Surdez é a diminuição da capacidade de ouvir, levando-se em consideração os níveis definidos como normais. Ela pode ser leve, moderada ou grave.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que pelo menos 800 milhões de pessoas no mundo sofrem alguma perda auditiva. Entre os 20 e 40 anos de idade, a surdez atinge 15% das pessoas. Já acima dos 70 anos, a prevalência pode chegar a 50%.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Otologia (SBO), de cada mil crianças nascidas no Brasil, cerca de três a cinco já nascem com deficiência auditiva. Estima-se que, aproximadamente, 5,8 milhões de brasileiros tenham algum grau de surdez.
A surdez pode ter diferentes graus, tipos, ser congênita ou adquirida e afetar pessoas de qualquer idade sob variadas formas. Seus prejuízos são diversos e, comumente, provoca alterações na comunicação com grande impacto na saúde e qualidade de vida, no desenvolvimento acadêmico e nas relações de trabalho.
Prevenção da surdez:
– Em gestantes, doenças como sífilis, rubéola e toxoplasmose podem
provocar a surdez nas crianças. Por isso, faz-se necessária a orientação
médica pré-natal. Mulheres devem tomar a vacina contra a rubéola antes
da adolescência, para que durante a gravidez estejam protegidas;
– teste da orelhinha: exame feito nos recém-nascidos que permite
verificar a presença de anormalidades auditivas. Quando os exames são
feitos nos primeiros seis meses de vida, de 50% a 75% das deficiências
auditivas são diagnosticadas e, em quase todos os casos, a audição é
recuperada com o tratamento;
– cuidado com objetos pontiagudos, como canetas e grampos, pois, se introduzidos nos ouvidos, podem causar sérias lesões;
– atraso no desenvolvimento da fala das crianças pode indicar problemas
auditivos, sendo motivo para uma consulta com um médico especialista;
– uso de equipamentos de proteção para trabalhadores expostos aos riscos ocupacionais provocados pelo ruído;
– acompanhamento da saúde auditiva dos trabalhadores, por parte das
empresas, visando eliminar ou reduzir o ruído no ambiente de trabalho.
Com as inovações na ciência, existem soluções para quase todos os tipos de surdez, como aparelhos auditivos com alta tecnologia e implantes cocleares. O uso diário do dispositivo de audição, o acompanhamento com profissionais capacitados e o apoio da família são necessários para que essas pessoas consigam resgatar a autoestima e a qualidade de vida.
Importância da linguagem de sinais:
No Brasil, a Lei nº 10.436/2002 foi um marco para a comunidade surda, ao reconhecer a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como meio legal de comunicação e expressão e determinar o apoio na sua difusão e uso pelo poder público.
Na comunicação por Libras é utilizado um sistema de representação simbólica das letras do alfabeto, soletradas com as mãos. Nessa linguagem existem sinais para quase todas as palavras conhecidas e, para sua execução, usa-se o movimento das mãos, além das expressões facial e corporal, quando necessário.
No dia 10 de novembro, o país chama a atenção para a importância das ações de combate e prevenção à surdez, por meio da celebração do Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez, data comemorativa instituída pela Portaria de Consolidação MS nº 1/2017, art. 527, como símbolo de luta cujo propósito principal é educar, conscientizar e promover a prevenção da surdez junto à população.
Fontes:
Conselho Federal de Fonoaudiologia
Espaço Aberto: Revista Eletrônica da USP, n. 141, ago. 2012
Núcleo de Inclusão e Acessibilidade da UFRGS
Faculdade Florence
Sociedade Brasileira de Otologia
Surdo Cidadão
FONTE: https://bvsms.saude.gov.br/
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
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