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terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

PRÉ-DIABETES | DIAGNÓSTICO, RISCOS E TRATAMENTO I



DIAGNÓSTICO DO PRÉ-DIABETES

Os métodos laboratoriais para diagnosticar o pré-diabetes são os mesmos utilizados para o diagnóstico diabetes, o que mudam são apenas os valores.
1- Glicemia de jejum
pre-diabetes
O método mais utilizado para o diagnóstico tanto do diabetes quanto do pré-diabetes é a chamada glicemia de jejum, que é a dosagem do nível de glicose no sangue após um jejum de pelo menos 8 horas.

  • O normal é ter uma glicemia de jejum de no máximo 99 mg/dl.
  • Indivíduos com glicemia de jejum entre 100 e 125 mg/dl em pelo menos duas dosagens distintas são considerados pré-diabéticos.
  • Indivíduos com glicemia de jejum igual ou acima de 126 mg/dl em pelo menos duas dosagens distintas são considerados diabéticos.
Dizer que o paciente tem uma glicemia de jejum alterada é uma outra forma de dizer que ele tem pré-diabetes.
2- Hemoglobina glicosilada (HbA1C)
A hemoglobina glicosilada é um exame que avalia a quantidade de glicose presente na hemoglobina. Quanto maior for a glicemia ao longo do tempo, maior é o valor da hemoglobina glicosilada. Esse teste é muito útil, pois ele estima o valor médio da glicemia nos últimos 3 meses. Se a HbA1C vier alta, isso significa que a glicemia esteve descontrolada nos últimos 3 meses, no mínimo.
  • O normal é ter uma hemoglobina glicosilada abaixo de 5,7%.
  • Indivíduos com hemoglobina glicosilada entre 5,7% e 6,4% são considerados pré-diabéticos.
  • Indivíduos com hemoglobina glicosilada acima de 6,5% são considerados diabéticos.
3-  Teste de tolerância oral à glicose (TTOG)
O teste de tolerância oral à glicose é um exame no qual o paciente dosa a sua glicemia em jejum e novamente 2 horas após beber uma solução rica em açúcar. Esse teste serve para ver como o organismo processa a glicose logo após a sua ingestão. Exceto nas grávidas, o TTOG é raramente usado para o diagnóstico do pré-diabetes ou do diabetes 
  • O normal é ter um teste de tolerância oral à glicose abaixo de 140 ml/dl.
  • Indivíduos com teste de tolerância oral à glicose entre 140 e 199 mg/dl são considerados pré-diabéticos.
  • Indivíduos com teste de tolerância oral à glicose acima de 200 mg/dl são considerados diabéticos.
Dizer que o paciente tem intolerância à glicose é uma outra forma de dizer que ele tem pré-diabetes.

FATORES DE RISCO PARA PRÉ-DIABETES

Como o pré-diabetes é basicamente uma estágio antes do surgimento do diabetes mellitus, o seus fatores de risco acabam sendo praticamente os mesmos. Os mais importantes são:
  • Sobrepeso (IMC maior que 25 kg/m²). Quanto maior for o IMC, mais elevado é o risco 
  • Acúmulo  de gordura na região abdominal (cintura maior que 102 cm nos homens ou maior que 88 cm nas mulheres).
  • Sedentarismo.
  • Idade acima de 45 anos.
  • História familiar de diabetes tipo 2.
  • História pessoal de diabetes gestacional.
  • Síndrome do ovário policístico 
  • Hipertensão arterial 
  • Colesterol elevado 
  • Tabagismo 
  • Apneia obstrutiva do sono.

EVOLUÇÃO DO PRÉ-DIABETES PARA DIABETES

O pré-diabetes tem em basicamente dois problemas. O primeiro é o fato dele estar habitualmente associado a outros fatores de risco para doenças cardiovasculares, principalmente o sobrepeso e o colesterol elevado. O segundo, que é o mais importante, é o fato do pré-diabetes ser um estágio logo antes do aparecimento do diabetes, sendo essa transição muito comum no período de poucos anos.
Se nada for feito, cerca de 1/3 dos pacientes com pré-diabetes irá progredir para diabetes dentro do prazo de 3 a 5 anos. Se levarmos em conta apenas os indivíduos com múltiplos fatores de risco, a taxa de progressão é ainda mais alta.
O fato é que nem todo mundo com pré-diabetes irá obrigatoriamente evoluir para diabetes, mas praticamente todos os pacientes portadores de diabetes tipo 2 em algum momento da vida passaram pela fase de pré-diabetes.
Portanto, como o risco de progressão para o diabetes tipo 2 é bem alto e não há como saber de antemão que irá progredir ou não, medidas preventivas devem ser instituídas o quanto antes possível.

TRATAMENTO DO PRÉ-DIABETES

O tratamento do pré-diabetes é, na verdade, apenas um conjunto de medidas de prevenção contra o diabetes. O alvo é atacar os fatores de risco que podem ser modificados. Obviamente, ninguém pode fazer nada em relação à história familiar ou à própria idade, no entanto, muito pode ser feito em relação à dieta, ao tabagismo, ao sedentarismo e ao excesso de peso.
Todos os indivíduos com pré-diabetes devem ter como objetivo principal emagrecer e alcançar um IMC abaixo de 25 kg/m². Porém, mesmo perdas pequenas de peso, como algo em torno de 5% do peso corporal já são suficientes para reduzir de forma relevante o valor da glicemia em jejum.
Outro fator importante é a prática regular de atividade física. O sedentarismo e o excesso de gordura diminuem a eficácia da insulina, enquanto o aumento da massa muscular e a prática regular de exercícios fazem o efeito contrário, tornando a insulina circulante no sangue mais eficaz. O importante não é necessariamente a intensidade do exercício, mas sim a frequência com que ele é feito durante a semana. O ideal são 30 minutos de atividade, 5 vezes por semana, para haver efeitos relevantes, porém, mesmo uma frequência menor ainda é melhor do que o sedentarismo.
Quem é fumante deve largar o cigarro imediatamente. Não só o cigarro é responsável por uma extensa lista de doenças graves, como ele também aumenta o risco de diabetes em quase 40%.
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs.
Carla
extraído:http://www.mdsaude.com/2015/02/pre-diabetes.html

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