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segunda-feira, 25 de abril de 2011

Diabetes - O Inimigo Silencioso - 2º epsódio


Diabetes é uma das principais causas de derrame e ataque cardíaco




Drauzio Varella alerta sobre a importância do tratamento adequado. A diabetes é uma das principais causas de derrame, ataque cardíaco, insuficiência renal e amputação de membros.


Diabetes é tão comum que você pergunta para um amigo ‘como vai sua mãe’? Ele responde: está ótima, só o diabetes um pouquinho descompensado. Ótima? Na verdade, a mãe dele está mal. .




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Diabetes descompensado prejudica a visão, o funcionamento dos rins e a circulação do sangue. É uma das principais causas de derrame cerebral, ataque cardíaco, insuficiência renal e amputação de membros.O administrador Wolfgang Kurt Schrickel descobriu que tem diabetes há 12 anos, mas nunca se preocupou muito com as consequências da doença. “Coisas que não posso mais comer, por exemplo: manteiga. Pizza para mim não é nem alimento, é oxigênio. Aqui a gente gosta muito de ver televisão e, para acompanhar, ou faz um balde de pipoca ou pega uma caixa de chocolates. Enquanto vai vendo o filme, vai detonando tudo. Infelizmente, isso foi ao longo de muitos anos”, conta. “Eu constantemente tinha um problema de muito suor e vômito. Minha reação foi procurar um gastrologista. Como eu vomitava, eu achava que era um problema no estômago. Eu procurei um gastro e ele me pediu vários exames. Quando eu levei os exames para ele, ele verificou que o problema não era gástrico.


Eu estava com uma glicemia de 610. Imediatamente ele falou: você deve estar com um problema de diabetes”, diz o comerciante Régis Morais Oliveira. Diabetes é uma doença traiçoeira. É possível viver muito tempo com níveis elevados de açúcar no sangue sem nenhum sintoma. Mas quando os danos se instalam, são irreversíveis. O diabetes levou Regis à insuficiência renal. Por causa dela, três vezes por semana ele precisa passar quatro horas ligado à máquina de hemodiálise, que faz o papel de rim artificial para eliminar as impurezas da corrente sanguínea. “Quando você descobriu que estava com diabetes?”, pergunta Drauzio ao atleta Diogo Rebouças. “Em 2003 eu sofri um acidente de moto, tive uma queda leve, fui para o hospital, tomei três pontos no pé, fizeram raio-X da minha mão e do meu pé e me mandaram para casa. Cinco dias depois eu tive uma parada respiratória dentro de casa. Dei entrada novamente no hospital, constataram que meu pâncreas tinha sido fissurado e uma parte do meu rim esmagada”, relata Diogo. O acidente provocou traumatismo grave no pâncreas, órgão que produz insulina. Sem insulina, a glicose se acumulou no sangue de Diogo. Ele ficou com diabetes. Poucos dias e excesso de açúcar no sangue foram suficientes para que o ferimento no pé infectasse. Drauzio: O diagnostico então foi feito na sua segunda estadia no hospital? Diogo: Sim. Na primeira já foi constatado que minha glicose estava muito alta. E não conseguiam controlar ela. Quando eu cheguei no outro hospital, foram abrir o curativo e a infecção estava muito grande. Tiveram que cortar meu calcanhar e o osso ficou de fora. Foi quando a infecção pegou no meu calcanhar e minha glicose não baixava de jeito nenhum. Quando pegou no osso, tiveram que amputar a perna, porque se continuasse ela ia subir mais e eu perderia o joelho também. A perda de sensibilidade nos pés é um problema sério no diabetes. A pessoa se machuca e nem percebe, porque o excesso de açúcar no sangue ataca os nervos e prejudica a inervação. Se o machucado não dói, você não cuida dele. Demora para cicatrizar, infecciona. Os casos mais graves, o pé e às vezes até a perna precisam ser amputados. Em outros casos de diabetes, a sensibilidade dos pés de Wolf diminuiu. Ele machucou o pé e não percebeu. A ferida não cicatrizou. “Eu não tenho sensibilidade, eu não sinto dor. Se eu me machuco no pé, eu acabo achando que não tenho nada. Eu acabei machucando o dedão esquerdo. Eu não dei muita importância, três dias depois, a coisa ficou complicada porque inflamou. Segundo os médicos, quando eu cheguei no hospital, me disseram que eu estava com gangrena úmida, que eu corria até o risco de perder o pé. Eu sabia de ouvir falar, mas não sabia da seriedade da coisa. Não sabia que era tão sério”, diz Wolf. “Foi depois dos 76. Eu morava em Gopoúva, no Anel Viário, e tinha um restaurante. Um dia, em uma tarde, eu resolvi ir até lá. No caminho, eu me senti mal. Voltei para casa e no dia seguinte fui ao médico. Eu passei a seguir um regime, mas eu descuidava do regime. Quando eu me sentia mal, eu fazia o regime. Quando me sentia bem, abandonava. Um dia fui tomar café e não vi o copo. Foi quando percebi que não estava enxergando nada. Minha vista começou a diminuir gradativamente”, afirma o jornalista Castelo Hanssen. Anos de diabetes mal controlados, danificaram os vasos sanguíneos dos olhos de Caster. Ele teve o que chamamos de retinopatia diabética e perdeu a visão. “O diabetes atacou primeiro a minha visão, eu fiquei muito tempo sem fazer praticamente nada. Me aposentei, parei de trabalhar, não tinha condição de sair de casa sozinho”, revela Caster. “Eu passei um período relativamente complicado, o primeiro ano para mim foi um dos mais difíceis. Para me recuperar, porque eu sempre me senti uma pessoa saudável, nunca tive problemas. De repente eu tenho que fazer um tratamento desses. Foi uma coisa muito radical muito forte. Mas aos poucos eu fui começando a me recuperar, a me restabelecer. A me manter mais firme, mais forte. Fui entendendo como o processo funciona”, diz Regis. “Quando a pessoa tem diabetes, ela apresenta uma diminuição da sensibilidade nas extremidades. Isso ocasiona dificuldade de reconhecimento dos pontinhos de braille. Esse é o processo mais lento, mas não é impossível”, explica a professora Ruana Maria. “Eu era para estar deprimido, e eu não estou. Já escrevi três livros, vou publicar o quarto. Acho que isto se deve ao otimismo. Acho que a gente não deve se entregar. Isso que eu digo aos diabéticos. Dá para viver muito bem com diabetes”, conta Caster. Enquanto fazia fisioterapia por causa da amputação, Diogo foi convidado a participar de um time de para-atletas. No mesmo ano, entrou para a Seleção Brasileira. Drauzio: Dos títulos que você ganhou como atleta, qual foi o mais importante? Diogo: Para-Pan do Rio. Estava minha família toda assistindo, nós fomos campeões e conseguimos a vaga para a para-olimpíada. Primeira para-olimpíada do Volei.


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