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sexta-feira, 22 de agosto de 2025

Brasileiro cria personagem infantil para falar de diabetes tipo 1 após diagnóstico do filho

 

 

 Felizito foi criado para ensinar de forma lúdica sobre insulina, alimentação e glicemia

 

 

Um diagnóstico de diabetes virou um propósito de vida para o brasileiro Leandro Carlos Almeida dos Santos, de 36 anos, que mora em Charlotte, na Carolina do Norte (EUA). Trabalhador da construção civil, Leandro enfrentou uma das maiores dores de sua vida ao descobrir que seu filho Arthur, ainda pequeno, tinha diabetes tipo 1. Mas, ao invés de se deixar abater, ele transformou a dor em força e criou o personagem “Felizito”, um projeto voltado a acolher, educar e representar crianças que vivem com a doença.

“Eu estava cansado do trabalho, sujo, esgotado, e pensei: preciso fazer algo diferente daqui pra frente.”, relembra Leandro.

Em um momento de inspiração, ele pegou uma folha de papel, desenhou dois personagens e mostrou à esposa. “Ela escolheu o Felizito. Ali nasceu tudo”.

 

 

O personagem ganhou vida com a ajuda de amigos no Brasil, e o projeto começou com vídeos educativos no YouTube. No início, o conteúdo era voltado para músicas infantis tradicionais. Mas os acessos eram baixos, e as dificuldades quase fizeram Leandro desistir.

“Paguei uma mentoria cara e me mandaram excluir o canal. Fiquei arrasado.”, conta.

 

 

Foi então que um criador de conteúdo brasileiro o procurou e, em uma conversa, fez Leandro perceber que Felizito deveria ganhar uma missão: representar seu filho e tantas outras crianças com diabetes tipo 1.

Um projeto com propósito

Leandro decidiu mudar o rumo do canal. Felizito passou a ser um personagem que vive com diabetes tipo 1 e ensina, de forma lúdica, sobre alimentação, uso de insulina e medição de glicose. As músicas falam sobre o cotidiano de crianças com a condição e trazem mensagens positivas, reforçando que elas são fortes, capazes e especiais.

 


 O propósito é mostrar que elas podem ser felizes, vencer na vida, mesmo com o diagnóstico. O Felizito é meu filho, é o Arthur. Tudo que ele passou, eu transformei em inspiração para ajudar outras famílias.”, explica Leandro.

Arthur participou ativamente do processo criativo. Aos poucos, mesmo enfrentando as dificuldades do diagnóstico, ele começou a se identificar com o personagem.

“Ele quer a roupa do Felizito, quer fazer shows, sonha em ganhar a placa de um milhão de inscritos. Hoje, ele se sente parte de tudo.”, conta o pai.

Do diagnóstico de diabetes ao sonho grande

A descoberta da diabetes tipo 1 foi um choque. “Ele começou a fazer muito xixi à noite, algo que nunca acontecia. Estava irritado, estranho”, lembra Leandro. Usando um aparelho de medição do avô, que estava de visita, eles descobriram que a glicemia estava altíssima. “Achamos que o aparelho estava com defeito, mas no hospital veio a confirmação. Foi devastador”.

Desde então, a família precisou se adaptar à nova rotina com insulina, sensores, noites sem dormir e internações.

“Foi muito difícil. Arthur não aceitava, chorava, tinha medo de hospital. Até hoje é complicado.”, desabafa Leandro.

 

Família participa do processo criativo para as músicas e temas do personagem com diabetes - Crédito: Arquivo Pessoal
Família participa do processo criativo para as músicas e temas do personagem com diabetes – Crédito: Arquivo Pessoal

A dor virou luta, e a luta virou arte. “Usei os dons que Deus me deu: desenhar, compor, cantar. O projeto Felizito reúne tudo que amo.”

Um canal, um movimento

Hoje, o canal do Felizito segue ativo no YouTube e pretende crescer ainda mais. Leandro e sua equipe que inclui: o irmão músico no Brasil, um ilustrador e o filho do produtor musical como cantor oficial. Eles planejam lançar clipes, roupas infantis, livros ilustrados, produtos com a marca e até um show infantil educativo sobre diabetes.

De um desafio familiar nasceu um projeto que leva educação, representatividade e esperança para crianças com diabetes tipo 1 – Crédito: Felizito/YouTube

A missão é ambiciosa: transformar o Felizito em um símbolo nacional, como Mundo Bita ou Bolofofos, mas com um diferencial importante: dar visibilidade e informação sobre uma condição de saúde pouco compreendida no Brasil.

“Tem médico que nem sabe identificar os sinais da diabetes tipo 1. Muitos pais não conhecem os sintomas e perdem os filhos por falta de diagnóstico. Isso precisa mudar.”, defende.

Além da educação, o projeto também tem um apelo social. Leandro sonha em, no futuro, criar produtos acessíveis para crianças com diabetes tipo 1.

“Queremos fazer insumos com a marca do Felizito, dar visibilidade, fazer a diferença.”, planeja.

De Charlotte para o Brasil

Apesar da distância – Leandro vive nos Estados Unidos com a esposa e os dois filhos -, o criador quer ver o Felizito sendo abraçado por famílias brasileiras.

“Quero rodar o Brasil com shows, levar alegria e conscientização, mostrar que diabetes tipo 1 é coisa séria, mas não impede ninguém de ser feliz.”

Com os desenhos, músicas e mensagens do personagem, Leandro espera alcançar crianças que, como o Arthur, enfrentam o desafio diário de conviver com a diabetes, e inspirar pais a encontrar força mesmo nos momentos mais difíceis.

“É um projeto de alma. Se eu puder ajudar uma criança que seja, já valeu a pena”, finaliza.

 

 

Gerente de Conteúdo e Redes Sociais - Jornalista mineira, natural de Uberlândia, Laura é descolada, sensível e criativa. Traz para o projeto uma visão estratégica e conectada com as tendências digitais. É responsável pela distribuição dos conteúdos nas redes sociais, escreve reportagens especiais para o portal e atua na produção audiovisual. Desde que abraçou a causa do diabetes, há três anos, mergulhou no universo do Um Diabético com dedicação e empatia. Está constantemente se atualizando para potencializar o alcance e o impacto do nosso conteúdo.

 

Gerente de Comunicação e Marketing - Comunicador nato e apaixonado por jornalismo de impacto, Rafael é paulista de Itu e tem mais de 20 anos de experiência em veículos como Record News, CBN, Band e afiliadas da TV Globo. No Um Diabético, é responsável pela comunicação institucional, pelo conteúdo editorial e pelas estratégias de marketing, unindo rigor jornalístico, visão estratégica e linguagem acessível. Tem como marca o conteúdo que informa com propósito, conecta pessoas e fortalece causas.

 


 

 

FONTE https://umdiabetico.com.br/2025/
 
 




obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico

abs

Carla

 

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