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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

Levo minha mãe com Alzheimer para minha casa?

 Pode ser uma ilustração de uma ou mais pessoas, pessoas sentadas e área interna

 

SE ANTES DA PANDEMIA ESSA ERA UMA DÚVIDA CONSTANTE PARA OS FAMILIARES, AGORA MUITOS SE PERGUNTAM SE TOMARAM A DECISÃO CORRETA LEVANDO OS PAIS PARA MORAR TEMPORARIAMENTE NA SUA CASA.
Na pandemia as incertezas foram muitas e a presença de cuidadores pagos que se rodiziam se tornou fonte de preocupação. Oferecer proteção é um motivo mais do que justificável. O distanciamento social é a forma mais segura de diminuir o risco de contágio.
 
Muitas famílias optaram ainda por rodiziar o cuidado, com temporadas na casa de um e de outro filho. Outras optaram por trazer o idoso nos finais de semana. Decisões difíceis. Mas saiba que você não é a única pessoa que está passando por esse dilema, que se tornou ainda maior devido aos cuidados redobrados exigidos pela pandemia do coronavirus:
 
“Não estou dando conta de cuidar da minha mãe com Alzheimer na casa dela durante a pandemia, e ainda dar conta de tudo. Em casa já estou me multiplicando para ajudar meus filhos com as tarefas escolares, participar de todas as reuniões, fazer compras, socorro! ”
 
“Eu e minha irmã resolvemos que mamãe vai passar uma semana na casa de cada uma”
 
“ A cuidadora da minha mãe está ficando direto na casa dela para não pegar condução, mas, a cada 15 dias minha mãe vem passar o final de semana comigo ou vai para casa do meu irmão”
 
Será que tirar meu familiar da casa dele vai acelerar a demência?
 
Nada indica que isso acelera o processo da doença. Mas, é fato que mudanças geram uma necessidade de adaptação. O processo para pessoas com declínio cognitivo é muito mais lento e difícil.
 
Idosos com doença de Alzheimer tem dificuldade de entender o que enxergam e interpretar as relações espaciais, tais como tamanho, distância e localização. Por exemplo, podem sentar fora do assento da cadeira ou do vaso sanitário ou errar a entrada da porta do banheiro no meio da noite. Com o passar do tempo vão tendo dificuldade em reconhecer ambientes habituais. Novos ambientes se tornam hostis e imprevisíveis. E a confusão mental, irritabilidade, e a agitação podem aumentar. 
 
Por isso, é importante que os familiares compreendam que isso pode ocorrer, além de outros riscos como: quedas, infecção urinária, problemas para dormir e alucinações.
 
Reconhecemos que é difícil mesmo, você pode tornar esse momento mais leve. Para isso, veja algumas dicas que podem ajudar a diminuir essas alterações:
  • Converse com as pessoas da sua casa. É importante que a sua família reconheça as mudanças que estão por vir nesse momento. Dividir com seus familiares o cuidar, torna a situação mais leve. Seus filhos e companheiro (a) precisam saber de todas as implicações;
  • Evite fazer as malas na frente de seu familiar, caso ele esteja numa fase mais avançada da doença. Por mais que possa parecer adequado que ele/ela participe isso pode gerar estresse e ansiedade;
  • A memória afetiva tende a ficar preservada por mais tempo, tranquilizando e acalmando quando reconhecemos algo familiar. As lembranças afetivas de objetos, dos cheiros, dos lugares ajudam a acalmar o seu familiar. Na mudança traga objetos que você sabe que são importantes, como por exemplo, um abajur conhecido, uma poltrona, travesseiros, almofadas, enfim aquilo que for possível para deixar o local que seu familiar vai permanecer a maior parte do tempo com a cara de algo que é conhecido;
  • Coloque no quarto um abajur ou luz noturna (leia mais sobre a importância da luz noturna para ajudar a orientação do seu familiar, caso se levante a noite. A escuridão e a pouca luz no fim de tarde podem causar agitação;
  • Lembre-se de cuidados adicionais com chaves e portas. Seu familiar pode se trancar inesperadamente e não conseguir abrir a porta. Retire a chave da porta de saída;
  • Se antecipe e discuta com o médico do seu familiar o que fazer em casos de agitação ou alucinações;
  • Considere junto com o médico a continuidade de atendimentos domiciliares, como é o caso de terapia ocupacional e fisioterapia;
  • Evite levar seu familiar ao Pronto Socorro. Tente todo tipo de contato com profissionais da saúde, por meio virtual ou presencial na sua casa. No entanto, em caso de urgência tenha em mãos documentos, lista de medicamentos e exames caso seja necessário uma ida os PS;
  • Qualquer outro desconforto que seu familiar tiver pode aumentar ainda mais a irritação e agitação. Procure identificar dor, coceiras, gases. Mudanças alimentares repentinas podem causar gases;
  • Não pressione o seu familiar para que ele conviva com outras pessoas da casa: marido/esposa, filhos, etc.
  • Assistir TV por exemplo, pode gerar mais confusão. Presença de crianças pode ajudar a distrair de início, mas, cansar depois. Procure estabelecer uma rotina previsível;
  • Invista em atividades que acalmem, como ouvir música ou folhear um livro de fotos ou imagens;
  • Retire objetos cortantes de vista e espelhos que estejam nos corredores;
  • Se sua casa tem escada, avalie a possibilidade de instalar seu familiar na parte debaixo da casa;
  • Acredite, acidentes como escapes de fezes e urina, resistência para tomar banho, ou fazer escovação de dentes ou trocar de roupa podem aumentar. Não culpe seu familiar ele/ela não está fazendo de propósito;
  • Avalie a possibilidade de colocar fraldas ou fralda-calça durante a noite para diminuir o número de vezes que é necessário ir ao banheiro);
  • E mais do que tudo, tire um tempo para você (leia mais sobre como escolher a melhor para você.
  • Aqueles 5 a 10 minutos de paz, um banho relaxante, um chá, um café, ler o jornal, enfim o que lhe dê prazer;
  • Reflita com seus familiares se a coisa desandar e não der certo. Não se imponha soluções permanentes. Seja flexível, aceite sugestões. Outras possibilidades podem se apresentar. E não se culpe, nem sempre aquilo que planejamos é a melhor alternativa.
Se a necessidade de levar seu familiar idoso com Alzheimer para morar com você bate à sua porta, faça essa experiência da melhor forma possível. 
Cuidar dos nossos familiares neste momento pode ser uma experiência gratificante. Faça o que for possível.
 
Plugi

 

 


 

    



CÂNCER BILIAR,
 LÚPUS, LEUCEMIA

obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico

abs.

Carla

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