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segunda-feira, 19 de agosto de 2024

AVC é mais letal em bairros periféricos

 

Pesquisa do Einstein indica que taxa de mortalidade da doença é maior em regiões com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)

Quanto menor o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), maior o número de óbitos por acidente vascular cerebral (AVC) ou quanto mais pobre e menos desenvolvida a região de São Paulo, maior o número de pessoas vítimas de derrame. 

A equação mórbida foi constatada pela pesquisa Georeferencing deaths from stroke in São Paulo: an intra-city stroke belt?, coordenada pelo neurologista do Hospital Israelita Albert Einstein, dr. Alexandre Kaup. O estudo foi publicado na revista World Stroke Organization.

Embora indique que no período de sete anos (observado entre 2004 e 2010) ocorreu um decréscimo nas mortes por AVC de 28,5% - notadamente pelo maior acesso aos aparelhos de saúde e novos medicamentos à disposição, identificou-se 29 bairros da cidade com alta mortalidade por AVC, que são justamente os de menor IDH.

Os bairros com maior mortalidade estão na zona leste em primeiro lugar e depois, no extremo sul. O IDH, Índice de Desenvolvimento Humano, engloba renda, escolaridade e expectativa de vida. De acordo com o dr. Kaup há algumas justificativas que tornam o AVC mais letal em regiões mais humildes: o acesso à informação e a estrutura (física e humana) de atendimento. 

Metodologia
O grupo analisou as séries históricas de óbito registrado por AVC entre 2004 e 2010 usando georeferenciamento - o endereço da vítima e o IDH de cada distrito. No período foi constatado que um decréscimo de 66 para 46,7 mortes a cada 100 mil habitantes. Entretanto, observou-se uma grande diferença na mortalidade por AVC entre os distritos, sendo esta maior nos distritos com menor IDH. A diferença entre a maior e a menor taxa de mortalidade chega a quase três vezes.
O AVC é um dos maiores problemas de saúde em todo o mundo e um dos maiores desafios é que 85% dos casos acontecem em países em desenvolvimento, como o Brasil, onde os serviços de saúde são menos efetivos e os dados epidemiológicos são menos confiáveis.

Saber identificar um derrame é o mais básico. “É preciso notar uma assimetria na face - está caída de um lado e normal do outro; braço fraco; dificuldade para falar. Toda vez que isso acontecer de maneira aguda é preciso levar a pessoa ao pronto socorro.”

Além disso, bairros com melhor IDH têm hospitais mais próximos e melhores da população, com estrutura física (equipamentos) e humana (médicos, equipe) mais bem capacitados para o atendimento. 

“A cada três minutos sem oxigênio o cérebro começa a morrer. Nós temos medidas capazes de fazer a desobstrução. Alguns medicamentos são capazes de desentupir as artérias, mas isso depende do tempo e essa janela de tempo é de até 3 horas. Costumamos dizer: tempo é cérebro.”

Regiões afetadas
Os bairros com maior índice de mortalidade por AVC na cidade estão localizados na zona leste e na zona sul.

mapa_avc.jpg
No total, 29 de 96 distritos com media de mortalidade maior que 20% da media da cidade por ao menos 4 anos dos 7 observados (2004 a 2010).

mapa_avc1.jpg

 

 

 

 

 

 

FONTE : https://www.einstein.br/noticias/noticia

 
 
 
 






obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico

abs

Carla

 

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