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sábado, 5 de fevereiro de 2022

Prevenção ao Câncer - Nova luz sobre como prevenir o Câncer no Brasil

 

Relatório DO INCA

Maria Diógenes

Maria Diógenes, do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva do Brasil (INCA), explica como a nova tradução em português do Relatório de Dieta e Câncer da WCRF pode ajudar o Brasil a reduzir sua carga contra o câncer.

O Brasil é um país que possui uma grande variedade de alimentos a partir de sua biodiversidade de importância cultural e nutricional. No entanto, o padrão alimentar brasileiro, caracterizado pelo arroz e feijão tradicionais, vem mudando ao longo dos anos e o consumo de alimentos ultraprocessados (ricos em açúcares, gorduras, sal e alta densidade energética) vem aumentando. Essa mudança, associada à alta prevalência de inatividade física (45%) e ao excesso de peso corporal (62%) no país, impõe um cenário desafiador para o controle de doenças não transmissíveis, incluindo o câncer.

O câncer representa a segunda principal causa de morte no Brasil e 625 mil novos casos são esperados anualmente no país em 2020-22. Seis dos dez tipos de câncer mais comuns no Brasil, incluindo mama, próstata e colorretal, estão associados à má alimentação e nutrição e inatividade física. Aproximadamente 15% dos casos de câncer (n = 63.540) e 18% dos óbitos por câncer (n = 33.606) no Brasil foram atribuídos a esses fatores. As desigualdades sociais impõem barreiras a modos de vida mais saudáveis, especialmente entre os mais pobres, tornando o controle do câncer ainda mais desafiador.

O contexto brasileiro

O Relatório de Dieta e Câncer WCRF/AICR fornece recomendações globais para a prevenção do câncer através da dieta, nutrição e atividade física. Traduzimos o resumo do relatório para o português e acrescentamos um contexto local: Alimentação, nutrição, atividade física e câncer: uma análise do Brasil e as recomendações do INCA. Isso contém recomendações do INCA especialmente para a população brasileira, resultado da adaptação das recomendações globais ao contexto brasileiro.

Neste trabalho, eu e outros especialistas do INCA consideramos um conjunto de informações como:

  • o cenário epidemiológico de exposição à má alimentação, excesso de peso corporal, inatividade física, consumo de bebidas (alcoólica, açucarada e chimarrão – bebida comumente consumida no Brasil) e aleitamento materno
  • as fortes evidências do WCRF/AICR relacionadas aos contextos regionais
  • a classificação de alimentos adotada pelo Ministério da Saúde do Brasil

Entre as fortes evidências relacionadas aos contextos regionais, incluímos a recomendação de evitar o consumo de chimarrão em temperaturas muito quentes.

Também adaptamos a terminologia utilizada nas recomendações globais para facilitar a compreensão das recomendações da população brasileira. O contexto local também fornece informações sobre a carga do câncer no Brasil, potenciais barreiras à adesão às recomendações e desafios na comunicação de risco. Esperamos fornecer informações técnicas para apoiar intervenções que promovam práticas alimentares saudáveis e atividade física para o controle do câncer no Brasil.

Maria Eduarda L. Diógenes é nutricionista, Doutora em Ciências e gerente da Área Técnica de Alimentação, Nutrição, Atividade Física e Câncer da Coordenação de Prevenção e Vigilância do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva do Brasil (INCA).








 


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abs

Carla 

https://www.wcrf.org/

https://uicc.org

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