POR: Dra. Ana Claudia
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Gente boa, hoje o assunto é sério.
Vim falar um pouco sobre as Diretivas Antecipadas de Vontade (DAV), um documento valioso que deve ser conhecido não só por nós, profissionais de saúde, como todos os seres humanos vivos.
Mas para começar essa conversa, proponho uma reflexão: imagine que você está no fim da vida, muito doente, com um quadro irreversível e a equipe de cuidado proponha a temida intubação. Entretanto, você não está em condições de manifestar seu descontentamento devido a fragilidade da situação.
Como evitar que os tratamentos médicos ultrapassem os limites dos seus desejos de cuidado?
Por meio das Diretivas Antecipadas de Vontade (DAV).
Elas surgiram no final da década de 1960 nos Estados Unidos e desde o início da década de 1990 têm sido positivadas nos ordenamentos jurídicos de diversas nações.
Este é um documento formal que expressa os direitos e a autonomia do paciente. É um registro feito quando ele ainda está com sua autonomia preservada que ditará a respeito de decisões, cuidados e tratamentos no fim de vida quando há uma doença sem possibilidade de cura.
Ele deve ser redigido quando a pessoa ainda está ciente dos seus atos e deseja formalizar como deseja que seu tratamento médico seja feito. Também é possível nomear outra pessoa (um representante) para decidir quais os limites do tratamento quando não tiver mais capacidade (ou até inconsciente) de tomar as próprias decisões.
A equipe médica deve levar em consideração essas diretivas que sempre prevalecerão sobre qualquer outro parecer médico, inclusive sobre os desejos dos familiares, exceto se estiverem em desacordo com as normas do Código de Ética da Medicina.
AS DIRETIVAS ANTECIPADAS DE VONTADE GARANTEM A PRESERVAÇÃO DE DIREITOS, AUTONOMIA E DIGNIDADE DE PACIENTES.
Elas se baseiam nos princípios da dignidade humana, da autonomia privada e da proibição constitucional de tratamentos desumanos, estando previstos na Constituição Federal; bem como no artigo 15 do Código Civil: “Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica.”
Além disso, elas facilitam o trabalho da equipe de saúde, tornando-o mais fundamentado e ético, além de garantir o direito à vida e a morte digna dos pacientes.
Também é uma forma de trazer mais paz aos familiares e assegurar a dignidade e a humanização do cuidado.
FONTE: https://www.acqa.com.br/artigos/como-fornecer-dignidade-ao-paciente-por-meio-das-diretivas-antecipadas-de-vontade/
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
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