Cuidar de um ente querido com uma doença degenerativa é uma tarefa que não deve ser solitária. A reunião familiar é a ferramenta mais poderosa para distribuir a responsabilidade, aliviar o peso do cuidador principal e garantir que o apoio seja constante.
Por que são cruciais?
Reuniões familiares ajudam a:
- Dividir o peso: Mais pessoas participando do cuidado, menos sobrecarga para um só.
- Alinhar expectativas: Evitam mal-entendidos e ressentimentos ao longo do tempo.
- Garantir o melhor cuidado: Permitem discutir as necessidades do paciente e planejar o futuro.
- Fortalecer vínculos: Criam um espaço seguro para expressar sentimentos e medos.
Quem deve participar?
Cada família é única. Inclua todos que fazem parte da equipe de cuidados: filhos, cônjuge, tios, primos, amigos próximos ou até cuidadores remunerados. Decida se o familiar doente deve participar, considerando sua condição. Às vezes, é melhor ter uma reunião inicial sem ele para que todos possam expressar sentimentos dolorosos.
Como organizar a reunião?
- Comunicação: Use a tecnologia (chamada de vídeo, viva-voz) para incluir quem está longe.
- Pauta: Crie e envie uma pauta clara com antecedência.
- Foco e Duração: Mantenha a reunião focada e com hora para começar e terminar, para evitar o desgaste. Reuniões regulares são mais eficazes do que uma única, exaustiva.
Principais tópicos da pauta:
- Necessidades do paciente: O que ele(a) precisa? Como se sente?
- Divisão de tarefas: Quem pode ajudar com visitas, transporte para consultas, compras, limpeza, etc.?
- Saúde do cuidador principal: Que tipo de apoio ele(a) precisa (pausas, apoio emocional)?
- Questões financeiras: Quanto custará o cuidado? Que ajuda externa está disponível?
- Tomada de decisões: Quem será responsável por decisões médicas, financeiras ou contratação de ajuda?
Desafios e Soluções
As famílias têm histórias complexas e papéis definidos. Para que a reunião funcione:
- Seja ouvido, não julgue: Crie um ambiente seguro onde todos possam expressar sentimentos sem medo.
- Use a primeira pessoa: Prefira "Eu preciso de ajuda" a "Você deveria fazer isso".
- Foco no problema: Não tente "consertar" a família. O objetivo é manter a equipe unida em torno do cuidado.
Atenção: Em casos de conflitos intensos, considere um facilitador externo, como um assistente social ou um psicoterapeuta.
Soluções "Ganha-Ganha"
Nem tudo será perfeito, mas o compromisso e a criatividade criam soluções:
- Carol, com dificuldade para lidar com a doença, cozinha para a família.
- Jesse, que mora longe, tira férias para dar uma folga ao cuidador principal.
- Gina leva os pais às consultas médicas enquanto a irmã cuida dos remédios.
O importante é o reconhecimento e a gratidão. Quando alguém se sente valorizado(a) por sua ajuda, ele(a) se sente motivado(a) a continuar. Acordos escritos e um calendário de tarefas também podem ajudar a todos a cumprir suas responsabilidades.
Lembre-se: a reunião familiar não é um evento único, mas um processo contínuo de amor e comunicação.


FONTE: Mentes e Demências
https://www.facebook.com/groups/mentesedemencias/
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
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