Os sintomas mais comuns do linfoma de Hodgkin são relacionados ao aumento de tamanho dos gânglios linfáticos (ínguas) na região do pescoço e no interior do tórax (mediastino) sem uma causa aparente.

"São gânglios indolores e com consistência de 'borracha'. Alguns casos os gânglios aumentados pode ser na região das axilas, abdômen ou virilha", explica Jacques Tabacof, Líder de Especialidade Linfomas da Oncoclínicas.

Em fases avançadas pode ocorrer febre vespertina, suores à noite e emagrecimento.

"Outro sinal importante é a febre. Ela geralmente aparece no fim do dia, não muito alta, e normalmente não se consegue identificar uma infecção como responsável", descreve Tavares.

O diagnóstico sempre é feito através de uma biópsia da região afetada para confirmação do diagnóstico e subtipo de linfoma de Hodgkin.

A biópsia, explica o especialista da Oncoclínicas, pode ser feita com uma pequena cirurgia ou por agulha, com a retirada de uma pequena parte ou de todo o linfonodo, e seu exame patológico.

O diagnóstico precoce é fundamental para alcançar o êxito no tratamento.

Tratamento para linfoma de Hodgkin

A doença apresenta subtipos específicos, com características clínicas diferentes entre si e prognósticos variáveis, por isso, o tratamento não segue um padrão, mas usualmente consiste em quimioterapia com múltiplas drogas (poliquimioterapia) radioterapia ou a combinação de ambas as modalidades.

"Com o tratamento inicial, a maioria dos pacientes são curados. Quando há, contudo, recidiva ou a resposta ao tratamento não é positiva, ainda buscamos a cura com outras quimioterapias, imunoterapia, transplante de medula óssea e radioterapia", afirma Tabacof.

Embora o tratamento quimioterápico seja eficaz para este tipo de câncer, podem ocorrer efeitos adversos. Na maioria das vezes, eles são "manejáveis", ou seja, podem ser contornados com tratamentos e outras abordagens.

O mais importante é manter o médico informado sobre qualquer dúvida ou mal-estar.

As reações mais comuns incluem fraqueza, fadiga, diarreia, constipação, perda de peso, feridas na boca, queda de cabelo e pelos do corpo, febre, infertilidade, hematomas, enjoo, vômitos e tontura.

De acordo com Tabacof, apenas casos raros mais resistentes e recorrentes precisam de cuidados paliativos.

No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que para cada ano do triênio 2023-2025 sejam diagnosticados 3.080 casos de linfoma de Hogdkin.

Apesar de não haver prevenção por desconhecimento do que leva ao surgimento da neoplasia, o diagnóstico precoce é fundamental para alcançar o êxito no tratamento

As taxas de cura atualmente ficam entre 70% e 80% dos casos.