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sexta-feira, 18 de novembro de 2022

17/11 – Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata: II

 

 Câncer de Próstata > Diagnóstico

 

 

Exames de Rastreamento para Câncer de Próstata

  • Equipe Oncoguia
  • - Data de cadastro: 26/06/2014 - Data de atualização: 25/06/2020

O rastreamento é realizado para diagnosticar o câncer antes que o paciente apresente qualquer sintoma da doença. No entanto, não está claro, se para a maioria dos homens, os benefícios do rastreamento do câncer de próstata superem os riscos desses exames. Ainda assim, após discutir os prós e os contras do rastreamento com seus médicos, alguns homens podem optar por fazer o rastreamento.

Aqui são discutidos os exames de rastreamento usados para diagnosticar possíveis sinais de câncer de próstata. Entretanto, esses exames não são conclusivos para o diagnóstico definitivo de câncer de próstata. Se o resultado de um desses testes for anormal, provavelmente será necessária a realização de uma biópsia da próstata para elucidação diagnóstica do câncer de próstata.

Exame do antígeno prostático específico (PSA)

O nível de PSA no sangue é medido em unidades de nanogramas por mililitro (ng/ml). A chance de ter câncer de próstata aumenta à medida que o nível de PSA aumenta, mas não existe um ponto de corte definido que se possa afirmar com certeza se um homem tem (ou não) câncer de próstata. Muitos médicos definem o valor de PSA de 4 ng/ml ou superior para decidir se um homem pode precisar de mais exames, enquanto outros podem recomendar realizar outros exames a partir de um nível mais baixo, como 2,5 ou 3.

  • A maioria dos homens que não tem câncer de próstata tem um nível de PSA abaixo de 4 ng/ml no sangue. Quando o câncer de próstata se desenvolve, o nível de PSA geralmente ultrapassa esse valor. Ainda assim, um nível abaixo de 4 não garante que o homem não tenha câncer. Cerca de 15% dos homens com PSA abaixo de 4 terão câncer de próstata se fizerem uma biópsia.
  • Homens com nível de PSA entre 4 e 10 ng/ml têm cerca de 1 em 4 chances de ter câncer de próstata.
  • Se o PSA for superior a 10, a chance de ter câncer de próstata é superior a 50%.

Fatores que afetam os níveis do PSA

Uma das razões pela qual é difícil usar um ponto de corte definido para o PSA no diagnóstico do câncer de próstata é que vários outros fatores, além do câncer também podem afetar os nível de PSA.

Fatores que podem aumentar os níveis de PSA incluem:

  • Próstata aumentada. Condições como hiperplasia prostática benigna, aumento benigno da próstata que afeta muitos homens conforme envelhecem pode aumentar o nível do PSA.
  • Idade avançada. Os níveis de PSA normalmente aumentam lentamente com a idade, mesmo que não haja qualquer anormalidade na glândula.
  • Prostatite. Infecção ou inflamação da próstata, que pode aumentar o nível do PSA.
  • Ejaculação. Isso pode aumentar o nível do PSA por um curto período de tempo. Por essa razão alguns médicos sugerem que os homens não ejaculem um dia ou dois antes da realização do teste.
  • Andar de bicicleta. Alguns estudos sugerem que o ciclismo pode aumentar o nível do PSA por um curto período de tempo, possivelmente porque o assento pressiona a próstata.
  • Determinados procedimentos urológicos. Alguns procedimentos clínicos, como biópsia, cistoscopia ou exame de toque retal, podem provocar um aumento no nível do PSA por um curto período de tempo.
  • Determinados medicamentos. O uso de hormônios masculinos, como a testosterona ou outros medicamentos que aumentam o nível da testosterona, pode provocar um aumento no nível do PSA.

Fatores que podem diminuir os níveis do PSA, mesmo que um homem tenha câncer de próstata:

  • Inibidores da 5-alfa redutase. Certos medicamentos usados ​​para tratar a hiperplasia prostática benigna ou sintomas urinários, como finasterida ou dutasterida, podem diminuir o nível do PSA. Esses medicamentos também podem afetar o risco de câncer de próstata.
  • Ervas. Algumas misturas de ervas vendidas como suplementos alimentares podem mascarar o nível do PSA. Informe seu médico se estiver tomando algum tipo de suplemento, mesmo aqueles que não são necessariamente para a próstata.
  • Outros medicamentos. Algumas pesquisas sugeriram que o uso a longo prazo de certos medicamentos, como aspirina, estatinas e diuréticos pode diminuir o nível do PSA.

