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domingo, 25 de novembro de 2012

Nefrologista alerta para o aumento de doentes renais


De acordo com censo realizado pela Sociedade Brasileira de Nefrologia, o número de pessoas com doença renal crônica no país cresceu significativamente na última década. Enquanto em 2000 havia 42.695 pacientes em tratamento, em 2011 esse número aumentou para 50.128 pessoas em diálise nas mais de 643 unidades renais distribuídas pelo país. Desse total, em torno de 85% dos pacientes recebem o tratamento do Sistema Único de Saúde (SUS), o que gera gastos públicos importantes com tratamento de uma doença cuja prevenção é simples.

De acordo com o nefrologista do Instituto de Hemodiálise de Uberaba, Alcino Reis Mendes, a população brasileira está vivendo por mais tempo, mas também está cada vez mais exposta aos fatores de risco de doença renal. “Como histórico familiar positivo ou doenças autoimunes que comprometem o funcionamento dos rins, bem como os mesmos fatores causadores de doenças cardiovasculares, como hipertensão e diabetes não controladas, obesidade, sedentarismo e colesterol elevado”, afirma.

Mendes alerta que, na maioria das vezes, a pessoa que é portadora de uma doença renal crônica não apresenta sintomas, sendo que quando o médico colhe a função renal do paciente pode não aparecer nada na fase inicial. “Nessa fase inicial, se o médico não fizer o exame de urina do tipo um não consegue detectar as glomerulopatias, um grupo de doenças que comprometem o funcionamento dos rins de maneira silenciosa”, destaca. Apenas nas fases mais avançadas é que a pessoa começa a apresentar sintomas, como inchaço do corpo, devido à retenção de líquido; urina espumosa e, em alguns casos, sangramento na urina.

O nefrologista explica que nesses casos, quando a pessoa procura o especialista, a doença pode estar avançada e o paciente já ter indicação de iniciar terapia renal substitutiva ou diálise, tratamento que pode ser de dois tipos. Na hemodiálise, o paciente precisa fazer a filtragem das impurezas e perda de líquidos presentes no sangue três vezes por semana, processo que os rins saudáveis fazem naturalmente. O segundo tipo é a diálise peritonial, que se trata da lavagem do interior do peritônio, membrana que envolve a cavidade abdominal, com soro apropriado, através de cateter a cada 6 horas.

“Se a pessoa não seguir os conselhos de diminuir a quantidade de sal na alimentação e ter um hábito de vida mais saudável, ela pode ter os rins comprometidos, pois sabemos que a perda das funções renais estão ligadas ao desenvolvimento da hipertensão e do diabetes, que lideram o ranking das principais causas da doença renal crônica, seguidas das glomerulopatias e, em menor frequência, vem a doença policística renal e as doenças autoimunes, como vasculite e o lúpus eritematoso sistêmico”, conclui Mendes.

Fonte: JM Online – 26/11/2012
extraído:http://www.abcdt.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2182:nefrologista-alerta-para-o-aumento-de-doentes-renais&catid=46:saude-em-destaque&Itemid=105

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