Powered By Blogger

sábado, 12 de agosto de 2023

MELHOR IDADE: GEMIDOS ???

 

Berna Almeida II

 

As pessoas com Demência podem experimentar dor física pelas mesmas razões que as outras pessoas, contudo o declínio da função cerebral e das suas capacidades podem torná-las menos capazes de comunicar aos seus prestadores de cuidados que estão sentindo dor.
As pessoas com Demência podem ser incapazes de comunicar a sua dor de forma clara, ou de interpretar corretamente os sinais de dor e transmitir o seu desconforto através de outro comportamento. Nem sempre é fácil determinar se a pessoa está em sofrimento, pela dor que frequentemente passa despercebida e fica sem tratamento.
Essa situação pode resultar no sub tratamento da dor e na diminuição da qualidade de vida. No entanto, isso é evitável através da observação dos sinais não-verbais de dor e da prestação de um tratamento adequado.
Tanto quanto se sabe, a Demência não causa dor. No entanto, as pessoas com Demência podem ser afetadas pelas mesmas doenças do que as pessoas sem Demência e algumas destas doenças podem ser dolorosas.
A investigação sugere que quando uma pessoa com Demência tem dor, corre o risco de não ser tratada, por causa de duas crenças erradas. A primeira é que a pessoa com Demência não consegue exprimir a dor, e a segunda de que nada pode ser feito pelas pessoas com Demência.
Dor aguda ou crônica
A forma como se sente a dor física é muito individual. Uma dor resultante da mesma causa pode ser sentida, por cada pessoa, de forma diferente. Podemos utilizar várias palavras para descrever a nossa dor, desconforto, moinha, pontada, cortante, sensação de queimadura, latejante etc. Podemos, também, inconscientemente mostrar sinais de dor, tais como fazer certas expressões faciais ou afastar do toque a parte do corpo dolorida.
Sentimos dor porquê da parte do corpo afetada são enviados sinais para áreas específicas do cérebro. Reconhecer que alguém com Demência está com dores nem sempre é fácil. A dor é uma experiência muito pessoal e a avaliação é usualmente baseada na nossa percepção da dor e na comunicação do seu tipo, gravidade e localização.
Mas para alguém com Demência, que tem dificuldade em se comunicar, será necessário reconhecer a dor de outra forma. Alguns comportamentos e sintomas podem indicar que a pessoa tem desconforto, dor ou que não está bem.
Estes comportamentos e sintomas podem incluir:
· Alterações do comportamento, a pessoa pode parecer apática, letárgica, frustrada ou mesmo zangada;
· Dormir mais que o habitual;
· Chorar;
· As expressões faciais ou verbais podem indicar dor numa parte específica do corpo;
· Relutância em mover-se.
Quando perguntar à pessoa com Demência sobre a sua saúde, tente utilizar uma variedade de palavras que possam ajudar a pessoa a descrever aquilo que sente. Pode ser útil utilizar palavras como desconforto, incômodo, magoado, doloroso e ferida. Em intervalos regulares, pergunte à pessoa se tem dores, em vez de fazê-lo uma única vez.
A queixa verbal de dor
Nas fases iniciais da Demência, as pessoas são capazes de comunicar a alguém que estão sentindo dor. No entanto, o declínio das capacidades de pensamento pode torná-las menos capazes de entender por que motivo estão a sentir dor e de saberem o que fazer em relação a esta.
O declínio da função cerebral e das competências de comunicação pode prejudicar a capacidade da pessoa para relatar com precisão a localização, o nível e o tipo de dor que está sentindo ou para lembrar-se de tomar a medicação regularmente, o que significa que a pessoa poderá permanecer em sofrimento.
As situações que podem levar uma pessoa a não comunicar a sua dor são: a depressão, medo de necessitarem de uma cirurgia, hospitalização ou de transitarem para uma unidade residencial, a percepção errônea de que todos os analgésicos criam dependência, não quererem parecer fracas ou queixosas. As diferenças culturais, religiosas e de gênero podem afetar o relato de dor. Algumas pessoas não querem perder o respeito da sociedade ao admitirem que estão com dor e que precisam de ajuda, ou acreditam que a dor deve ser sentida em silêncio. Outras pessoas consideram que devem relatar de imediato a dor e obter um alívio instantâneo da mesma. Como resultado das expectativas sociais e culturais, alguns homens podem acreditar que precisam de ser fortes e que devem aguentar a dor.
Os sinais não-verbais podem incluir:
· Expressões faciais;
· Gestos que indicam sofrimento;
· Resguardar uma parte do corpo ou ter relutância em movimentar-se;
· Gemidos de dor ao movimentar-se;
· Movimentos limitados ou lentos;
· Aumento da frequência cardíaca, pressão arterial ou sudorese;
· Inquietação;
· Choro ou sofrimento;
· Aumento ou diminuição das vocalizações;
· Comportamento social retraído;
· Letargia ou aumento do sono;
· Sono perturbado ou agitado;
· Diminuição do apetite (e diminuição da ingestão nutricional);
· Aumento da confusão;
· Raiva, agressividade, irritabilidade ou agitação.
Alguns desses sintomas ou alterações podem ser resultado de outros problemas. Contudo, a dor deve ser sempre considerada como uma causa potencial e tratável. É importante lembrar que algumas pessoas apresentam poucos ou nenhuns comportamentos específicos associados à dor.
Fonte: Alzheimer Austrália.

 

 

 

FONTE:https://web.facebook.com/groups/mentesedemencias/

 

 

 

 

ESCLEROSE MÚLTIPLA E ALEITAMENTOImagem de um laço douradoLINFOMA


obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico

abs

Carla

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Vc é muito importante para mim, gostaria muito de saber quem é vc, e sua opinião sobre o meu blog,
bjs, Carla