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quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Novo estudo mostra que alimentos ultraprocessados ​​’desligam’ o mecanismo de defesa contra o câncer embutido no corpo

 

 

 

 

 

 

Pesquisadores de Singapura encontraram a conexão entre o surgimento de tumores na mama e no ovário com o consumo deste tipo de alimento

 

 

Os alimentos ultraprocessados, isto é, aqueles que passaram por inúmeros processos e podem conter aditivos e substâncias químicas, já foram associados a pelo menos 32 problemas de saúde, dentre eles, o câncer. Um novo estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Singapura descobriu a conexão entre este grupo alimentar e o aparecimento de células cancerígenas.

De acordo com os cientistas, o metilglioxal, substância química liberada pelo corpo após a ingestão de alimentos que contém alta concentração de açúcar e gordura, consegue impedir de forma temporária o funcionamento do gene BRCA2, responsável pelo combate ao câncer. As descobertas foram publicadas na renomada revista científica Cell.

“O metilglioxal desencadeia a destruição da proteína BRCA2, reduzindo seus níveis nas células. Este efeito é temporário, mas pode durar o suficiente para inibir a função de prevenção de tumores do BRCA2. Eventualmente causa falhas no nosso DNA que são sinais de alerta precoce do desenvolvimento do câncer”, afirma o professor Ashok Venkitaraman, em entrevista ao portal Medical News Today.

Estudos anteriores mostram uma maior probabilidade de desenvolvimento de câncer de mama e ovário em pessoas com falhas no BRCA2. Desta forma, a novidade encontrada pelos cientistas de Singapura são as evidências dos mesmos efeitos do defeito genético acontecerem com uma grande quantidade de metilglioxal, ligado aos ultraprocessados, no organismo.

Lista de alimentos ultraprocessados

 

Segundo o “Guia alimentar para a população brasileira”, do Ministério da Saúde, são alimentos ultraprocessados:

  • Biscoitos, sorvetes e guloseimas;
  • Bolos;
  • Cereais matinais; barras de cereais;
  • Sopas, macarrão e temperos “instantâneos”;
  • Salgadinhos “de pacote”;
  • Refrescos e refrigerantes;
  • Achocolatados;
  • Iogurtes e bebidas lácteas adoçadas;
  • Bebidas energéticas;
  • Caldos com sabor carne, frango ou de legumes;
  • Maionese e outros molhos prontos;
  • Produtos congelados e prontos para consumo (massas, pizzas, hambúrgueres, nuggets, salsichas, etc.);
  • Pães de forma;
  • Pães doces e produtos de panificação que possuem substâncias como gordura vegetal hidrogenada, açúcar e outros aditivos químicos.

 

Basicamente, todos que passam por múltiplos processos industriais e contêm corantes, emulsificantes, aromatizantes e outros aditivos para torná-los palatáveis.

O documento orienta evitar o consumo. Dentre os motivos, destaca que este grupo alimentar “em geral, são pobres nutricionalmente e ricos em calorias, açúcar, gorduras, sal e aditivos químicos, com sabor realçado e maior prazo de validade”.

Associados a pelo menos 32 doenças

 

Uma revisão de 45 trabalhos feitos sobre o tema, publicada nesta quarta-feira na revista científica The BMJ, mostra que existe uma associação entre as comidas e um risco aumentado para 32 agravos de saúde diferentes.

  1. Mortalidade por todas as causas
  2. Mortalidade por câncer
  3. Mortalidade por doenças cardiovasculares
  4. Mortalidade por problemas cardíacos
  5. Câncer de mama
  6. Câncer (geral)
  7. Tumores do sistema nervoso central
  8. Leucemia linfocítica crônica
  9. Câncer colorretal
  10. Câncer pancreático
  11. Câncer de próstata
  12. Desfechos adversos relacionados ao sono
  13. Ansiedade
  14. Transtornos mentais comuns
  15. Depressão
  16. Asma
  17. Chiado no peito
  18. Desfechos de doenças cardiovasculares combinados
  19. Morbidade de doenças cardiovasculares
  20. Hipertensão
  21. Hipertriacilgliceridemia
  22. Colesterol HDL baixo
  23. Doença de Crohn
  24. Colite ulcerativa
  25. Obesidade abdominal
  26. Hiperglicemia
  27. Síndrome metabólica
  28. Doença hepática gordurosa não alcoólica
  29. Obesidade
  30. Excesso de peso
  31. Sobrepeso
  32. Diabetes tipo 2

Fonte: Assessoria de Imprensa

 

 

 

 

 

 

 

FONTE : https://encontrar.org.br

 

 

 

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abs

Carla

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