Os linfomas de células B representam 85% dos linfomas não Hodgkin. Os tipos mais frequentes de linfomas de células B são:
- Linfoma difuso de grandes células B. É o
tipo mais frequente de linfoma não Hodgkin, correspondendo a cerca de
30% dos casos. O linfoma difuso de grandes células B pode se apresentar a
qualquer idade, mas ocorre principalmente em pessoas mais velhas. A
idade média no momento do diagnóstico é de 60 anos. Este tipo de linfoma
geralmente começa como uma massa de crescimento rápido em órgãos, como
intestinos, ossos, cérebro, medula espinhal ou em um linfonodo. Apesar
de ser de crescimento rápido, responde bem ao tratamento. De forma geral
aproximadamente 75% dos pacientes não apresentam sinais de doença após o
tratamento inicial, e cerca de metade destes pacientes são curados com o
tratamento.
- Linfoma folicular. Geralmente é um linfoma
de crescimento lento (indolente), embora alguns linfomas foliculares
possam crescer rapidamente. A idade média para o aparecimento deste tipo
de linfoma é em torno dos 60 anos, é raro em pessoas muito jovens. Os
linfomas foliculares são, frequentemente, de crescimento lento e
respondem bem ao tratamento, mas são difíceis de serem curados. Este
tipo de linfoma pode não necessitar de tratamento imediato, os pacientes
passam a ter acompanhamento médico, até que o linfoma comece a provocar
sintomas evidentes. Entretanto, com o tempo alguns linfomas foliculares
podem se transformam em linfomas difusos de grandes células B de
crescimento rápido.
- Leucemia linfocítica crônica/Linfoma linfocítico de pequenas células.
O mesmo tipo de célula, conhecida como linfócito pequeno, é visto tanto
na leucemia linfoide crônica, como no linfoma linfocítico de pequenas
células. Na LLC a maioria das células cancerígenas está presente no
sangue e na medula óssea. No linfocítico as células cancerígenas estão
principalmente nos linfonodos e no baço. Ambos são de crescimento lento e
são tratados da mesma forma.
- Linfoma de células do manto. Cerca de 5%
dos linfomas são deste tipo. Esse tipo de linfoma é mais frequente em
homens do que em mulheres, e aparece com mais frequência em pessoas com
mais de 60 anos. Quando diagnosticado, geralmente já está disseminado
nos linfonodos, medula óssea e frequentemente no baço. O linfoma de
células do manto tende a crescer mais rápido do que os linfomas
indolentes, mas geralmente não responde ao tratamento tão bem quanto os
linfomas agressivos. Os tratamentos recentes são mais agressivos e podem
ser mais eficazes do que os utilizados no passado, oferecendo uma
melhor chance de sobrevida a longo prazo.
- Linfoma da zona marginal. Os linfomas da
zona marginal representam de 5% a 10% dos linfomas. Eles tendem a ser de
crescimento lento (indolente). As células desses linfomas aparecem
pequenas sob o microscópio.
- Linfoma de células B da zona marginal extranodal (Linfoma do tecido linfoide tipo MALT).
Este tipo começa fora dos linfonodos por isso o nome extranodal, é o
mais comum. O linfoma tipo MALT começa no estômago e está relacionado a
uma infecção por Helicobacter pylori, que também causa úlcera gástrica,
no entanto, também podem ocorrer no pulmão, tireoide, glândulas
salivares, e nos tecidos circundantes do olho. A idade média dos
pacientes com linfoma tipo MALT é de cerca de 60 anos. É um linfoma de
crescimento lento e é frequentemente curável em seus estágios iniciais.
- Linfoma de células B da zona marginal nodal.
Esta é uma doença rara. Começa e geralmente permanece nos linfonodos,
embora as células do linfoma também possam ser encontradas na medula
óssea. Esse tipo de linfoma é de crescimento lento, embora não tão lento
quanto o linfoma tipo MALT, e é tratado de forma similar ao linfoma
folicular.
- Linfoma de células B da zona marginal esplênico.
É um tipo de linfoma raro, frequentemente encontrado no baço, sangue e
medula óssea. Pode causar desconforto devido ao aumento do baço. Como a
doença é de crescimento lento, pode não ser necessário tratamento, a
menos que os sintomas se tornam importantes.
- Linfoma de Burkitt. Este tipo representa
de 1% a 2% de todos os linfomas, suas células são de tamanho médio, e é
um linfoma de crescimento muito rápido. É raro em adultos, sendo
frequente em crianças. Também é muito mais comum em homens do que em
mulheres. Embora seja um linfoma de crescimento rápido, mais da metade
dos pacientes podem ser curados com quimioterapia intensiva.
- Linfoma linfoplasmocítico (Macroglobulinemia de Waldenstron).
Este tipo não é comum e representa apenas de 1% a 2% dos linfomas, suas
células são pequenas e encontram-se principalmente na medula óssea,
linfonodos e baço.
- Leucemia de células pilosas. Apesar do
nome, ocasionalmente é considerado como um tipo de linfoma. É encontrado
na medula óssea, baço e no sangue. Os homens, com idade média de 50
anos, são mais propensos que as mulheres a desenvolverem este tipo de
linfoma. A leucemia de células pilosas é de crescimento lento e alguns
pacientes podem nunca precisar de tratamento. O tratamento é iniciado se
ocorrer um aumento do baço ou uma diminuição nas taxas sanguíneas. Se o
tratamento for necessário, geralmente é muito eficaz.
- Linfoma primário do sistema nervoso central. Este
linfoma geralmente envolve o cérebro ou a medula espinhal. O linfoma
primário do sistema nervoso central é raro, mas é mais frequente em
pessoas idosas e com problemas no sistema imunológico, como os
transplantados ou portadores de HIV. A maioria dos pacientes apresentam
dores de cabeça, confusão mental, problemas de visão, paralisia de
alguns músculos faciais e até mesmo convulsões.
- Linfoma intraocular primário (linfoma do olho). Este é um tipo raro de linfoma que começa no globo ocular e é frequentemente visto junto com o linfoma primário do sistema nervoso central. A maioria das pessoas com esse tipo de linfoma é idosa ou tem problemas no sistema imunológico que podem ser causados pelo HIV ou medicamentos anti-rejeição após um transplante de órgão ou tecido. O tratamento principal é a radioterapia se a doença estiver limitada ao olho. Dependendo do tipo de linfoma e da disseminação da doença pode ser usada a quimioterapia em combinação com a radioterapia.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 29/01/2019, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.
FONTE:https://www.oncoguia.org.br/conteudo/tipos-de-linfomas-nao-hodgkin-de-celulas-b/12258/52/
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Vc é muito importante para mim, gostaria muito de saber quem é vc, e sua opinião sobre o meu blog,
bjs, Carla