Powered By Blogger

domingo, 30 de maio de 2021

30/05 - DIA CONSCIENTIZAÇÃO DA ESCLEROSE MÚLTIPLA I

 Esclerose múltipla

O QUE É ESCLEROSE MÚLTIPLA?

A esclerose múltipla (EM) é uma doença de origem autoimune, na qual a bainha de mielina, substância que recobre os nervos, é atacada pelos nossos próprios anticorpos (leia: O que é uma doença autoimune?).

A produção inapropriada de anticorpos contra a bainha de mielina provoca inflamação e posterior destruição dos nervos, motivo pelo qual a esclerose múltipla é classificada como uma doença desmielinizante inflamatória imunomediada.


Para que possamos entender como surge a EM, precisamos antes saber o que é a bainha de mielina e qual é a sua importância.

O QUE É A BAINHA DE MIELINA?

Todo o nosso sistema nervoso se comunica através de impulsos elétricos. Por exemplo, quando mexemos a mão, só conseguimos fazê-lo porque o nosso sistema nervoso é capaz de enviar um impulso elétrico, que sai do cérebro, caminha pela medula, passa para os nervos periféricos e chega até os músculos da mão, dando ordem para eles se mexerem.

Os impulsos também podem seguir o caminho inverso. Todas as sensações que temos do ambientes (temperatura, tato, pressão, dor, etc.) só são percebidas porque as terminações nervosas da pele conseguem captar esses estímulos, enviando-os aos nervos periféricos, medula e, finalmente, cérebro, onde eles serão interpretados.

Esclerose múltipla

Esses estímulos elétricos que chegam e saem do cérebro precisam ser transportados entre um neurônio e outro. O fio condutor dos neurônios responsável por esta conexão é chamado de axônio, um prolongamento do próprio neurônio capaz de ligar uma célula nervosa à outra.

Como qualquer fio elétrico, os axônios precisam de um isolamento, como se fosse um fio encapado. A substância que fornece esse isolamento e permite a transmissão dos impulsos elétricos é a bainha de mielina.

Na esclerose múltipla, as células nervosas do cérebro e da medula apresentam progressiva destruição de suas bainhas de mielina, fazendo com que os axônios percam a capacidade de transportar os impulsos elétricos. Os neurônios centrais deixam de enviar e de receber estímulos elétricos.

CAUSAS

Como já explicado, a esclerose múltipla é uma doença autoimune causada pela destruição da bainha de mielina pelos nossos próprios anticorpos.

Não sabemos bem o porquê, mas de uma hora para outra o nosso organismo passa a tratar a bainha de mielina presente nos axônios do sistema nervoso central como uma estrutura estranha, como se fosse um vírus ou bactéria. O sistema imune passa, então, a atacar a bainha de mielina destes neurônios, destruindo-a progressivamente.

Imagina-se que a origem da esclerose múltipla possa estar relacionada a desarranjos do sistema imunológicos que surgem após algumas doenças virais, como, por exemplo, a mononucleose.

DIFERENÇAS ENTRE ESCLEROSE MÚLTIPLA E SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ

A esclerose múltipla e a síndrome de Guillain-Barré são doenças semelhantes, na medida em que ambas tem origem autoimune e ocorrem por ataques à bainha de mielina dos nervos.

A diferença é que no Guillain-Barré os nervos acometidos são os do sistema nervoso periférico (nervos fora da medula), enquanto na esclerose múltipla são os nervos do sistema nervoso central (medula e cérebro) que sofrem desmielinização.

Essa pequena diferença é importantíssima no prognóstico final, uma vez que os nervos periféricos têm capacidade de se regenerar, enquanto que os neurônios e axônios do cérebro e da medula não.

FATORES DE RISCO

A esclerose múltipla normalmente se manifesta pela primeira vez entre os 20 e 40 anos de idade. Ela é duas vezes mais comum em mulheres do que em homens, e três vezes mais comum em pessoas que tenham algum familiar acometido pela doença. A doença ocorre com mais frequência em caucasianos (brancos) do que em afrodescendentes ou asiáticos.

Aparentemente, um dos fatores de risco para o surgimento da esclerose múltipla é a infecção pelo vírus Epstein Barr, causador da mononucleose. Imagina-se que o vírus possa ter proteínas semelhantes às da bainha de mielina, fazendo com que os anticorpos tenham dificuldade de distingui-las.

É importante frisar que a imensa maioria dos pacientes que tiveram contato com o vírus Epstein Barr não desenvolvem EM, o que sugere que mais de um fator seja necessário para o surgimento da doença.

Pacientes portadores de outras doenças autoimunes, como tireoidite de Hashimoto,diabetes mellitus tipo 1 ou doença de Crohn também apresentam maior risco de desenvolverem esclerose múltipla.

Nos últimos anos tem-se dado muita atenção à relação entre níveis de vitamina D e a esclerose múltipla. Sabemos que a doença é menos comum em áreas tropicais, onde a incidência solar anual é maior e a produção de vitamina D pela pele é mais intensa. Estudos sugerem que níveis adequados de vitamina D podem ser um fator de proteção contra a esclerose múltipla 


REFERÊNCIAS





Médico graduado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com títulos de especialista em Medicina Interna e Nefrologia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN). Títulos reconhecidos pela Universidade do Porto e pelo Colégio da Especialidade de Nefrologia de Portugal





obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico

abs

Carla

https://www.mdsaude.com/

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Vc é muito importante para mim, gostaria muito de saber quem é vc, e sua opinião sobre o meu blog,
bjs, Carla