Medicina S/A
Entre janeiro e setembro de 2024, ao menos 280 mil brasileiros perderam a vida em decorrência de doenças cardiovasculares — segundo o Ministério da Saúde, problemas com o coração são a principal causa de morte no país. Ainda assim, apenas 26% das pessoas realizam um tratamento preventivo para evitar a recorrência ou progressão em casos já diagnosticados com a enfermidade, de acordo com levantamento realizado pela Far.me, que analisou oito mil tratamentos realizados no último ano.
O número reflete o consumo de medicamentos utilizados para a prevenção secundária, isto é, aqueles com o objetivo de impedir novos eventos cardiovasculares após um primeiro episódio. Quando analisado a partir de um recorte por faixa etária, a pesquisa, organizada pela farmácia on-line por assinatura que usa tecnologia para facilitar a adesão ao tratamento para quem faz uso contínuo de remédios, mostra que apenas 12% de homens entre 40 e 69 anos utilizam remédios para este tipo de tratamento, enquanto o percentual sobe para 17% em mulheres do mesmo recorte.
Pelo outro lado, o consumo de medicamentos para prevenção primária, que são usados com o intuito de reduzir o risco de desenvolvimento de problemas no coração antes de uma condição prévia, demonstra o temor das pessoas em doenças cardiovasculares. Até os 17 anos, 100% dos remédios são utilizados para este fim em todos os gêneros, enquanto, acima dos 70 anos, os números caem para 78% entre mulheres e 72% entre homens.
O relatório da Far.me traz também os medicamentos mais comuns e frequentes nas duas etapas de tratamento. Enquanto rosuvastatina, losartana, sinvastatina, anlodipino e atorvastatina aparecem entre a fase primária, o ácido acetilsalicílico e a hidroclorotiazida se destacam na secundária.
“Os dados mostram que há uma forte ênfase na prevenção primária desde cedo. Apesar do aumento na prevenção secundária após os 40 anos, a prevenção primária continua sendo a principal abordagem. Estes resultados sublinham o sucesso das estratégias preventivas, mas também ressaltam a necessidade de melhorar a adesão ao tratamento secundário”, acredita Rafael Mandelbaum, CEO da Far.me.
FONTE:
https://medicinasa.com.br/
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abs
Carla
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