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quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

IDOSOS: A DESIDRATAÇÃO É UM FACTOR DE RISCO ACRESCIDO PARA OS MAIS VELHOS.

 

Sobre a importância da hidratação:

·       O mecanismo da sede é despertado quando já se perdeu de 1 a 2 por cento de líquido corporal, momento em que começa o processo a desidratação; no entanto, com o envelhecimento esse mecanismo de aviso vai perdendo eficácia; 

·       O nosso corpo precisa de um meio aquoso para realizar as reações químicas;

·       O organismo humano perde água através da atividade física, respiração, suor, urina e fezes; é aconselhável um consumo diário de um litro e meio a dois litros de água por dia, tendo em atenção a atividade física que se tem, a temperatura ambiente, e os medicamentos diuréticos e laxantes que se tomam;

·       A quantidade de água no organismo diminui naturalmente com a idade e, consequentemente, os mais Velhos são mais suscetíveis à desidratação; ao longo da vida, a água pode passar de cerca de 80% da composição corporal de uma criança para aproximadamente 70% de um adulto, e cerca de 50% de uma pessoa Idosa;

·       Essa diminuição da quantidade de água deve ser tida em conta no receituário de medicamentos de forma a evitar situações de toxicidade;

 

·       Com o passar de anos a capacidade de sentir sede diminui, o que aumenta o risco de desidratação; os mais Velhos são um grupo de risco porque, além de a sensação de sede diminuir,  a capacidade do organismo em conservar água também diminui, assim com também diminui a capacidade do organismo em responder às variações de temperatura;

·       Estas alterações fisiológicas (diminuição da conservação de água e da capacidade em responder às variações de temperatura) podem ter consequências graves em situações de desidratação com o tempo quente ou com a existência de doenças crónicas como a diabetes e a demência; o diabético tem tendência à poliúria (micção anormal) e uma pessoa com demência tem mais dificuldade de comunicação; 

A desidratação está associada à taxa de mortalidade de pacientes mais velhos hospitalizados, à precipitação hospitalizações de emergência e ao aumento de repetição de hospitalizações; uma elevada percentagem de idosos que dão entrada em hospitais, chegam desidratados;

·       Identificar a desidratação é uma tarefa difícil e o cuidador deve estar atento aos seguintes sinais: sonolência excessiva, confusão mental, fraqueza, agitação psicomotora, indisposição, dores de cabeça, boca seca ou com pouca saliva, choro sem lágrimas, diminuição da urina ou urina de cor forte, diminuição da pressão arterial, aumento da frequência cardíaca, tonturas, perda de peso e aumento de infeções; o coração de uma pessoa desidratada tem que bater mais vezes para bombear o sangue com oxigénio e nutrientes para as células;

·       É necessário ter atenção redobrada às pessoas que vivem sós e que têm dificuldades de deglutição, mobilidade, comunicação, demência, incontinência urinária e que usam laxantes ou diuréticos;

·       Beber água ajuda a eliminar toxinas e a manter a pele saudável, e o estado desse órgão é o espelho da saúde; a falta de água no organismo cria condições para que se acumulem toxinas e bactérias, e os rins e a bexiga são dois órgãos particularmente suscetíveis a infeções; a água entra na composição da cartilagem das articulações, zonas sensíveis ao envelhecimento; as pessoas com alergias e asma têm maior dificuldade em respirar quando estão desidratadas;












  A água tem alguns micronutrientes, mas não tem calorias;

·       A consequência mais grave de desidratação extrema é a morte, uma vez que o sangue começa a fluir em quantidades insuficientes para os órgãos, provocando uma falência dos órgãos.

 


 


Sugestões sobre como realizar a hidratação:

1)   A água deve ser bebida gradualmente em pequenos goles essencialmente fora das refeições para que seja rapidamente absorvida e cumpra realmente a função de hidratação; com a exceção da água e das infusões, todos os outros alimentos que contribuem para a hidratação devem estar integrados numa dieta equilibrada e saudável, para que não sejam promotores do aumento da ingestão de calorias e consequentemente do peso.

2)   Qualquer líquido que tenha função hidratante não deve ter açúcar na sua constituição; pode aromatizar-se a água adicionando gotas de sumo de laranja, lima ou limão, ou adicionar uma rodela de laranja, lima, limão ou canela;

3)   Deve-se consumir regularmente frutos e hortícolas frescos como o melão, a melancia, a meloa, uvas, kiwi, morangos, maçã, pera, pêssego, brócolos, cenoura, alface e tomate, por apresentarem na sua composição uma percentagem de água entre os 80 e os 90%; deve-se manter o consumo de sopa de legumes às refeições principais, dado que contribui igualmente para a ingestão de líquidos, mas também para a ingestão de fibra, vitaminas e minerais essenciais.

4)   A altura do consumo de água deve privilegiar a parte da manhã e ir diminuindo até à noite, para que se durma sem interrupções (menos micção noturna);

5)   Uma ingestão moderada de água à refeição ajuda a humedecer o bolo alimentar, o que facilita a sua passagem ao longo do intestino, combatendo a prisão de ventre; a ingestão adequada de água à refeição também forma um bolo alimentar mais volumoso, o que dá um sinal ao nosso cérebro que estamos saciados com mais facilidade; quando se ingere muita água com alimentos, o resultado é a dilatação do estômago porque como os alimentos têm que ser digeridos e permanecem mais tempo no estômago juntamente com a água, formam um grande volume alimentar;

6)   Os cuidadores devem criar estratégias de hidratação de forma a alterar o mínimo possível os hábitos do familiar, tal como por exemplo:

·       Dar a ingerir um copo de água, um batido ou um sumo nas pausas da emissão um programa televisivo;

·       Marcar um horário e, caso haja necessidade, recorrer à utilização de um sinal sonoro para recordar a ingestão do líquido hidratante;

·       Quando um familiar recusa beber água, podem ser adotadas estratégias como fornecer fruta com grande quantidade de água, infusões, batidos ou sumos;

·       Beber um copo de água, um batido ou um sumo sempre que lavar as mãos.





















By Fernando Delfim Braga e Couto de Azevedo








obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico

abs

Carla 

https://www.cuidador.pt/


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