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sábado, 13 de junho de 2020

Obesidade materna e o início da puberdade nas meninas adolescentes



07 de Maio de 2018

Estudo publicado no American Journal of Epidemiology revela que filhas de gestantes com sobrepeso ou obesidade são mais propensas a desenvolver puberdade precoce do que aquelas cujas mães tiveram peso normal durante a gravidez. Para chegar a essa conclusão, foram examinados registros médicos de mais de 15 mil duplas de mães e filhas.

Em comparação com as filhas cujas mães tiveram peso normal ao longo da gravidez, as filhas de mães obesas apresentaram 39% mais chances de desenvolver mamas mais cedo. A puberdade, neste grupo, chegou, em média, sete meses antes que nas demais.

Algumas meninas, particularmente as brancas e asiáticas, também desenvolveram pelos púbicos mais cedo quando suas mães eram obesas durante a gravidez.

Segundo o pesquisador principal, Dr. Ali Kubo, da divisão de pesquisas da Kaiser Permanente Northern California, em Oakland, nos Estados Unidos, estes resultados ampliam o conhecimento anterior, de que a obesidade ou o excesso de peso gestacional podem levar a complicações na gravidez, intercorrências no nascimento e obesidade infantil. Agora, é preciso também atenção para a obesidade e as taxas elevadas de açúcar no sangue das gestantes, pois podem influenciar o início da puberdade das meninas que estão por vir.

O estudo

A puberdade precoce está associada a uma série de efeitos adversos na saúde. Desta vez, pesquisadores investigaram se a exposição intrauterina à obesidade materna está associada ao início da puberdade das meninas. Foram incluídas 15.267 meninas com idades entre 6 e 11 anos, que foram avaliadas por pediatras entre 2003 e 2017, de acordo com a classificação de estágios puberais de Tanner, elaborada pelo médico inglês J.M. Tanner nos anos 60 e utilizada no mundo inteiro até hoje.

Foram calculados o Índice de Massa Corporal (IMC) materno durante a gravidez a partir de dados dos prontuários eletrônicos. Além das associações entre a obesidade materna e o momento da puberdade das meninas, foram anotadas eventuais modificações do efeito por conta da etnia, idade materna, escolaridade, paridade e tabagismo durante a gestação, além do IMC pré-puberal.

A obesidade materna (IMC ≥ 30) e o excesso de peso (IMC 25-29,9) foram associados ao início mais precoce do desenvolvimento das mamas em meninas. A associação entre obesidade materna e início de pelos pubianos das meninas foi mais forte entre meninas asiáticas e não hispânicas, e ausente para meninas afro-americanas.

No caso das mães com sobrepeso, mas não obesas durante a gravidez, as filhas tiveram 21% mais chances de ter desenvolvimento precoce do que meninas com peso normal.

Os níveis elevados de açúcar no sangue durante a gravidez também trouxeram repercussões. Estas gestantes tiveram maior probabilidade de gerar filhas que passaram pelo desenvolvimento precoce das mamas.

Puberdade precoce

Pesquisas recentes apontam que o início da puberdade tem acontecido cada vez mais cedo na população em geral, especialmente nas meninas em países desenvolvidos. Fatores ambientais como alimentação, obesidade e substâncias químicas que imitam hormônios humanos podem ser algumas das causas para este fato.

A puberdade precoce traz consigo consequências negativas, emocionais e comportamentais, como maior predisposição à ansiedade, depressão, insatisfação corporal, iniciação sexual precoce e gravidez durante a adolescência. Mais tarde, traz riscos maiores de problemas cardíacos, cânceres de mama e em outros em órgãos do aparelho reprodutor feminino.

O início precoce da puberdade influencia também na estatura, fazendo com que as crianças sejam mais baixas do que poderiam, pois seus ossos param de crescer antes da hora.

Há, ainda, aumento das chances destas meninas se tornarem adultas obesas quando adultas.

Todas estas consequências trazem, ainda, um aumento das chances destas meninas enfrentarem problemas sociais e emocionais.

Referência >>> aqui

https://academic.oup.com/aje/article/187/7/1362/4937333

obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico

abs

Carla

https://abeso.org.br

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