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domingo, 29 de abril de 2018

O Diabetes é uma doença que não merece ser o centro da vida de ninguém”. Conheça o trabalho maravilhoso do médico Gabriel Lijteroff

Dr. Gabriel

Muitas pessoas dizem que a medicina não é uma profissão e sim uma missão. Esta frase se adéqua muito a um médico maravilhoso que tive a oportunidade de conhecer na Austrália há alguns anos. Dr. Gabriel Lijteroff nasceu em uma família argentina, onde pai, tios, tias e primos são médicos. Seu pai com 83 anos continua a praticar com amor e dedicação a profissão e continua a inspirá-lo em suas decisões. Ele sente que a medicina é sua essência, não é uma simples profissão, mas um modo de vida.

Dr. Gabriel decidiu se especializar em diabetes, mesmo sendo um médico internista, pois seu avô tinha a condição e precisou amputar seu pé, devido ao mau controle. Anos depois, conheceu o Dr. Maximino Ruiz e sua equipe do Hospital Nacional de Clínicas, em Buenos Aires. O amor pela profissão, o apego ao pensamento científico e à humanidade no tratamento de pessoas com diabetes o fizeram tomar a decisão por esta especialidade para sempre.

Com dois anos formados, há 26 anos, Dr. Maximino o convidou para participar de uma associação de diabetes. “Estava ainda na Residência Médica, memorizando protocolos de tratamento de patologias infinitas, entre muitos outros assuntos, quando me adotaram como conselheiro médico. Me senti muito honrando pelo convite e pela confiança depositada, e fui treinado como educador. Eu estava entre os primeiros doze mestres em diabetologia na Argentina. Mas na Associação, eu tive muito mais conhecimento, funcionando como programa de pós-graduação em diabetologia, pois tinha contato com mães de crianças com diabetes, que compunham a instituição”.

“Conheci a luta diária delas. Já naquela época faltavam insulina e insumos; vivenciei a angústia e a vigília noturna permanente ao temer uma hipoglicemia; o valor de um bom tratamento e saber como ouvir na consulta médica; a necessidade de ser perseverante e trabalhar em conjunto com profissionais de saúde e a comunidade para o bem-estar da pessoa com diabetes. Em suma, eu aprendi a nunca perder de vista o fato de que o diabetes se instala em uma pessoa e, ao mesmo tempo, precisa ser tratado com doçura. Enfim, comecei a participar das reuniões da Federação Argentina de Diabetes (FAD), representando a ASADIA, outra instituição que representa pacientes na Argentina”, recorda Dr. Gabriel.

“Lá conheci pessoas maravilhosas, representantes exemplares de todas as províncias argentinas. Juntos, entre pessoas com diabetes e profissionais de saúde, lutamos e conseguimos, entre outras coisas, a regulamentação da lei do diabetes e que cada vez mais pessoas aprendem a ter uma vida melhor. Fui eleito presidente no período entre 2006 e 2008. Desde então e até a data, fui honrado com a direção de seu comitê científico para os esforços sucessivos. Há alguns anos, coordeno os assuntos internacionais da instituição e faço parte do seu comitê honorário na minha qualidade de ex-presidente da instituição”, relata o médico.

O médico internista trabalha no serviço de diabetologia no Hospital Santamarina, em Buenos Aires, desenvolveu junto com sua equipe um plano de alfabetização de adultos com diabetes, que oferece o diploma da escola primária, e ensinam os cuidados essenciais para a sua saúde de todos os associados. Além disso, oferece um curso anual para pessoas com diabetes e sua família focado na prevenção, junto com shows artísticos, que precedem a atividade, porque sabemos que as pessoas aprendem mais com alegria.

Os desafios da Federação Argentina de Diabetes são enumerados pelo médico “gerar consciência, motivar, educar em diabetes. Nós sempre lutamos pela inclusão da pessoa com diabetes para ser útil para si, como para a comunidade onde mora. Para isso, realizamos uma reunião anual que reúne mais de 800 pessoas de todas as idades, além de reuniões juvenis organizadas pela própria Federação ou por mais de 50 membros das associações que compõem. Foi criado para a rede juvenil FAD. Participamos no Comitê Consultivo Nacional sobre Diabetes CONAD, para que a legislação acompanhe os avanços da medicina e da tecnologia”.

Na sua visão, a população deveria fazer a seguinte reflexão: “a ignorância é o prelúdio do preconceito. O preconceito é o prelúdio da discriminação. Mas a pior discriminação a autodiscriminação e não a discriminação externa, a pessoa pensa que o diabetes por si só pode limitar a estudar, trabalhar, se apaixonar, formar uma família, ter projetos de vida. E isso se combate com a educação. O conhecimento é poder. Com o devido cuidado, é possível ter uma vida plena. Esta é uma realidade. Aprendo todos os dias com pessoas com diabetes”.

Como mensagem o médico diz “falo para as pessoas com diabetes que não se isolem, aprendam. O diabetes é uma doença e, como tal, não merece ser o centro da vida de ninguém. Estamos aqui para sermos felizes. Para que seja possível, é necessário se informar, desenvolver o hábito de estar atento aos seus cuidados, integrar-se. Se você negligencia os cuidados, você acaba orbitando ao redor do diabetes. Não dê protagonismo ao que não merece, somente o que é saudável e prazeroso. Com diabetes, você pode. É o que deve ser repetido pelas pessoas assim que começam seus dias”.

Vanessa Pirolo

Jornalista, criadora do blog convivência com diabetes, tem diabetes desde o seus 18 anos, e redatora do Portal DBCV.
 
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Carla
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