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segunda-feira, 23 de agosto de 2021

CÂNCER: PET Scan: o que é e sua importância para o linfoma

 









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Pessoa Deixada Na Maquina Fazendo Exame Pet Scan




Os resultados dessa avaliação são essenciais tanto para o diagnóstico, quanto para saber se o tratamento é eficaz

Escrito por:

Natália Mancini

PET Scan é um exame de imagem similar à tomografia computadorizada, mas com capacidade de identificar alterações nas células em estágios muito iniciais. Esse teste é de extrema importância para o diagnóstico de linfoma, pois aponta onde há linfonodos alterados, indicando o estadiamento da doença. Ele também é realizado durante o tratamento desse câncer, com o objetivo de avaliar a resposta às terapias e pode ser indicado para investigar uma possível recidiva. Além do linfoma, ele também é utilizado para observar outros tipos de tumores, como mieloma múltiplo, melanoma, cabeça e pescoço, pulmão, colorretal, mama, ovários e mais. 

É possível realizar esse exame em clínicas e hospitais particulares e também no Sistema Único de Saúde (SUS), geralmente em serviços de alta complexidade e em cidades de médio e grande porte. Mas, o sistema público somente aprova a realização do teste para três tipos de neoplasia maligna: linfoma, pulmão e colorretal. 


Como é feito o exame PET Scan?

O Dr. Heitor Sado, coordenador médico do setor de PET-CT e Medicina Nuclear do Hospital Nove de Julho, conta que, para o linfoma, o exame é feito com o uso de um radiofármaco baseado na glicose, chamado de fluordesoxiglicose (FDG).

Médico Apontando Para Máquina De Pet Scan Em Um Centro De Tratamento

“No dia do exame, o FDG é injetado na veia do paciente, que ficará em repouso por cerca de uma hora, para então entrar no aparelho de PET-CT para aquisição das imagens”, ele explica.

Atualmente, é muito comum que o equipamento PET seja acoplado ao aparelho de tomografia computadorizada (CT). Por esse motivo, o exame PET Scan é muito similar a esse teste. Geralmente a máquina é composta, basicamente, por um tubo curto e aberto, com uma maca, na qual o paciente deita e desliza, aos poucos, por esse tubo para a captação das imagens. 

De acordo com o Dr. Sado, é feita uma varredura geral da cabeça até as coxas do paciente. Sendo que o tempo de duração pode variar de 20 a 30 minutos, dependendo do tamanho do indivíduo e da tecnologia do equipamento.

Entretanto, o médico conta que, diferentemente da tomografia computadorizada, ou até mesmo da ressonância magnética, o PET Scan, ou PET-CT, tem a vantagem de ser um método de imagem molecular. Isto é, ele tem a capacidade de detectar alterações de atividade celular antes mesmo de acontecerem mudanças na forma ou estrutura nos órgãos e tecidos. Dessa forma, é possível fazer o diagnóstico do câncer precocemente. 

No caso do linfoma, “um linfonodo de tamanho normal, que passaria despercebido na tomografia e ressonância, seria detectado pelo PET Scan devido ao FDG”, o Dr. Sado exemplifica.

Mas, tanto a tomografia, quanto a ressonância podem complementar o PET-CT, fornecendo informações adicionais.


Preparo para o fazer o Pet Scan

Por conta do FDG, a pessoa deve fazer jejum de 8h e no dia anterior ao exame:

  • Ter uma dieta pobre em açúcar;
  • Não realizar exercícios ou esforço físico e
  • Caso esteja frio, se agasalhar bem.

Essa última orientação é dada para evitar ativação térmica de gordura marrom, o que pode prejudicar na avaliação da imagem.

Contraindicações

Apesar de ser utilizada uma substância radioativa para a realização desse exame, o Dr. Sado assegura que não há nenhum risco de dano ao corpo. Isso acontece porque a dose de radiação é baixa e dentro dos limites nacionais e internacionais de segurança. Além disso, o material radioativo utilizado apresenta meia vida física curta, ou seja, perde rapidamente a propriedade de emitir radiação. 

Silhueta De Uma Mulher Grávida

“Devido à radiação, mesmo em dose baixa, o exame não deve ser realizado em gestantes”, ele orienta.

O médico complementa dizendo que para pacientes com claustrofobia ou pouco colaborativos, existe a opção de fazer o exame com anestesia. 

Já em relação ao FDG, ele é administrado há mais de duas décadas e não existem relatos de reações adversas graves.

“No geral, não existem outras contraindicações em realizar o PET-CT”, informa.


PET Scan para linfoma

Diagnóstico

Normalmente, nos resultados desse exame em pessoas com linfoma aparece uma grande concentração do FDG nos gânglios linfáticos afetados. Isso pode acontecer mesmo se os linfonodos não estiverem aumentados, pois, como falado anteriormente, o PET Scan consegue detectar alterações celulares antes mesmo de causarem alterações visíveis.

Resultado De Pet Scan Apresentando Pessoa Com Linfoma

Os locais que, mais comumente, apresentam maior concentração da droga  são o  pescoço, as axilas, no interior do tórax e abdome e nas virilhas, justamente porque são os linfonodos mais afetados pelo linfoma. 

“Qualquer outro órgão do corpo também pode ser acometido por esse câncer, sendo denominado de acometimento extra linfático e mais comumente acontece no baço e na medula óssea. Esse acometimento extra linfático pelo linfoma também aparecerá como áreas de hiperconcentração do FDG no exame de PET Scan”, o Dr. Sado conta. 

Entretanto, os resultados do exame não confirmam o diagnóstico de linfoma. Ele apenas reforça a suspeita. A única forma de confirmar a existência da doença  é por meio da biópsia do linfonodo. 

Tratamento

“O teste consegue avaliar de forma precoce a resposta ao tratamento de linfoma, em geral iniciado por quimioterapia e podendo ser associada à radioterapia”, o médico explica. 

O PET-CT pode ser realizado após o segundo ou quarto ciclo de quimioterapia e após o término do tratamento. No último caso, recomenda-se aguardar, pelo menos, um mês após a última quimio ou três meses após a última sessão de radioterapia. 

Duas Imagens De Pet Scan Lado A Lado Comparando A Quantidade De Linfonodos Afetados Antes E Depois Do Tratamento De Linfoma

Acompanhamento

Após a remissão, caso haja a suspeita da recidiva de linfoma devido à presença de sintomas ou sinais clínicos, o teste pode ser indicado. Assim, é possível confirmar (ou não) a volta  do câncer. 

“No caso de acompanhamento de pacientes assintomáticos após resposta completa ao tratamento, o uso do PET-CT nem sempre é indicado. Ele pode  ser utilizado nos casos de linfomas de maior risco ou subtipos mais agressivos, ou em casos já recidivados após mais de uma linha de tratamento”, o Dr. Heitor Sado descreve.

Nesses casos, a periodicidade depende de cada paciente, podendo variar de seis meses a anos.






ESCLEROSE MÚLTIPLA




obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico

abs

Carla 

https://revista.abrale.org.br/

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