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segunda-feira, 5 de junho de 2023

DIABETES: POR QUE RAZÃO É IMPORTANTE CONTROLAR A GLICEMIA?

 

 

A palavra “mellitus” é de origem latina e quer dizer mel ou adocicado. Ela surgiu na antiguidade quando se detetou que algumas pessoas tinham os fluidos corporais e biológicos adocicados, o que atraía insetos para a roupa. Isso acontecia porque o excesso de "açúcar" no sangue era expulso do organismo através do suor e da urina. 

Os vários tipos de diabetes mellitus têm em comum a presença constante de níveis altos de glicemia no plasma do sangue.

Existem três tipos principais de diabetes mellitus nas pessoas idosas: 

1)   Diabetes mellitus do tipo 1;

2)   Diabetes mellitus do tipo 2;

3)   Diabetes mellitus secundárias.

Existe uma outra forma de diabetes que é a gestacional, que pode surgir durante a gravidez.

O tipo mais frequente de diabetes mellitus nas pessoas de idade mais avançada é a diabetes mellitus do tipo 2, e pode ter como causas:

·       Sedentarismo;

·       Excesso de peso corporal;

·       Obesidade do tipo androide (a pessoa assemelha-se a uma maçã). As mulheres têm normalmente gordura tipo ginoide (a pessoa assemelha-se a uma pera). Qualquer indivíduo que tenha excesso de gordura visceral e/ou troncular (obesidade do tipo androide) tem resistência periférica à insulina, mas só desenvolverá diabetes se as células Beta do pâncreas não conseguirem aumentar em termos compensadores a produção dessa hormona. A insulina é uma hormona produzida no pâncreas e a sua função é estimular a passagem do “açúcar” no sangue para onde é necessário: dentro das células do nosso corpo.

·       Aumento de ingestão de hidratos de carbono;

·       Efeito iatrogénico (efeitos adversos resultantes de tratamentos médicos). É o caso do uso frequente de alguns medicamentos como corticosteroides em consequência de processos inflamatórios e dolorosos das articulações como é o caso das artrites e das artroses.

As duas razões do nível alto de glicemia no sangue são:

1)   Falta parcial ou total de insulina produzida pelo pâncreas;

2)   Falta de eficiência da insulina produzida pelo pâncreas no metabolismo da glicose ou do “açúcar” presente no sangue.

Grande número de pessoas que ultrapassam os 65 anos de idade podem estar a desenvolver uma diabetes mellitus tipo 2 sem apresentarem qualquer sintoma característico como a polidipsia (sede fora do comum), polifagia (fome fora do comum) ou poliúria (vontade incomum de urinar). Essa ausência de sintomas pode atrasar o tratamento entre quatro a seis anos.



 

  

A gordura “tipo maça” é mais prejudicial à saúde e é indiciadora de diabetes ou pré-diabetes.

A zona abdominal é muito irrigada por vasos sanguíneos devido à presença de órgãos nessa zona.


PORQUE RAZÃO É IMPORTANTE CONTROLAR A GLICEMIA?

Quando surgem os primeiros sinais de hiperglicemia (níveis altos de açúcar no sangue), 25% das pessoas já sofrem de retinopatia (visão afetada), 9% de neuropatia (sistema nervoso afetado através do atraso ou cessação na comunicação entre os neurónios) e 9% de nefropatia (rins afetados). 

Isso acontece porque a presença prolongada do nível elevado de glicose no sangue provoca alterações patológicas nas paredes dos vasos sanguíneos, em particular dos olhos, rins, nervos e coração.

Essas alterações estruturais nas paredes dos vasos sanguíneos resultam:

·       No aumento da espessura, e em consequência na diminuição do diâmetro dos vasos sanguíneos;

·       Na diminuição da permeabilidade dos vasos. A permeabilidade das paredes dos vasos sanguíneos permite a passagem de nutrientes e oxigénio para as células, e saída das células para a corrente sanguínea do resultado do metabolismo celular. 

A consequência da perda da permeabilidade dos vasos sanguíneos pode ser a diminuição da sensibilidade (daí a necessidade de vigiar a pele) , anoxia (ausência de oxigénio nas células), necrose (morte celular) e necessidade de amputação dos dedos ou mesmo dos pés e pernas.

·       A alteração patológica que acontece nos olhos é diferente, porque o aumento de permeabilidade dos vasos sanguíneos da retina resulta na formação de neovasos, hemorragias, e por fim cegueira;

·       Em alterações na capacidade de filtração do sangue através dos glomérulos nos rins. Os glomérulos passam a ter poros de diâmetros diferentes, alguns deles demasiado reduzidos para permitirem a passagem de moléculas anormais do metabolismo para serem expelidos através da urina. Um exemplo é a creatinina. Outros poros passam a ter diâmetros muito alargados e por esse motivo deixam escapar para a urina grandes quantidades da – importante - proteína albumina. A albumina tem muitas funções e uma delas é participar na construção da massa muscular. 

·       Na diminuição do diâmetro dos vasos sanguíneos que origina a redução da quantidade de sangue arterial fornecido aos tecidos orgânicos (cérebro, órgãos nobres, extremidades dos membros inferiores, etc.)

DIFERENÇAS ENTRE A DIABETES MELLITUS TIPO 1 E TIPO 2

A DIABETES MELLITUS TIPO 1 caracteriza-se pela destruição das células Beta do pâncreas provocada por uma situação autoimune: as defesas do organismo atacam o próprio organismo, neste caso a função das células Beta. Recorde-se que a insulina é produzida nas células Beta do pâncreas. O resultado é a falta relativa ou absoluta da hormona insulina. 

A maior incidência desta forma de diabetes acontece antes dos 25 anos de idade e de forma rápida. Os principais sintomas são polidipsia (sede fora do comum), polifagia (sensação anormal de fome), poliúria (vontade constante de urinar) e o emagrecimento rápido. Este tipo de diabetes também surgir em idades mais avançadas, embora seja raro. 

A sede e a vontade constante de urinar acontece porque a pessoa diabética urina mais vezes porque o organismo tem necessidade de se ver livre do excesso de glicose no sangue. A sensação anormal de fome ocorre porque as células não recebem a glicose necessária ao metabolismo celular porque fica presa na corrente sanguínea, acabando por ser expelida principalmente através da urina.

A DIABETES MELLITUS TIPO 2 caracteriza-se fundamentalmente pela resistência periférica á insulina (resultado da diminuição da permeabilidade das paredes dos vasos sanguíneos), e insuficiente capacidade das células Beta do pâncreas (produtoras de insulina) em compensar esta anomalia. Ou seja, as células Beta deixam de ter capacidade em aumentar a produção de insulina para compensar a impermeabilidade dos vasos sanguíneos.

A diabetes tipo 2 está sempre associada ao excesso peso ou mesmo à obesidade de tipo androide (gordura tipo “maçã"), sedentarismo e idade avançada. Também terá que existir uma pré-disposição genética embora não se trate de uma transmissão genética dominante.



Fontes: 

"Bem Viver Para Bem Envelhecer", de Helena Saldanha

Cruz Roja de España


 

 

 

 

 

26/06-NACIONAL DO DIABETES


 

abs

Carla


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