Tipos de exames de PSA

PSA livre. O PSA se apresenta de duas formas principais no sangue. Uma delas está relacionada às proteínas do sangue e a outra circula livre (não ligada). O PSA livre é a proporção de PSA que circula livre em comparação com o nível total de PSA. A porcentagem de PSA livre é menor em homens que têm câncer de próstata do que em homens que não têm a doença. Se o resultado do teste está na faixa limítrofe (entre 4 e 10), o PSA livre pode ser usado para decidir se o paciente deve fazer a biópsia da próstata. Um PSA livre mais baixo significa que a chance de ter câncer de próstata é maior e o paciente provavelmente deve fazer uma biópsia.

PSA complexado. Esse teste mede a quantidade de PSA que é anexada a outras proteínas. Ele substitui o PSA total e livre, podendo fornecer a mesma quantidade de informações, mas não é amplamente utilizado.

Exames que combinam diferentes tipos de PSA. Alguns testes mais recentes combinam os resultados de diferentes tipos de PSA para obter uma pontuação geral que reflete a chance de um paciente ter câncer de próstata:

  • PHI (Prostate Health Index). O índice de saúde prostático combina os resultados do PSA total, PSA livre e proPSA (precursores inativos de PSA secretados pelas células prostáticas).
  • Teste 4Kscore. Combina os resultados do PSA total, PSA livre, PSA intacto e calicreína humana 2 (hK2), além de alguns outros fatores.

Velocidade do PSA. A velocidade do PSA não é um teste isolado, mas uma medida da rapidez com que o PSA aumenta com o tempo. Normalmente, o nível do PSA aumenta lentamente com a idade. Algumas pesquisas mostraram que esses níveis aumentam mais rapidamente se um homem tem câncer, mas não comprovaram que a velocidade do PSA é mais eficaz do que o próprio nível do PSA para diagnosticar o câncer de próstata. Por essa razão, não se recomenda o uso da velocidade do PSA como parte do rastreamento do câncer de próstata.

Densidade do PSA. O nível do PSA é mais alto em homens com glândulas prostáticas maiores. Nesses casos, o médico mede o volume da próstata com ultrassom transretal e divide o valor do PSA pelo volume da próstata. Uma maior densidade do PSA indica uma maior probabilidade de câncer.

Intervalo do PSA específico por idade. Os níveis de PSA são normalmente mais altos em homens mais velhos do que em jovens, mesmo quando o câncer não é diagnosticado. Um resultado de PSA dentro da faixa limítrofe pode ser preocupante em um homem de 50 anos, mas causa menos preocupação em um homem de 80 anos. Por essa razão, alguns médicos sugerem comparar os resultados do PSA com os resultados de outros homens da mesma faixa etária.

Exame de toque retal

Para o exame de toque retal, o médico insere um dedo com luvas e lubrificado no reto do paciente  para determinar qualquer inchaço ou áreas endurecidas na próstata que possam eventualmente ser um câncer. O câncer de próstata geralmente começa na parte posterior da glândula e, às vezes, pode ser sentido durante o toque retal. Esse exame pode ser desconfortável, principalmente para homens que têm hemorroidas, mas geralmente não é doloroso e dura apenas alguns minutos.

O exame de toque retal é menos eficaz que o exame do PSA no sangue para a detecção do câncer de próstata, mas às vezes pode sugerir a possibilidade de câncer em homens com níveis normais de PSA. Por essa razão, pode ser incluído como parte do rastreamento do câncer de próstata.

Resultados anormais do rastreamento

Se o resultado inicial no nível do PSA no sangue durante o rastreamento for mais alto do que o normal, isso nem sempre significa que o homem tem câncer de próstata. Muitos homens com níveis de PSA acima do normal não têm câncer. Ainda assim, serão necessários mais exames para verificar o que está ocorrendo. O médico pode sugerir uma das opções abaixo:

  • Aguardar um pouco e refazer o PSA.
  • Fazer outro tipo de exame para verificar se o homem apresenta alguma alteração e posteriormente fazer uma biópsia da próstata.
  • Fazer uma biópsia da próstata para diagnosticar se o homem tem câncer.

É importante discutir todas as opções, incluindo os possíveis prós e contras, com o médico para escolher aquela com a que se sinta mais confortável. Alguns fatores que podem afetar sua escolha podem incluir:

  • Sua idade e estado de saúde geral.
  • Probabilidade de ter câncer de próstata, com base nos exames realizados até o momento.
  • O próprio nível de conforto de esperar ou fazer mais exames.

