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quinta-feira, 24 de outubro de 2024

Câncer > Linfoma Não Hodgkin > Sobre o Câncer : Tipos de linfomas não Hodgkin de células B

 

 

 

 

Os linfomas de células B representam 85% dos linfomas não Hodgkin. Os tipos mais frequentes de linfomas de células B são:

  • Linfoma difuso de grandes células B. É o tipo mais frequente de linfoma não Hodgkin, correspondendo a cerca de 30% dos casos. O linfoma difuso de grandes células B pode se apresentar a qualquer idade, mas ocorre principalmente em pessoas mais velhas. A idade média no momento do diagnóstico é de 60 anos. Este tipo de linfoma geralmente começa como uma massa de crescimento rápido em órgãos, como intestinos, ossos, cérebro, medula espinhal ou em um linfonodo. Apesar de ser de crescimento rápido, responde bem ao tratamento. De forma geral aproximadamente 75% dos pacientes não apresentam sinais de doença após o tratamento inicial, e cerca de metade destes pacientes são curados com o tratamento.
     
  • Linfoma folicular. Geralmente é um linfoma de crescimento lento (indolente), embora alguns linfomas foliculares possam crescer rapidamente. A idade média para o aparecimento deste tipo de linfoma é em torno dos 60 anos, é raro em pessoas muito jovens. Os linfomas foliculares são, frequentemente, de crescimento lento e respondem bem ao tratamento, mas são difíceis de serem curados. Este tipo de linfoma pode não necessitar de tratamento imediato, os pacientes passam a ter acompanhamento médico, até que o linfoma comece a provocar sintomas evidentes. Entretanto, com o tempo alguns linfomas foliculares podem se transformam em linfomas difusos de grandes células B de crescimento rápido.
     
  • Leucemia linfocítica crônica/Linfoma linfocítico de pequenas células. O mesmo tipo de célula, conhecida como linfócito pequeno, é visto tanto na leucemia linfoide crônica, como no linfoma linfocítico de pequenas células. Na LLC a maioria das células cancerígenas está presente no sangue e na medula óssea. No linfocítico as células cancerígenas estão principalmente nos linfonodos e no baço. Ambos são de crescimento lento e são tratados da mesma forma.
     
  • Linfoma de células do manto. Cerca de 5% dos linfomas são deste tipo. Esse tipo de linfoma é mais frequente em homens do que em mulheres, e aparece com mais frequência em pessoas com mais de 60 anos. Quando diagnosticado, geralmente já está disseminado nos linfonodos, medula óssea e frequentemente no baço. O linfoma de células do manto tende a crescer mais rápido do que os linfomas indolentes, mas geralmente não responde ao tratamento tão bem quanto os linfomas agressivos. Os tratamentos recentes são mais agressivos e podem ser mais eficazes do que os utilizados no passado, oferecendo uma melhor chance de sobrevida a longo prazo.
     
  • Linfoma da zona marginal. Os linfomas da zona marginal representam de 5% a 10% dos linfomas. Eles tendem a ser de crescimento lento (indolente). As células desses linfomas aparecem pequenas sob o microscópio.
     
  • Linfoma de células B da zona marginal extranodal (Linfoma do tecido linfoide tipo MALT). Este tipo começa fora dos linfonodos por isso o nome extranodal, é o mais comum. O linfoma tipo MALT começa no estômago e está relacionado a uma infecção por Helicobacter pylori, que também causa úlcera gástrica, no entanto, também podem ocorrer no pulmão, tireoide, glândulas salivares, e nos tecidos circundantes do olho. A idade média dos pacientes com linfoma tipo MALT é de cerca de 60 anos. É um linfoma de crescimento lento e é frequentemente curável em seus estágios iniciais.
     
  • Linfoma de células B da zona marginal nodal. Esta é uma doença rara. Começa e geralmente permanece nos linfonodos, embora as células do linfoma também possam ser encontradas na medula óssea. Esse tipo de linfoma é de crescimento lento, embora não tão lento quanto o linfoma tipo MALT, e é tratado de forma similar ao linfoma folicular.
     
  • Linfoma  de células B da zona marginal esplênico. É um tipo de linfoma raro, frequentemente encontrado no baço, sangue e medula óssea. Pode causar desconforto devido ao aumento do baço. Como a doença é de crescimento lento, pode não ser necessário tratamento, a menos que os sintomas se tornam importantes.
     
  • Linfoma de Burkitt. Este tipo representa de 1% a 2% de todos os linfomas, suas células são de tamanho médio, e é um linfoma de crescimento muito rápido. É raro em adultos, sendo frequente em crianças. Também é muito mais comum em homens do que em mulheres. Embora seja um linfoma de crescimento rápido, mais da metade dos pacientes podem ser curados com quimioterapia intensiva.
     
  • Linfoma linfoplasmocítico (Macroglobulinemia de Waldenstron). Este tipo não é comum e representa apenas de 1% a 2% dos linfomas, suas células são pequenas e encontram-se principalmente na medula óssea, linfonodos e baço.
     
  • Leucemia de células pilosas. Apesar do nome, ocasionalmente é considerado como um tipo de linfoma. É encontrado na medula óssea, baço e no sangue. Os homens, com idade média de 50 anos, são mais propensos que as mulheres a desenvolverem este tipo de linfoma. A leucemia de células pilosas é de crescimento lento e alguns pacientes podem nunca precisar de tratamento. O tratamento é iniciado se ocorrer um aumento do baço ou uma diminuição nas taxas sanguíneas. Se o tratamento for necessário, geralmente é muito eficaz.
     
  • Linfoma primário do sistema nervoso central. Este linfoma geralmente envolve o cérebro ou a medula espinhal. O linfoma primário do sistema nervoso central é raro, mas é mais frequente em pessoas idosas e com problemas no sistema imunológico, como os transplantados ou portadores de HIV. A maioria dos pacientes apresentam dores de cabeça, confusão mental, problemas de visão, paralisia de alguns músculos faciais e até mesmo convulsões.
     
  • Linfoma intraocular primário (linfoma do olho). Este é um tipo raro de linfoma que começa no globo ocular e é frequentemente visto junto com o linfoma primário do sistema nervoso central. A maioria das pessoas com esse tipo de linfoma é idosa ou tem problemas no sistema imunológico que podem ser causados pelo HIV ou medicamentos anti-rejeição após um transplante de órgão ou tecido. O tratamento principal é a radioterapia se a doença estiver limitada ao olho. Dependendo do tipo de linfoma e da disseminação da doença pode ser usada a quimioterapia em combinação com a radioterapia.

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 29/01/2019, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

 

 

 

 

 

 

 

FONTE:https://www.oncoguia.org.br/conteudo/tipos-de-linfomas-nao-hodgkin-de-celulas-b/12258/52/

 

 

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Carla

 

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