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sexta-feira, 25 de novembro de 2022

25/11 – Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue

 

 

Uma pessoa adulta tem em média cinco litros de sangue. Em uma doação são coletados no máximo 450ml de sangue – pouco para quem doa, muito para quem precisa, pois não há nada que substitua esse composto de células que cumpre funções como levar oxigênio a cada parte do corpo, defender o organismo contra infecções e participar da coagulação, processo que consiste na transformação do sangue líquido num gel sólido, chamado de coágulo sanguíneo ou trombo, com o objetivo de parar uma hemorragia.

A campanha tem como objetivo sensibilizar e aumentar o número de doadores, conscientizando a sociedade da importância de promover esse ato de solidariedade e de cidadania, independentemente de se conhecer ou não pacientes que necessitam de transfusão.

O Decreto nº 53.988/1964 instituiu a comemoração em 25 de novembro, mês que precede um período de estoques baixos, em que as doações diminuem sensivelmente com a proximidade das férias, de datas comemorativas de fim de ano, carnaval e outros períodos de feriados prolongados, e os hemocentros e bancos de sangue de todo o país necessitam manter os estoques adequados.

No Brasil, até a década de 1980, o contexto histórico do sangue como terapia transfusional foi marcado pela remuneração da doação, que foi aos poucos incutida no imaginário coletivo, envolvendo sentimentos de troca, de favor, e não a solidariedade, o voluntariado como motivador.

Foi, portanto, a partir de 1980 que se evidenciou uma preocupação mundial sobre a segurança do sangue, em decorrência do aparecimento da Aids, e da proliferação de doenças transmissíveis via transfusão sanguínea, intensificando-se o debate e intervenções de autoridades sanitárias em busca do fim da remuneração da doação nos vários continentes.

O Decreto nº 3.960/2001 é responsável por regulamentar o parágrafo 4º da Constituição Federal, relativo às atividades em hemoterapia e ao ordenamento institucional da Política Nacional de Sangue, Componentes e Derivados. Logo no artigo 1º, reafirma-se a proibição da comercialização do sangue:

(..) vedada a compra, venda ou qualquer outro tipo de comercialização do sangue, componentes e hemoderivados, em todo o território nacional, seja por pessoas físicas ou jurídicas, em caráter eventual ou permanente.

Apesar de o Brasil ser referência na captação de sangue na América Latina, ter melhorado os índices de doação voluntária, e ter ampliado a faixa etária de candidatos à doação, muitos desafios ainda se apresentam, já que apenas 1,9% da população brasileira é doadora de sangue.

O doador de sangue pode ser classificado em doador de 1ª vez (doa pela primeira vez no serviço), de repetição (doa duas ou mais vezes em 12 meses) e esporádico (doa novamente após intervalo superior a 12 meses). Os serviços de hemoterapia procuram por doadores regulares porque se acredita que doadores que doam a intervalos de tempo já conhecem o processo, são testados periodicamente e podem fornecer um produto mais seguro.

Doação de sangue é o processo pelo qual um doador voluntário tem seu sangue coletado para armazenamento em um banco de sangue ou hemocentro, onde fica disponível para ser usado em transfusões que podem salvar a vida de pessoas com doenças hematológicas variadas, com câncer, que se submetem a cirurgias eletivas de grande porte ou para emergências.

Todo sangue doado é separado em diferentes componentes (hemácias, plaquetas e plasma) e assim poderá beneficiar mais de um paciente com apenas uma unidade coletada. Os componentes são distribuídos para os hospitais para atender aos casos de emergência e aos pacientes internados.

Condições básicas para ser doador:

– Ter entre 16 e 69 anos de idade (menor de 18 anos deve apresentar o formulário de autorização e cópia do documento de identidade com foto do pai, mãe ou tutor/guardião. Idosos devem ter realizado pelo menos uma doação de sangue antes dos 61 anos);
– Pesar mais de 51 quilos e ter IMC maior ou igual a 18,5 (descontar o vestuário);
– Há medicamentos que podem impedir a doação. Confira algumas restrições na lista de impedimentos;
– Apresentar documento de identificação oficial com foto (original ou cópia autenticada em cartório), em bom estado de conservação e dentro do prazo de validade. Documentos aceitos: carteira de identidade, carteira de trabalho, certificado de reservista, carteira nacional de habilitação, passaporte, carteira profissional emitida por classe. Também são aceitas as versões digitais dos documentos em aplicativos oficiais: carteira nacional de habilitação digital, e-título, registro geral digital e carteiras de classe digital. Não são aceitos crachás funcionais, carteiras estudantis nem certidão de nascimento ou prints de tela e fotos de documentos;
– Dormir pelo menos seis horas, com qualidade, na noite anterior à doação;
– Não ingerir bebida alcoólica nas 12 horas anteriores à doação;
– Não fumar duas horas antes da doação;
– É importante estar bem alimentado para doar sangue, assim como beber bastante água desde o dia anterior à doação.

Fique atento a algumas precauções:

Pelo menos três horas antes da doação, evite alimentos gordurosos, como açaí, abacate, leite e seus derivados (queijo, iogurte, manteiga), massas, frituras, ovos, maionese, sorvete, chocolate, etc. Se preferir doar depois do almoço, aguarde duas horas após ter se alimentado. O almoço deve ser leve, com carnes grelhadas, saladas, arroz e feijão sem carnes.

Importante:

O candidato à doação será avaliado por profissionais de saúde para verificar se está apto a doar. Seja sincero ao responder as perguntas feitas durante a triagem! Não omita informações importantes, pois disso depende a segurança do doador e do receptor.

Cuidados pós-doação:

– Permanecer na área de doação por, pelo menos, 15 minutos;
– Ingerir bastante líquido nas 24 horas seguintes à doação;
– Não ingerir bebidas alcoólicas nas 24 horas seguintes à doação;
– Evitar esforços físicos exagerados e trabalho que exija muita atenção nas 12 horas seguintes à doação;
– Não dirigir veículos pesados ou coletivos;
– Não dirigir motocicletas caso seja a primeira doação.

Intervalo entre doações:

– Mulheres podem doar até três vezes em um período de 12 meses, com intervalo mínimo de 90 dias entre as doações;
– Homens podem doar até quatro vezes em um período de 12 meses, com intervalo mínimo de 60 dias entre as doações.

 

Fontes:

Fundação Hemocentro de Brasília – Governo do Distrito Federal
Ministério da Saúde (1)
Ministério da Saúde (2). Manual de orientações para promoção da doação voluntária de sangue
Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo
Unidos pela Hemofilia (Portugal)

 

 


 


 
 

obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico

abs

Carla

https://bvsms.saude.gov.br

https://www.calendarr.com/brasil/

 

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