Repetindo o exame de PSA

O nível de PSA no sangue de um homem pode variar ao longo do tempo. Por essa razão, alguns médicos recomendam repetir o teste após um mês ou mais, se o resultado inicial for anormal. Essa é uma opção razoável se o nível do PSA estiver na extremidade inferior da faixa limítrofe (geralmente de 4 a 7 ng/ml). Para níveis mais altos do PSA o mais provável é que os médicos solicitem a realização de outros exames ou uma biópsia da próstata.

Outros exames

Se o resultado inicial do PSA for anormal, outra opção é fazer outro tipo de exame para que o paciente e o médico tenham uma ideia da possibilidade de um câncer de próstata, e portanto se é necessário a realização de uma biópsia. Alguns dos testes que podem ser realizados incluem:

  • Exame de toque retal, se ainda não foi realizado.
  • Um ou mais dos tipos de PSA citados acima, como o índice de saúde prostática (PHI), 4Kscore ou PSA livre ou outros exames de laboratório.
  • Exame de imagem da próstata, como ressonância magnética ou ultrassom transretal.

Biópsia da próstata

Para alguns homens, a biópsia da próstata pode ser a melhor opção, principalmente se o nível inicial de PSA estiver alto. Na biópsia pequenas amostras da próstata são removidas e enviadas para análise em um laboratório de patologia. A biópsia é a única maneira de saber com certeza se um homem tem câncer de próstata.

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 01/08/2019, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

 


 

 

Biópsia para Diagnóstico do Câncer de Próstata

  • Equipe Oncoguia
  • - Data de cadastro: 26/06/2014 - Data de atualização: 25/06/2020

Se determinados sinais e sintomas ou resultados de exames de rastreamento sugerirem câncer de próstata, o médico solicitará a realização de uma biópsia da próstata para diagnóstico definitivo de câncer de próstata.

A biópsia é um procedimento no qual uma amostra de tecido é removida e encaminhada para análise de um patologista. A biópsia por agulha é o principal método utilizado para diagnosticar o câncer de próstata. A biópsia é realizada por um urologista, com o auxílio de ultrassonografia transretal para localizar a próstata. O procedimento consiste em inserir uma agulha através da parede do reto em direção da próstata. A retirada da agulha remove uma amostra, que consiste num pequeno cilindro (núcleo) do tecido. Esse procedimento é repetido várias vezes, até que se tenha uma quantidade de amostras suficiente para enviar ao laboratório de patologia.

Após a realização da biópsia pode ser receitado um antibiótico para prevenir o risco de uma infecção. Nos primeiros dias após o procedimento o paciente poderá sentir algum desconforto ou até mesmo notar sangue na urina ou no sêmen.

Resultados da biópsia

As amostras retiradas durante a biópsia são enviadas para um laboratório de patologia onde são analisadas sob um microscópio para verificar se contêm células cancerígenas. O laudo de patologia, geralmente sai dentro de 1 a 3 dias, mas às vezes pode demorar mais tempo. Esses resultados podem ser relatados como:

  • Positivo. Células cancerígenas foram observadas nas amostras de biópsia.
  • Negativo. Nenhuma célula cancerígena foi vista nas amostras de biópsia.
  • Suspeito. Algo anormal foi visto, mas pode ou não ser câncer.

Se a biópsia for negativa

Se os resultados da biópsia da próstata forem negativos, ou seja, se não for confirmado o câncer, e a chance do paciente ter câncer de próstata não for alta com base no nível do PSA e em outros exames já realizados, talvez não seja necessário a realização de mais exames, além de repetir o PSA, e possivelmente o exame de toque retal.

Mas mesmo que muitas amostras sejam coletadas, às vezes as biópsias podem não coletar células cancerígenas. Isso é conhecido como um resultado falso-negativo. Portanto, se o médico ainda suspeitar que o paciente tenha câncer de próstata, devido o alto nível do PSA, ele poderá sugerir:

  • A realização de exames laboratoriais, como sangue, urina ou amostras de biópsia da próstata. Exemplos desses exames incluem o índice de saúde da próstata (PHI), exame 4Kscore, PCA3 e ConfirmMDx.
  • Repetição da biópsia da próstata. Isso pode incluir a obtenção de amostras adicionais de partes da próstata que não foram biopsiadas na primeira vez ou o uso de exames de imagem como ressonância magnética para identificar áreas anormais da próstata.

