O diabetes mellitus tipo 2 é a forma de diabetes mais comum em todo mundo, sendo responsável por cerca de 90% de todos os casos. Somente no Brasil, estima-se que mais de 7 milhões de pessoas sejam diabéticas, sendo que boa parte delas não sabe que está doente.
Ao contrário do diabetes tipo 1, que tem origem genética e costuma surgir na infância, o diabetes tipo 2 não é uma doença que surge subitamente em pessoas saudáveis. Em geral, ele é um quadro de instalação lenta, que acomete preferencialmente indivíduos com fatores de riscos bem conhecidos, tais como, história familiar, excesso de peso, acúmulo de gordura na região abdominal, idade superior a 45 anos, etc.
Habitualmente, antes de desenvolver o diabetes tipo 2, o paciente passa por um estágio chamado de pré-diabetes, que costuma ser assintomático e pode durar anos. Apesar de ainda não ser a doença diabetes mellitus propriamente dita, o pré-diabetes também pode causar danos à saúde, como um maior risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
O QUE É PRÉ-DIABETES
Neste artigo vamos explicar o que é o pré-diabetes. Vamos falar sobre suas causas, como é feito o seu diagnóstico, qual é o risco de evolução para diabetes tipo 2 e quais são as opções de tratamento.
O pré-diabetes surge quando o processamento da glicose (açúcar) pelo organismo não está sendo feito de forma adequada. Em vez de servir como fonte de energia para as células, a glicose permanece circulando no sangue, fazendo com que o seu nível fique acima do normal (falaremos especificamente dos valores da glicose sanguínea mais à frente, na parte sobre diagnóstico do pré-diabetes).
De forma simples, podemos dizer que uma pessoa tem pré-diabetes quando a sua glicemia (nível de glicose no sangue) está acima do normal, mas ainda não é alta o suficiente para ser definida como diabetes.
Para entender como surge o pré-diabetes, vale a pena relembrar como o corpo manuseia o açúcar ingerido na dieta.
A maior parte da glicose presente no nosso organismo vem dos alimentos que consumimos, mais especificamente dos alimentos que contêm carboidratos, tais como pão, massas, arroz, batata, doces, frutas, milho, farinha, bolos, etc.
Durante a digestão, o açúcar presente nos alimentos é absorvido no intestino e entra na corrente sanguínea. Assim que o organismo detecta uma elevação no nível da glicemia, o pâncreas passa a liberar um hormônio chamado insulina. A insulina age como uma chave que abre as portas das células para que a glicose possa ingressar. Sem insulina, a glicose não tem como penetrar nas células, e sem glicose, as células não conseguem funcionar adequadamente.
A entrada de glicose nas células faz com que a sua concentração no sangue caia. O nível de insulina no sangue é controlado de forma muito apurada. Se a glicemia eleva-se, o nível de insulina também sobe; se a glicemia cai, a liberação de insulina pelo pâncreas também reduz-se. Desta forma, a concentração de glicose no sangue é sempre mantida dentro de valores considerados adequados para o funcionamento do organismo.
Quando o indivíduo tem pré-diabetes, é porque o processo descrito acima está sendo realizado de forma inadequada. Habitualmente, dois mecanismos são os responsáveis:
1- O pâncreas deixa de ser capaz de produzir quantidades adequadas de insulina, fazendo com que parte da glicose se acumule no sangue.
2- As células se tornam resistentes à ação da insulina. A quantidade de insulina é adequada, mas ela não é eficiente na hora de facilitar a entrada da glicose nas células. Esse efeito é especialmente comum em pessoas com sobrepeso, pois o excesso de gordura está claramente associada a uma menor eficiência da insulina.
Quando o defeito em um dos dois mecanismos descritos acima é brando, o paciente desenvolve pré-diabetes; quando o defeito é grave, o paciente desenvolve diabetes mellitus.
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs,
Carla
extraído:http://www.mdsaude.com/2015/02/pre-diabetes.html
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