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terça-feira, 19 de agosto de 2025

MELHOR IDADE: GUIA IBA – A Importância de Reuniões Familiares para o Cuidado Coletivo

 Mentes e Demências

 Berna Almeida II

 

Cuidar de um ente querido com uma doença degenerativa é uma tarefa que não deve ser solitária. A reunião familiar é a ferramenta mais poderosa para distribuir a responsabilidade, aliviar o peso do cuidador principal e garantir que o apoio seja constante.

Por que são cruciais?

Reuniões familiares ajudam a:
  • Dividir o peso: Mais pessoas participando do cuidado, menos sobrecarga para um só.
  • Alinhar expectativas: Evitam mal-entendidos e ressentimentos ao longo do tempo.
  • Garantir o melhor cuidado: Permitem discutir as necessidades do paciente e planejar o futuro.
  • Fortalecer vínculos: Criam um espaço seguro para expressar sentimentos e medos.

Quem deve participar?

Cada família é única. Inclua todos que fazem parte da equipe de cuidados: filhos, cônjuge, tios, primos, amigos próximos ou até cuidadores remunerados. Decida se o familiar doente deve participar, considerando sua condição. Às vezes, é melhor ter uma reunião inicial sem ele para que todos possam expressar sentimentos dolorosos.

Como organizar a reunião?

  1. Comunicação: Use a tecnologia (chamada de vídeo, viva-voz) para incluir quem está longe.
  2. Pauta: Crie e envie uma pauta clara com antecedência.
  3. Foco e Duração: Mantenha a reunião focada e com hora para começar e terminar, para evitar o desgaste. Reuniões regulares são mais eficazes do que uma única, exaustiva.

Principais tópicos da pauta:

  • Necessidades do paciente: O que ele(a) precisa? Como se sente?
  • Divisão de tarefas: Quem pode ajudar com visitas, transporte para consultas, compras, limpeza, etc.?
  • Saúde do cuidador principal: Que tipo de apoio ele(a) precisa (pausas, apoio emocional)?
  • Questões financeiras: Quanto custará o cuidado? Que ajuda externa está disponível?
  • Tomada de decisões: Quem será responsável por decisões médicas, financeiras ou contratação de ajuda?

Desafios e Soluções

As famílias têm histórias complexas e papéis definidos. Para que a reunião funcione:
  • Seja ouvido, não julgue: Crie um ambiente seguro onde todos possam expressar sentimentos sem medo.
  • Use a primeira pessoa: Prefira "Eu preciso de ajuda" a "Você deveria fazer isso".
  • Foco no problema: Não tente "consertar" a família. O objetivo é manter a equipe unida em torno do cuidado.
Atenção: Em casos de conflitos intensos, considere um facilitador externo, como um assistente social ou um psicoterapeuta.

Soluções "Ganha-Ganha"

Nem tudo será perfeito, mas o compromisso e a criatividade criam soluções:
  • Carol, com dificuldade para lidar com a doença, cozinha para a família.
  • Jesse, que mora longe, tira férias para dar uma folga ao cuidador principal.
  • Gina leva os pais às consultas médicas enquanto a irmã cuida dos remédios.
O importante é o reconhecimento e a gratidão. Quando alguém se sente valorizado(a) por sua ajuda, ele(a) se sente motivado(a) a continuar. Acordos escritos e um calendário de tarefas também podem ajudar a todos a cumprir suas responsabilidades.
Lembre-se: a reunião familiar não é um evento único, mas um processo contínuo de amor e comunicação.
📍 Instituto Berna Almeida – Apoio a Cuidadores Familiares
📱 @institutobernalmeida

 

 

 

 

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abs

Carla

 

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