Grau do câncer de próstata (Pontuação de Gleason)

O grau do câncer é baseado em quanto as células do tumor se parecem com o tecido normal da próstata. Existem duas maneiras principais de medir o grau de um câncer de próstata.

Pontuação de Gleason

A pontuação de Gleason atribui notas baseado em quanto o tumor se parece com o tecido normal da próstata:

  • Se o tumor se parece muito com o tecido normal da próstata, é atribuída a nota 1.
  • Se o tumor aparece muito anormal, é classificado com grau 5.
  • Os graus de 2 a 4 têm características entre esses extremos.

A maioria das biópsias são grau 3 ou superior, e os graus 1 e 2 não são frequentemente relatados.

Como os cânceres de próstata muitas vezes têm áreas com diferentes graus, um grau é atribuído às duas áreas que compõem a maior parte do tumor. Essas duas notas são somadas para produzir a pontuação de Gleason, também denominado escore de Gleason.

O primeiro número atribuído é o grau mais comum no tumor. Por exemplo, se a pontuação de Gleason for escrita como 3 + 4 = 7, significa que a maior parte do tumor é de grau 3 e o menor é de grau 4, e eles são adicionados para uma pontuação de Gleason 7.

Embora na maioria das vezes a pontuação de Gleason se baseie nas duas áreas que compõem a maior parte do tumor, existem algumas exceções a esta regra. Se o grau mais alto ocupa a maior parte da amostra, a nota para essa área é contada duas vezes como a pontuação de Gleason. Além disso, se 3 classes estão presentes em um núcleo da amostra, o grau mais alto é sempre incluído na pontuação de Gleason, mesmo que a maior parte do núcleo esteja ocupado por áreas do tumor com notas mais baixas.

Em teoria, a pontuação de Gleason pode ser entre 2 e 10, mas pontuações abaixo de 6 são raramente usadas.

Os cânceres de próstata são frequentemente divididos em 3 grupos, com base na pontuação de Gleason:

  • Cânceres com pontuação de Gleason até 6 são frequentemente chamados de bem- diferenciados ou de baixo grau.
  • Cânceres com pontuação de Gleason de 7 são denominados  moderadamente diferenciados ou de grau intermediário.
  • Cânceres com pontuações de Gleason de 8 a 10 podem ser chamados pouco diferenciados ou de alto grau.

Grupos de notas

Nos últimos anos, os médicos perceberam que a pontuação de Gleason nem sempre é a melhor opção para descrever o grau do câncer de próstata, por duas razões:

  • Os resultados do câncer de próstata podem ser divididos em mais do que apenas os 3 grupos mencionados acima. Por exemplo, homens com uma pontuação de Gleason 3 + 4 = 7 tendem a ter melhor prognóstico do que aqueles com um tumor 4 + 3 = 7. Da mesma forma, homens com uma pontuação de Gleason 8 tendem a ter melhor prognóstico do que aqueles com um paciente com uma pontuação de Gleason de 9 ou 10.
  • A escala da pontuação de Gleason pode ser duvidosa para os pacientes. Por exemplo, um homem com uma pontuação de Gleason 6 pode assumir que seu tumor esteja no meio da série de notas (que, em teoria, varia de 2 a 10), mesmo que o tumor de nota 6 seja realmente o mais baixo na prática. Essa suposição pode levar o homem a pensar que seu tumor tenha mais probabilidade de crescer e se disseminar mais rapidamente do que realmente seria, o que pode afetar suas decisões sobre o tratamento.

Por essa razão, foram desenvolvidos grupos de escores, que variam de 1 (com maior probabilidade de crescer e se disseminar lentamente) a 5 (com maior probabilidade de crescer e se disseminar rapidamente):

  • Grupo de notas 1 = Gleason 6 (ou menos).
  • Grupo de notas 2 = Gleason 3 + 4 = 7.
  • Grupo de notas 3 = Gleason 4 + 3 = 7.
  • Grupo de notas 4 = Gleason 8.
  • Grupo de notas 5 = Gleason 9-10.

Com o tempo, os grupos provavelmente substituirão a pontuação de Gleason, mas atualmente, ainda podem ser apresentados ambos nos laudos de patologia de biópsia.

Laudo de patologia

Se o tumor estiver presente, junto com o grau da doença, o laudo do patologista muitas vezes contém outras informações que podem dar uma ideia melhor da extensão da doença. Essas podem incluir:

  • Número de amostras de biópsia que contêm a doença, por exemplo, 7 de 12.
  • Porcentagem da doença em cada um dos núcleos.
  • Se o tumor está apenas de um lado da próstata ou se é bilateral.

