Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica - IUCR
Os testículos, par de glândulas sexuais masculinas que estão no saco escrotal, abaixo do pênis são responsáveis pela produção e armazenamento do espermatozoide e também são a principal fonte de produção do hormônio masculino (testosterona) que controla o desenvolvimento dos órgãos reprodutivos. É possível viver normalmente apenas com um testículo, caso haja a remoção cirúrgica ou atrofia.
O câncer de testículo, apesar de raro (representa cerca de 5% dos casos de câncer em homem), ocorre com mais frequência em jovens, entre 15 e 50 anos.
Existem dois tipos básicos de câncer testicular, cada um com subtipos:
- Tumores de células germinativas: ocorrem nas células que produzem os espermatozoides e podem ser de dois tipos
Seminomas, o tipo mais comum, geralmente são de crescimento lento e respondem bem ao tratamento
Não-seminomas: tendem a crescer e se espalhar mais rápido que os Seminomas
- Tumores estromais:
ocorrem no tecido testicular onde hormônios são produzidos e incluem os tipos
Tumores de Células de Leydig, geralmente benignos, ocorrem em células que produzem hormônios sexuais masculinos
Tumores de Células de Sertoli que ocorrem em células que nutrem as células germinativas, geralmente também são benignos
Fatores de Risco
Idade: a maioria dos casos ocorre entre as idades de 15 e 50 anos.
Raça: os homens brancos têm de 5 a 10 vezes mais chances de desenvolver câncer testicular do que os homens de outras raças.
História familiar ou pessoal de câncer testicular: Dieta rica em gordura, particularmente de origem animal, com alto teor de cálcio, pode aumentar o risco.
Testículo que não desceu para escroto (criptorquidia) e homens que fizeram cirurgia para corrigir esta condição também tem risco de desenvolver câncer testicular
Desenvolvimento testicular anormal
Síndrome de Klinefelter: transtorno cromossômico sexual caracterizado por baixos níveis de hormônios masculinos, esterilidade, aumento dos seios e pequenos testículos
Vírus da imunodeficiência humana (HIV)
Tratamento anterior para câncer testicular
Sintomas
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Nódulo pequeno, duro e indolor
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Mudança na consistência dos testículos
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Sensação de peso no saco escrotal
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Dor incômoda no baixo ventre ou na virilha
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Coleta súbita de fluido no escroto
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Dor ou desconforto no testículo ou no saco escrotal
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Crescimento da mama ou perda do desejo sexual
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Crescimento de pelos faciais e corporais em meninos muito jovens
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Dor lombar
Diagnóstico
O exame físico, a apalpação, é o primeiro a ser realizado pelo médico, que em caso de suspeita vai solicitar exames de imagem, como a ultrassonografia, e de sangue especiais que detectam marcadores tumorais. São eles:
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Alfa-fetoproteína (AFP): níveis elevados desta proteína podem indicar a presença de um tumor de células germinativas em homens.
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Beta gonadotrofina coriônica humana (b-HCG): níveis aumentados dessa proteína podem indicar a presença de vários tipos de câncer, incluindo o câncer testicular.
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Lactato desidrogenase (LDH): esta enzima está relacionada ao aumento da produção de energia pelas células e tecidos do corpo, o que às vezes pode indicar câncer.
Estadiamento
O estadiamento é a forma de classificação do tumor considerando a sua extensão e ou o quanto ele afetou os gânglios linfáticos ou outros órgãos, o que auxilia o médico na definição da melhor conduta terapêutica
Estágio 0 (carcinoma in situ)
células anormais são encontradas nos túbulos onde os espermatozóides se desenvolver e podem se tornar câncer e se espalhar no tecido normal próximo. Todos os níveis de marcadores tumorais são normais
Estágio 1A
o câncer está no testículo e no epidídimo e pode ter se espalhado para a camada interna da membrana ao redor do testículo. Todos os níveis de marcadores tumorais são normais
Estágio 1B
o câncer pode estar localizado no testículo e epidídimo ter se espalhado para o sangue ou vasos linfáticos no testículo, ou até a camada externa da membrana ao redor do testículo ou pode estar no cordão espermático ou no escroto e ter atingido o sangue ou os vasos linfáticos do testículo. Todos os níveis de marcadores tumorais são normais
Estágio 1S
o câncer é encontrado em qualquer lugar dentro do testículo, cordão espermático ou saco escrotal e também apresenta os níveis de marcadores tumorais acima do normal ou bem mais altos
Estágio 2A
o câncer pode estar localizado em qualquer lugar dentro do testículo, cordão espermático ou saco escrotal ou em até cinco linfonodos no abdome, nenhum maior que 2 centímetros. Todos os níveis de marcadores tumorais são normais ou ligeiramente acima do normal
Estágio 2B
o câncer está em qualquer lugar dentro do testículo, cordão espermático ou saco escrotal e se espalhou para até cinco linfonodos no abdome. Pelo menos um dos gânglios linfáticos é maior que 2cm, mas nenhum é maior que 5 centímetros ou mais de cinco linfonodos com menos de 5 centímetros. Todos os níveis de marcadores tumorais são normais ou ligeiramente acima do normal
Estágio 2C
o câncer está em qualquer lugar dentro do testículo, cordão espermático ou saco escrotal e se espalhou para um nódulo linfático no abdômen e o tumor é maior que 5 centímetros. Todos os níveis de marcadores tumorais são normais ou ligeiramente acima do normal
Estágio 3A
o câncer está em qualquer lugar dentro do testículo, cordão espermático ou saco escrotal e se espalhou para um ou mais linfonodos no abdômen, para os linfonodos distantes ou para os pulmões. O nível de um ou mais marcadores tumorais pode variar de normal a ligeiramente acima do normal
Estágio 3B
o câncer está em qualquer lugar dentro do testículo, cordão espermático ou saco escrotal e pode ter se espalhado para um ou mais linfonodos próximos ou distantes ou para os pulmões. O nível de um ou mais marcadores tumorais pode variar de normal a alto
Estágio 3C
o câncer está em qualquer lugar dentro do testículo, cordão espermático ou saco escrotal e pode ter se espalhado para um ou mais linfonodos próximos ou distantes, pulmões ou outro órgão. O nível de um ou mais marcadores tumorais pode variar de normal a muito alto
Tratamento
Para o tratamento do câncer de testículos são indicadas algumas opções que dependem do estágio e condições clínica do paciente.
CIRURGIA
Ao ser diagnosticado o câncer, na maioria dos casos, no momento da ultrassonografia acontece a Orquiectomia, uma cirurgia para remover o testículo com uma incisão na virilha e amostras de tecido são examinadas para determinar o estágio do câncer.
Outra modalidade é a Dissecção de linfonodo retroperitoneal, indicada para alguns pacientes, especialmente aqueles com câncer testicular não Seminoma, a cirurgia também pode envolver a remoção de linfonodos na região abdominal.
RADIOTERAPIA
Os casos de Seminomas são muito sensíveis à radioterapia. É realizada após a cirurgia. Mesmo que o câncer testicular volte, ele ainda é tratável com radiação ou quimioterapia.
A radiação também pode ser usada após a quimioterapia se algum câncer permanecer. Outros tipos de câncer testicular (não seminoma) são mais resistentes à radioterapia.
QUIMIOTERAPIA
Às vezes, a quimioterapia é usada em conjunto com a remoção cirúrgica do testículo para garantir que todas as células cancerígenas tenham sido destruídas.
Para homens com tumores avançados ou metastáticos a quimioterapia também pode ser administrada.
FONTE: https://www.iucr.com.br/post/
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
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