relação ao seu tratamento e prognóstico.
Formas de tratamento para o Mieloma Múltiplo
Algumas questões podem ser discutidas e esclarecidas com seu especialista. A seguir, listamos algumas sugestões de perguntas:
Obtenha uma descrição completa do esquema de tratamento.
Quais são os objetivos do tratamento?
Qual o tratamento indicado?
Por quanto tempo será administrado?
Com que freqüência serão realizadas as consultas médicas?
Qual a necessidade de uma internação?
Qual o impacto na qualidade de vida do paciente?
Como as pessoas se sentem antes, durante e depois do tratamento?
Há alguma alteração física na aparência?
Será necessário um tratamento de manutenção?
Quanto custará? O seguro saúde cobrirá os custos?
Qual a experiência existente com o tratamento? Quantos pacientes já o receberam? Por quanto tempo esses pacientes foram acompanhados após o tratamento?
Quais as chances de atingir a remissão completa ou parcial?
Quanto tempo as remissões podem durar?
No caso de uma recaída, quais seriam as opções?
Quais as expectativas para a diminuição dos sintomas?
Qual a expectativa de vida das pessoas que receberam o tratamento?
Qual a gravidade dos efeitos colaterais?
Existem tratamentos para os efeitos colaterais?

fonte:http://www.combateaocancer.com/mieloma-multiplo/

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Pesquisas com células-tronco para tratar o coração avançam no Brasil




Edição do dia 17/01/2013

17/01/2013 21h39 - Atualizado em 17/01/2013 21h39


Ao todo, 600 voluntários já participaram de um teste clínico considerado um dos maiores do mundo. A pesquisa envolve médicos e cientistas de 40 instituições do país.









O Jornal Nacional vai exibir, a partir desta quinta-feira (17), uma série de reportagens especiais sobre um setor da pesquisa científica que o mundo todo acompanha com atenção, e cheio de esperanças: as terapias experimentais com células-tronco que já estão sendo aplicadas em pessoas. O assunto de hoje é o tratamento de pacientes com problemas cardíacos.
Quem vê o aposentado Valter Lemos Filho bem disposto, não imagina como a saúde dele estava frágil. “Foram quatro enfartes”, conta ele.
Em 2010, ele apostou em um tratamento com células-tronco. Entre tantos avanços da medicina, o início do século XX foi marcado pela primeira vacinação em massa no Brasil. Depois, surgiram os antibióticos, com o uso em larga escala de remédios que salvaram milhões de vidas, e os transplantes viraram rotina nos anos 1980. No século XXI, a ciência avança nas pesquisas com células-tronco, a promessa da medicina regenerativa de usar um remédio que está dentro de nós.
O coração é um dos principais campos de estudo no Brasil. Uma novidade para o despachante aduaneiro Rosno Julião. “Estou otimista. Se não fizer bem, mal não vai fazer”, reflete ele.
A maca trazendo seu Julião surge no corredor. Ele participa de um teste clínico para casos de isquemia crônica, quando o coração não consegue receber o oxigênio necessário para funcionar bem. Há também testes para três outros tipos de insuficiência cardíaca. No caso do seu Julião, células-tronco adultas foram retiradas da medula óssea dele antes de uma cirurgia de revascularização para melhorar a circulação do sangue. Em seguida, as células-tronco foram levadas para um laboratório no Instituto de Cardiologia do Rio.
O processo do material retirado da medula óssea do paciente é sigiloso, e só o profissional que vai fazer esse trabalho é que na verdade sabe se o paciente vai receber implante de células-tronco mesmo ou um líquido, que é um placebo. A escolha é feita por sorteio, e o paciente não sabe o que vai receber.
"É o melhor padrão. Padrão ouro de um estudo que vise testar a eficácia de uma nova terapia", diz Antonio Carlos Campos de Carvalho, coordenador da pesquisa do Instituto Nacional de Cardiologia.
As células-tronco adultas foram, então, injetadas no coração do paciente. A expectativa é que elas possam restaurar a função cardíaca.
“Aquela área do coração que não tem como revascularizar, a gente procura injetar células-tronco na esperança que aquelas células-tronco se diferenciem em células do coração”, explica o cirurgião cardiovascular José Oscar Brito.
Ao todo, 600 voluntários já participaram desse teste clínico, considerado um dos maiores do mundo. A pesquisa envolve médicos e cientistas de 40 instituições do país.
“Seria a terapia ideal para um sistema público de saúde, porque você consegue processar essas células a baixo custo”, acrescenta Antonio Carlos Campos de Carvalho.
Imagens feitas durante uma pesquisa do Instituto do Coração, em São Paulo, mostram o caso de um paciente que melhorou: seis meses depois da cirurgia de revascularização e do implante com células-tronco, o coração ficou revigorado e batendo mais forte.
Seu Valter, como vimos no início da reportagem, voltou a ser ativo. “Meu coração está bom. Me abaixo, levanto, carrego alguma coisa, não altera nada”, comemora.
Os médicos ainda não prometem cura, mas o exemplo desse homem mostrou que a terapia tinha futuro: Nelson Águia estava desenganado quando recebeu, em 2001, a primeira aplicação no mundo de  células-tronco no coração. A lesão foi reduzida em quase 100%, e assim o paciente chegou aos 80 anos.
“Eu fiz com a maior satisfação, e com isso já estou aí há cerca de 12 anos”, contou ele em sua última entrevista. Ele morreu em setembro e deixou de herança um caminho que pode levar outros pacientes tão longe ou mais até do que ele foi.


fonte:http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2013/01/pesquisas-com-celulas-tronco-para-tratar-o-coracao-avancam-no-brasil.html