Resultados suspeitos

Às vezes, quando o patologista examina as células da próstata, elas não parecem cancerígenas, mas não são normais. Esses resultados são muitas vezes relatados como suspeitos:

  • Neoplasia intraepitelial prostática. Existem alterações na forma como as células da próstata são vistas sob o microscópio, mas as células anormais não parecem ter se desenvolvido em outras partes da próstata, como aconteceria com as células cancerígenas. A neoplasia intraepitelial prostática é frequentemente dividida em baixo e alto grau. Muitos homens começam a desenvolver a neoplasia intraepitelial de baixo grau a uma idade precoce, mas não necessariamente desenvolvem o câncer de próstata. Se a neoplasia intraepitelial é de grau alto, existe uma chance maior do paciente desenvolver câncer de próstata ao longo do tempo.
     
  • Proliferação atípica de pequenos acinos. Às vezes chamada apenas de atipia glandular ou proliferação glandular atípica. Nesse caso, algumas células parecem cancerígenas, mas a quantidade de células é pequena para se ter certeza. Existe uma grande chance de que o câncer esteja presente na próstata, razão pela qual muitos médicos recomendam a repetição da biópsia dentro de alguns meses.
     
  • Atrofia inflamatória proliferativa. Na atrofia inflamatória proliferativa, as células da próstata se observam menores do que o normal. Essa condição não é câncer, mas os pesquisadores acreditam que a inflamação possa às vezes levar à neoplasia intraepitelial prostática ou ao câncer de próstata.

Testes genéticos

Atualmente, alguns médicos recomendam que alguns homens com câncer de próstata sejam testados para diagnosticar certas alterações genéticas hereditárias. Isso inclui homens com suspeita de determinadas síndromes hereditárias, como mutação no gene BRCA ou síndrome de Lynch, bem como homens com câncer de próstata com certas características de alto risco ou que se disseminaram para outros órgãos. Converse com seu médico sobre os possíveis prós, contras e limitações dos testes genéticos.

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 30/01/2020, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

 


 

 

Exames de Imagem para Câncer de Próstata

  • Equipe Oncoguia
  • - Data de cadastro: 26/06/2014 - Data de atualização: 25/06/2020

 

Se um paciente é diagnosticado com câncer de próstata, o médico usará os achados do exame de toque retal, o resultado do PSA e a pontuação Gleason junto com o laudo da biópsia para saber o quanto a doença está disseminada. A partir dessas informações o médico determina quais exames de imagem são necessários para finalizar o diagnóstico e definir o tratamento. Homens com exame de toque normal, PSA baixo e pontuação de Gleason baixa podem não precisar de exames de imagem, uma vez que a chance da doença ter se disseminado é baixa.

Os exames de imagem mais utilizados para identificar a disseminação do câncer de próstata incluem:

  • Ultrassom transretal

Nesse exame, uma pequena sonda inserida no reto do paciente capta os ecos e um programa de computador os transforma em uma imagem em preto e branco da próstata. O procedimento geralmente dura menos de 10 minutos e é realizado em consultório médico ou ambulatório. O procedimento é indolor e a área geralmente é anestesiada.

Essa técnica pode ser usada em diferentes situações:

  1. Para diagnosticar áreas suspeitas na próstata em homens que têm um resultado anormal no exame de toque retal ou PSA.
  2. Durante uma biópsia da próstata para guiar o posicionamento correto das agulhas.
  3. Para medir o tamanho da próstata, e determinar a densidade do PSA.
  4. Pode ser usado como guia durante algumas formas de tratamento, como braquiterapia ou crioterapia.
  • Ressonância magnética

A ressonância magnética é um método de diagnóstico por imagem, que utiliza ondas eletromagnéticas para a formação das imagens detalhadas dos tecidos moles do corpo. Para uma melhor visualização dos detalhes é injetado na veia o contraste com gadolínio antes da realização dos exames.

A ressonância magnética pode ser usada em diferentes situações:

  1. Para determinar se um paciente com um exame de rastreamento anormal ou com sintomas que possam ser câncer deva fazer uma biópsia da próstata.
  2. Se uma biópsia da próstata for planejada, uma ressonância magnética pode ser feita para localizar e direcionar áreas da próstata com maior probabilidade de conter a doença. Isso geralmente é feito usando um sistema de fusão de ressonância magnética/ultrassom.
  3. Durante uma biópsia da próstata para guiar o posicionamento correto das agulhas.
  4. Para determinar o estadiamento da doença. A ressonância magnética pode mostrar se existe disseminação da doença até as vesículas seminais ou outras estruturas próximas. Isso é importante para determinar as opções de tratamento. Mas as ressonâncias magnéticas geralmente não são necessárias para o câncer de próstata recém-diagnosticados que provavelmente ficará confinado à próstata com base em outros fatores.

