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sábado, 2 de dezembro de 2017

Perda Auditiva está associada ao risco de Demência

idoso com perda auditiva - surdez
  em Fonoaudiologia  por 

A  perda auditiva e a deficiência cognitiva são duas condições neurológicas distintas associadas ao envelhecimento. A deficiência cognitiva refere-se genericamente a um espectro de condições que variam de comprometimento cognitivo leve a demência completa.

À medida que as populações globais envelhecem, a incidência de perda auditiva relacionada à idade também aumenta. A prevalência de perda significativa de audição é de 40-60% para os maiores de 60 anos.  Esse número aumenta em mais de 80% das pessoas com mais de 85 anos.

Além da perda da função auditiva periférica (cóclea – parte auditiva do ouvido interno) com a idade, há também uma diminuição da função auditiva central. Isto é, a forma como o cérebro processa a informação auditiva em indivíduos idosos. Verificou-se que existe uma sobreposição entre audição periférica, processamento auditivo central e função cognitiva. O declínio em um desses domínios poderia potencialmente influenciar os outros.
Em múltiplos estudos epidemiológicos, a presbiacusia (diminuição auditiva relacionada ao envelhecimento) mostrou-se associada de forma independente à diminuição da função cognitiva e ao aumento da demência incidente. A perda de audição ou surdez em pacientes com declínio cognitivo pode ser periférica, como normalmente é visto na presbiacusia. Mas também pode ser o resultado da disfunção do processamento auditivo central ou como o cérebro processa sinais auditivos. É muito importante salientar que as pessoas com perdas auditivas, têm mais riscos em desenvolver déficit cognitivo, maior atrofia cerebral e aumento do risco de demência.

Apesar de não ser tão incômoda, a perda auditiva pode ser um vilão silencioso à nossa saúde cognitiva.

A diminuição de estímulos auditivos, afeta o processamento do som a nível cortical e a privação de certos sons acelera a perda encefálica em mais de 1 cm³ por ano, se comparados a idosos com audição dentro dos padrões de normalidade. O idoso, por não perceber todos os sons, começa a receber menos estímulos auditivos e consequentemente o cérebro passa a diminuir o número de conexões realizadas a partir do estímulos sonoros.
Nosso cérebro é estimulo-dependente e a audição é um canal sensorial importantíssimo pra recebermos informações externas e realizarmos as conexões cerebrais.


É de extrema importância conscientizar os familiares e amigos que estejam nesse processo de presbiacusia de procurarem um otorrinolaringologista e um fonoaudiólogo para restabelecerem a sua qualidade de vida e atrasarem o declínio cognitivo e da audição.

Fonte: Gurgel, Richard K. et al. “Relationship of Hearing Loss and Dementia: A Prospective, Population-Based Study.” Otology & neurotology : official publication of the American Otological Society, American Neurotology Society [and] European Academy of Otology and Neurotology 35.5 (2014): 775–781. PMC. Web. 26 Oct. 2017.
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
extraído:https://idosos.com.br/perda-auditiva-e-demencia/

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