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domingo, 28 de junho de 2015

Conheça seus Direitos Instituto Oncoguia - Câncer - SUS - 2.6

Atenção Domiciliar
 
 
 
O que é a atenção domiciliar?
 
É uma forma de atenção à saúde substitutiva ou complementar às já existentes, caracterizada por um conjunto de ações de promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças e reabilitação prestadas em domicílio, com garantia de continuidade de cuidados e integrada aos demais serviços e unidades de saúde.

O SUS deve oferecer atendimento e internação domiciliar?
 
Sim. O atendimento e a internação domiciliar são serviços que devem ser oferecidos pelo SUS e só poderão ser realizados por indicação médica, com expressa concordância do paciente e de sua família. Incluem-se, nesses serviços, principalmente, os procedimentos médicos, de enfermagem, fisioterapêuticos, psicológicos e de assistência social, entre outros necessários ao cuidado integral dos pacientes em seu domicílio.
 
Quais são as três modalidades de atenção domiciliar no SUS?
 
1) Baixa complexidade (AD1):
  • Destina-se aos usuários que possuam problemas de saúde controlados/ compensados e com dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma unidade de saúde, que necessitam de cuidados com menor frequência e menor necessidade de recursos de saúde.
  • São realizadas visitas regulares em domicílio, no mínimo, uma vez por mês.
  • Critérios para inclusão do paciente:
     - Apresentar problemas de saúde controlados/compensados e com dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma unidade de saúde.
     - Necessitar de cuidados de menor complexidade, incluídos os de recuperação nutricional, e de menor frequência, dentro da capacidade de atendimento das Unidades Básicas de Saúde (UBS).
     - Não se enquadrar nos critérios previstos para o AD2 e AD3 (abaixo).
 
2) Média complexidade (AD2):
  • Destina-se aos usuários que possuam problemas de saúde e dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma unidade de saúde e que necessitem de maior frequência de cuidado, recursos de saúde e acompanhamento contínuos, podendo ser oriundos de diferentes serviços da rede de atenção.
  • Indispensável à presença de um cuidador identificado.
  • São realizadas visitas regulares, no mínimo, uma vez por semana.
  • Critérios para inclusão do paciente:
     - Demanda por procedimentos de maior complexidade, que podem ser realizados no domicílio, tais como: curativos complexos e drenagem de abscesso, entre outros.
     - Dependência de monitoramento frequente de sinais vitais.
     - Necessidade frequente de exames de laboratório de menor complexidade.
     - Adaptação do paciente e /ou cuidador ao uso do dispositivo de traqueostomia.
     - Adaptação do paciente ao uso de órteses/próteses.
     - Adaptação de pacientes ao uso de sondas e ostomias.
     - Acompanhamento domiciliar em pós-operatório.
     - Reabilitação de pessoas com deficiência permanente ou transitória, que necessitem de atendimento contínuo, até apresentarem condições de frequentarem serviços de reabilitação.
     - Uso de aspirador de vias aéreas para higiene brônquica.
     - Acompanhamento de ganho ponderal de recém-nascidos de baixo peso.
     - Necessidade de atenção nutricional permanente ou transitória.
     - Necessidade de cuidados paliativos.
     - Necessidade de medicação endovenosa ou subcutânea.
     - Necessidade de fisioterapia semanal.
 
3) Alta complexidade (AD3):
  • Destina-se aos usuários que possuam problemas de saúde e dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma unidade de saúde, com necessidade de maior frequência de cuidado, recursos de saúde, acompanhamento contínuo e uso de equipamentos, podendo ser oriundos de diferentes serviços da rede de atenção à saúde.
  • Indispensável à presença de um cuidador identificado.
  • São realizadas visitas regulares em domicílio, no mínimo, uma vez por semana.
  • Critérios para inclusão do paciente:
     - Existência de pelo menos uma das situações admitidas como critério de inclusão para a AD2.
     - Necessidade do uso de, no mínimo, um dos seguintes equipamentos/ procedimentos:
        a) Oxigenoterapia e Suporte Ventilatório não invasivo (Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas (CPAP), Pressão Aérea Positiva por dois Níveis (BIPAP), Concentrador de O2).
        b) Diálise peritoneal.
        c) Paracentese.
 
Quem é o "cuidador" e qual o seu papel na atenção domiciliar?
 
Cuidador é a pessoa com ou sem vínculo familiar, capacitada para auxiliar o paciente em suas necessidades e atividades da vida cotidiana. A presença do cuidador é indispensável quando a atenção domiciliar oferecida ao paciente for de média ou alta complexidade (AD1 e AD2).
Em quais situações a atenção domiciliar não será prestada pelo SUS?
A atenção domiciliar não será ofertada pelo SUS quando, em qualquer das suas três modalidades, estiverem presentes as seguintes situações:
  • Necessidade de monitorização contínua.
  • Necessidade de assistência contínua de enfermagem.
  • Necessidade de propedêutica complementar, com demanda potencial para a realização de vários procedimentos diagnósticos, em sequência, com urgência.
  • Necessidade de tratamento cirúrgico em caráter de urgência.
  • Necessidade de uso de ventilação mecânica invasiva continua.

Nessas situações o SUS deverá oferecer ao paciente os recursos hospitalares e ambulatoriais dos quais necessite.

Legislação
Lei 8.080, de 19/09/1990 (art. 19-I) - Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes.
Portaria MS/GM nº 2.029, de 24/08/2011 (com as alterações promovidas pela Portaria MS/GM nº 1.533, de 16/07/12) - Institui a Atenção Domiciliar no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
 
 
 
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
 
abs,
 
Carla
 
extraído:http://www.oncoguia.org.br/conteudo/atencao-domiciliar/1877/15/


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