Ressonância magnética multiparamétrica. Essa técnica pode ser usada para definir melhor as possíveis áreas de câncer na próstata, bem como para ter uma ideia da rapidez da disseminação da doença. Também pode mostrar se a doença cresceu fora da próstata ou se está disseminada.

Biópsia da próstata guiada por fusão de ressonância magnética/ultrassom. Nessa abordagem, realiza-se uma ressonância magnética alguns dias ou semanas antes da biópsia para diagnosticar áreas anormais na próstata. Durante a biópsia propriamente dita, o ultrassom transretal é feito para visualizar a próstata e um programa de computador especial é usado para fundir as imagens de ressonância magnética e do ultrassom na tela do computador. Isso ajuda a garantir que se obtenha amostras de biópsia de qualquer área suspeita vista nas imagens.

  • Cintilografia óssea

Quando o câncer de próstata se dissemina, muitas vezes o primeiro local é para os ossos. A cintilografia óssea é o exame indicado para diagnosticar a metástase óssea.

A cintilografia óssea consiste na injeção de uma pequena quantidade de material radioativo na veia do paciente, após algumas horas esse material é atraído pelo tecido ósseo que apresenta a doença. Para registrar as áreas de captação do material radioativo é utilizada uma gama câmara que detecta a radioatividade e cria uma imagem do esqueleto.

A cintilografia óssea pode sugerir a presença de doença metastática, mas para fazer um diagnóstico preciso, outros exames, como radiografias simples, tomografia computadorizada ou ressonância magnética ou até mesmo uma biópsia óssea podem ser necessários.

  • Tomografia computadorizada

A tomografia computadorizada é uma técnica de diagnóstico por imagem que utiliza raios X para visualizar imagens transversais detalhadas de pequenas fatias de regiões do corpo, por meio da rotação do tubo emissor de raios X ao redor do paciente. Esse exame geralmente não é realizado para câncer de próstata recém-diagnosticado, se a doença estiver confinada à próstata com base em outros achados (resultado do exame de toque retal, do PSA e pontuação de Gleason). Mesmo assim, às vezes pode ser útil para verificar se a doença se disseminou para os linfonodos próximos. Também, é útil se a doença recidivou após o tratamento, para verificar se está invadindo outros órgãos ou estruturas da pelve.

A tomografia computadorizada não é tão útil quanto a ressonância magnética para observar a própria próstata.

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 30/01/2020, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia

 

 

 

Biópsia dos Linfonodos para Câncer de Próstata

  • Equipe Oncoguia
  • - Data de cadastro: 26/06/2014 - Data de atualização: 25/06/2020

 

Na biópsia do linfonodo, também conhecida como dissecção linfonodal ou linfadenectomia, um ou mais linfonodos são removidos para verificar se contém células cancerígenas. Esse procedimento não é feito com muita frequência para o câncer de próstata, mas pode ser usado para verificar se a doença se disseminou para os linfonodos próximos.

Biópsia durante a cirurgia de câncer de próstata

Se houver uma chance do tumor ter se disseminado, com base em alguns parâmetros, como um alto nível do PSA ou uma pontuação elevada de Gleason, o cirurgião poderá remover alguns linfonodos antes de retirar a próstata (prostatectomia radical).

Os linfonodos e a próstata são então enviados a um laboratório de patologia para análise. Os resultados são laudados e geralmente disponibilizados após alguns dias da cirurgia.

Biópsia do linfonodo como um procedimento separado

A biópsia dos linfonodos raramente é realizada como um procedimento separado. Às vezes, é feita quando a prostatectomia radical não está planejada, como no caso de alguns homens que optam pela radioterapia, mas quando ainda é importante saber se os linfonodos contêm câncer.

Na maioria das vezes, isso é feito como uma biópsia por agulha. Para fazer isso, o médico usa um exame de imagem, como a ressonância magnética ou tomografia computadorizada, para guiar o posicionamento da agulha na próstata. A pele é anestesiada antes da inserção da agulha para a coleta da amostra de tecido. A amostra é enviada a um laboratório de patologia para análise.

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 30/01/2020, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

 


 

 

 

 

 

 

 

 






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