Menopausa e as doenças do coração

 

Por Instituto Lado a Lado pela Vida

19/11/2024

- Atualizado em 21/11/2024 - 17:05

 

 

 

 Até o ano de 2025, haverá mais de 1,1 bilhão de mulheres na pós-menopausa em todo o mundo, representando 12% de toda a população mundial. 

Com o envelhecimento populacional, as mulheres passarão cerca de metade de suas vidas nessa fase, quando apresentam maiores riscos cardiovasculares.

 
As alterações hormonais, particularmente durante a menopausa, desempenham um papel significativo na saúde do coração das mulheres. À medida que os níveis hormonais caem, o risco de doença cardíaca aumenta, tornando fundamental entender como essas mudanças naturais afetam o coração e o que você pode ser feito para gerenciar o risco.
 
Entendendo a ligação entre alterações hormonais e doenças cardíacas

A menopausa está associada a uma série de mudanças hormonais e fisiológicas, desencadeando riscos cardiovasculares relacionados:

1. Redução de hormonal: com a queda no estrogênio, que tem efeito protetor sobre as artérias, ajudando a manter a flexibilidade e reduzir a inflamação, há maior propensão ao endurecimento das artérias.
   
2. Aumento de colesterol LDL: a menopausa pode aumentar os níveis de "colesterol ruim" e reduzir o “colesterol bom". Isso favorece a formação de placas nas artérias e aumenta o risco de doenças cardíacas.
   
3. Aumento da pressão arterial: pressão alta é um dos principais fatores de risco para ataques cardíacos e derrames.
   
4. Aumento do peso e gordura abdominal: alterações no metabolismo podem levar ao ganho de peso, especialmente ao redor do abdômen. Esse aumento de gordura está associado a maiores riscos de doenças cardíacas.
   
5. Resistência à insulina e diabetes: as mulheres na pós-menopausa podem desenvolver maior resistência à insulina, o que aumenta o risco de diabetes tipo 2, um fator de risco significativo para doenças cardiovasculares.
   
6. Sedentarismo: nesta fase, muitas mulheres podem se tornar menos ativas fisicamente, o que pode agravar os riscos cardíacos. A inatividade física contribui para o aumento da pressão arterial.
   
7. Estresse e saúde mental: alterações hormonais podem estar associadas a mudanças no humor, aumento do estresse e distúrbios do sono, fatores que também podem impactar negativamente a saúde cardiovascular.
   

As mulheres devem estar cientes dos sintomas comuns, como dor no peito, fadiga ou falta de ar, pois podem indicar um risco maior de problemas cardiovasculares. 

Se manter informada durante essa transição é crucial para entender as mudanças do corpo e estar alerta a elas, podendo prevenir doenças do coração ou diagnosticá-las precocemente.

Principais fatores que influenciam de forma geral no risco cardiovascular nas mulheres são:

• Raça/etnia;
  
• História reprodutiva, como passado de diabetes gestacional e pré-eclâmpsia;
  
• Saúde do coração na pré-menopausa;
  
• Atividade física;
  
• Dieta;
  
• Consumo de álcool;
  
• Tabagismo e genética;
  
• Idade da menopausa natural, tipo e estágios;
  
• Depressão e;
  
• Distúrbios do sono.
  

Como proteger a saúde do seu coração durante e após a menopausa:
Escolhas diárias definem um estilo de vida e ele afeta diretamente a redução de riscos à saúde do coração. 

Bons hábitos que pode proteger o coração durante e após a menopausa:

• Manter-se ativo e fazer exercícios regularmente.
  
• Ter uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais.
  
• Manter a pressão e os níveis de colesterol equilibrados.
  
• Estar sempre informado e procurar ajuda médica a quaisquer sinais de sintomas, mesmo que silenciosos.
  

A transição para a menopausa, a própria menopausa e a fase pós-menopausa são momentos que podem ampliar o risco de doenças cardiovasculares, sendo importante a monitoração da saúde das mulheres durante a meia-idade. 

Desse modo, torna-se muito importante a discussão dos fatores de risco cardiovascular associados com a menopausa.

A menopausa se traduz em diferentes experiências para as mulheres, influenciadas por crenças pessoais, normas culturais, comportamentos, assim como pelo ambiente social e pelos fatores de risco cardiovasculares tradicionais. 

 

Os diversos fatores coexistem em vários níveis: individual, interpessoal, comunitário e coletivo, implicando no acesso desigual aos sistemas de saúde.

 

 

 

FONTE: https://ladoaladopelavida.org.br/noticia/1732019794294x740521686232465400

 

 

 

 

 

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abs

Carla