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segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Jornal Nacional apresenta série especial sobre o câncer -6ºprograma 10/08/2013

Pacientes atravessam país de ônibus para serem atendidos em Barretos

O que falta para o aeroporto de Barretos receber aviões de grande porte é infraestrutura.. Governo federal promete investir R$ 20 milhões.

 

Na série especial de reportagens sobre o câncer, que o Jornal Nacional exibiu nesta semana, nossos repórteres mostraram que muitos pacientes atravessam o país de ônibus em busca de tratamento no Hospital de Barretos, considerado referência na América Latina. Mas a cidade, no interior de São Paulo, tem um aeroporto. Só que ele não opera voos comerciais.
Quatro mil pessoas são atendidas por dia no Hospital de Barretos. Todas pelo SUS. Em geral, os pacientes vêm de longe e enfrentam muitas dificuldades para chegar aqui.
Uma viagem de ônibus, por exemplo, de Boa Vista, capital de Roraima, até Barretos, no interior de São Paulo, pode levar quase uma semana. O mecânico Vanilson Barbosa veio de lá com a filha, de dez anos. A passagem aérea foi paga pelo governo de Roraima. Mas eles tiveram que desembarcar em São José do Rio Preto, cidade a 100 quilômetros de Barretos. Com a saúde debilitada da filha que sofre de leucemia, Vanilson ainda teve que pagar R$ 100 para ir de táxi até a cidade.
“É um pouco pesado. Para quem larga tudo lá para vir cuidar da filha aqui é bem complicado", observa.
Taciana Silva de Alencar, de 12 anos, veio com a mãe do interior do Acre. Uma parte da viagem foi de avião e outra, de ônibus.
"Demorou bastante. A minha perna já estava bastante dolorida, doendo muito", conta.
"Às vezes, eu ficava pensando: será que a minha filha vai chegar com vida?", comenta Marlis da Costa Silva.
A solução está a apenas oito quilômetros do Hospital de Barretos. Aqui existe um aeroporto, desde 1979. Com uma pista de 1.830 metros, maior que a do Santos Dumont, no Rio. Poderia receber voos regulares de companhias aérea. Mas só opera com pequenos aviões.
O que falta para o aeroporto de Barretos receber aviões de grande porte é infraestrutura. Na torre de controle, por exemplo, não tem nenhum equipamento para a operação de voos. Existe apenas um telefone quebrado. A escada é outro problema. A pista também precisa de conserto. Aqui não tem esteira, raio X, nem estação meteorológica.
"Nessas condições hoje não podemos receber", afirma Alex Nascimento, diretor municipal de Transportes.
O governo federal prometeu investir R$ 20 milhões em melhorias no aeroporto nos próximos meses.
"Nós vamos subsidiar o passageiro para que nós possamos ter o preço de passagem que seja competitivo com o transporte rodoviário", declara Moreira Franco, ministro da Secretaria de Aviação Civil.
Se o aeroporto estivesse funcionando, Leani e o filho Eduardo, que vieram do interior de Mato Grosso, sofreriam menos com a viagem.
"Você fica muito desgastado e quando chega aqui em Barretos esse cansaço é muito grande, na hora de você começar a fazer uma quimio ou alguma coisa assim", conta o paciente Eduardo Donato.
"Quanto mais conforto o paciente tiver, quanto maior a humanização desse paciente durante o tratamento, ele vai ter uma resposta melhor", garante o oncologista Raphael Luiz Haikel Júnior.
A TAM informou que novos voos são constantemente avaliados pela companhia de acordo com a demanda de cada cidade ou região e que no momento não há planos de operar em Barretos. A Gol também declarou que não pretende abrir voos para a cidade.

extraído: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2013/08/pacientes-atravessam-pais-de-onibus-para-serem-atendidos-em-barretos.html

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