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segunda-feira, 23 de outubro de 2023

Câncer de Fígado


O câncer de fígado pode começar no próprio órgão (primário), ou ter origem em outro órgão (secundário ou metastático)

 

Publicado em 04/06/2022 01h58 Atualizado em 06/10/2023 09h59

O câncer de fígado pode ser de dois tipos: primário (que começa no próprio órgão) e secundário ou metastático (tem origem em outro órgão e, com a evolução da doença, atinge também o fígado). O tipo secundário é mais frequentemente decorrente de um tumor maligno no intestino grosso ou no reto.

Dentre os tumores iniciados no fígado, o mais comum é o hepatocarcinoma ou carcinoma hepatocelular. Agressivo, ocorre em mais de 80% dos casos. Existem também o colangiocarcinoma (originado nos dutos biliares do fígado), o angiossarcoma (câncer raro que se origina nos vasos sanguíneos do fígado) e o hepatoblastoma, tumor maligno raro que atinge recém-nascidos e crianças nos primeiros anos de vida.

Atenção: A informação existente neste portal pretende apoiar e não substituir a consulta médica. Procure sempre uma avaliação pessoal com o Serviço de Saúde.

 

 

    • Estatísticas

      Estimativa de novos casos: 10.700, sendo 6.390 em homens e 4.310 em mulheres (2022 - INCA); e

      Número de mortes: 10.598, sendo 6.061 homens e 4.535 mulheres (2021 - Atlas de Mortalidade por Câncer - SIM).

    • O que aumenta o risco?

      O tabagismo, a poluição ambiental da fumaça do tabaco e o uso de esteroides anabolizantes influenciam no risco de desenvolvimento do câncer de fígado em geral. Em relação aos tipos específicos, outros fatores de risco são:

      Hepatocarcinoma

      Cerca de 50% dos pacientes com hepatocarcinoma apresentam cirrose hepática, doença grave associada ao alcoolismo ou à hepatite crônica. O causador predominante da hepatite crônica é a infecção pelos vírus da hepatite B ou C, também relacionados ao desenvolvimento de câncer de fígado.

      Em áreas endêmicas, a esquistossomose (doença conhecida por barriga d’água) é considerada fator de risco.

      Grãos e cereais quando armazenados em locais inadequados e úmidos podem ser contaminados pelo fungo aspergillus flavus, que produz a aflatoxina, substância cancerígena.

      Outros fatores de risco importantes são o excesso de gordura corporal (sobrepeso e obesidade) e as bebidas.

      Exercer atividade laboral na assistência e serviços gerais em estabelecimentos de saúde. As exposições mais comuns são a instrumentos perfurocortantes contaminados por vírus da hepatite B e C, no caso destes profissionais. Outros trabalhadores, tais como mecânicos de veículos a motor, agricultores, operários da indústria de plásticos, operadores em indústria química, mecânicos de veículos a motor, podem apresentar maior exposição aos seguintes agentes: radiação ionizante, arsênio, cloreto de vinila, solventes, fumos de solda e bifenil policlorado, todos associados ao desenvolvimento deste tipo de câncer.

      Colangiocarcinoma

      O colangiocarcinoma está relacionado com inflamações das vias biliares, principalmente com a clonorquíase - infestação pelo verme clonorchis sinensis, bastante frequente nos países asiáticos e africanos -, entre outros fatores, alguns desconhecidos.

      Angiossarcoma

      O potencial carcinogênico de substâncias químicas como cloreto de vinil, arsenicais inorgânicos e o solução de dióxido de tório (que podem ser encontradas nos agrotóxicos e no amendoim mal estocado) está associado a este tipo de câncer de fígado.

    • Sinais e sintomas

      Os sintomas mais comuns são: dor abdominal, massa abdominal, distensão addominal, perda de peso inexplicada, perda de apetite, mal-estar, icterícia (tonalidade amarelada na pele e nos olhos) e ascite (acúmulo de líquido no abdômen).

    • Detecção precoce

      A detecção precoce do câncer é uma estratégia para encontrar o tumor numa fase inicial e favorecer o tratamento.

      A detecção pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença (diagnóstico precoce), ou com o uso de exames periódicos em pessoas sem sinais ou sintomas (rastreamento), mas pertencentes a grupos com maior risco de ter a doença.

      Não há evidência científica de que o rastreamento do câncer de fígado traga mais benefícios do que riscos e, portanto, até o momento, ele não é recomendado.

      Já o diagnóstico precoce desse câncer possibilita melhores resultados em seu tratamento e deve ser buscado com a investigação de:

      • Massa (tumor) na parte superior do abdômen
      • Cansaço, perda de apetite e de peso
      • Icterícia (pele e mucosas amarelas)
      • Dor no abdômen superior

      Na maioria das vezes, esses sintomas não são causados por câncer, mas é importante que sejam logo investigados.

    • Diagnóstico

      Devido ao curto tempo de evolução e ausência de sintomas iniciais do hepatocarcinoma, geralmente o tumor se encontra avançado quando é feito o diagnóstico. O tempo de duplicação do volume de massa é de, em média, quatro meses. Alguns exames vão ajudar o médico a confirmar o diagnóstico:

      Tomografia computadorizada: Exame que utiliza Raios X e tecnologia do computador para produzir imagens como se fosse um “corte” do corpo e serve para descobrir e localizar os tumores.

      Ressonância Nuclear Magnética (RNM): Não apresenta grande diferença em relação à tomografia computadorizada no que se refere à capacidade de identificar os tumores hepáticos primários ou metastáticos, mas não utiliza Raios X. Esse exame pode definir um pouco melhor a extensão do tumor nos pacientes com cirrose hepática, especialmente quando usados contrastes específicos especiais.

      Laparoscopia (investigação direta do interior do abdômen): Permite visualização direta do órgão e a biópsia (remoção de uma pequena quantidade de tecido para análise laboratorial que vai determinar se o tumor é maligno ou não). É mais eficaz quando associado à ultrassonografia videolaparoscópica.

      Biópsias Per Cutâneas por Radiologia Intervencionista: Também usadas para ter o diagnóstico histológico por biópsia, mas sem a necessidade de operar o paciente, usando a Tomografia Computadorizada ou a Ultrassonografia como guias.

    • Tratamento

      A remoção cirúrgica (ressecção) do câncer é o tratamento mais indicado quando o tumor está restrito a uma parte do fígado (tumor primário) e também nos tumores hepáticos metastáticos em que a lesão primária foi ressecada ou é passível de ser ressecada de maneira curativa e as metástases restritas ao fígado ou locais também passiveis de ressecção completa.

    • Acompanhamento pós tratamento

      O acompanhamento se dá por avaliação medica ambulatorial frequente, associada a exames de sangue e de imagem para avaliação e detecção precoce de um eventual retorno do tumor.

 

 

FONTE:https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tipos/figado

 

 

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abs

Carla

 

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