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segunda-feira, 29 de junho de 2015

Intervenção do Serviço Social junto dos doentes renais crónicos

Os assistentes sociais procuram promover uma melhor adaptação dos doentes renais crónicos e suas famílias ao meio social em que vivem, auxiliando-os na solução dos seus problemas de natureza diversa. Por outro lado, reúnem informações suscetíveis de dar resposta às necessidades dos doentes.
É neste âmbito que se apresenta este artigo que pretende esclarecer o papel do Serviço Social junto dos doentes renais crónicos no seu percurso ao nível hospitalar nas situações de pré-tratamento de substituição da função renal e de pré-transplantação renal. Poderão existir diferenças consoante o hospital em causa, mas, de uma forma genérica, é este o percurso que os doentes seguem.

Percurso do doente renal crónico a nível hospitalar em situação de pré-tratamento de substituição da função renal:
  • Acompanhamento em consulta de Nefrologia.

  • Quando se aproxima a fase em que o doente necessita de tratamento de substituição da função renal (diálise ou hemodiálise), é encaminhado para a ‘consulta de opções’, onde é abordado por vários profissionais da saúde: médico, assistente social, enfermeiro e dietista.

  • O papel do técnico superior de Serviço Social consiste em:
    • elaborar o relatório social;
    • proceder ao levantamento das necessidades do utente, captar fragilidades e potencialidades, encaminhar e informar;
    • apurar a situação socioeconómica e habitacional e, caso se identifique uma situação que necessite de intervenção, encaminhar de acordo com as necessidades do doente;
    • dar apoio emocional no sentido de ajudar o doente a ter uma atitude positiva face à doença, ao seu tratamento e desfazer alguns mitos relacionados com o tratamento (hemodiálise e diálise peritoneal);
    • informar sobre os direitos e os deveres do doente e mediante o tratamento que optar, transmitir informação ao nível dos transportes e dos benefícios fiscais que lhe confere após um pedido de junta médica.

Percurso do doente renal crónico a nível hospitalar em situação de pré-transplante renal a partir de dador cadáver:
  • É feita uma avaliação social e de enfermagem sempre que o médico assistente considere necessário para melhor avaliação do doente.

  • O papel do técnico superior de Serviço Social consiste em:
    • apurar a situação socioeconómica;
    • fazer um levantamento das necessidades;
    • abordar questões relacionadas com o pós-transplante renal (consultas de rotina, autocuidado e a importância da terapêutica);
    • transmitir informação sobre direitos e deveres;
    • alertar para a alteração da legislação em relação aos transportes (Portaria nº 28-A/2015 de 11 de fevereiro);
    • alertar para os benefícios fiscais (necessidade de nova junta médica após o transplante renal);
    • informar o doente que, como transplantado, mantém a isenção das taxas moderadoras.

Percurso do doente renal crónico a nível hospitalar em situação de pré-transplante renal a partir de dador vivo:
  • Importa salientar que no caso da transplantação renal com dador vivo, há um dador que, de acordo com a atual legislação (Despacho nº 2055/2015 de 26 de fevereiro) não precisa de ter laços de sangue com o doente, ou seja, não tem que ser um familiar, apenas tem de ter vontade de ser dador.

  • Havendo um potencial dador, é marcada uma consulta de dador vivo em unidade hospitalar de transplantação renal.

  • A primeira consulta é feita em conjunto com o recetor e com o dador por um médico que transmite um conjunto de informações que se destinam tanto ao dador como ao recetor. Toda a informação clínica é transmitida com o intuito de que ambos fiquem cientes de todo o processo, de como se vai desenrolar, das fases seguintes, dos riscos inerentes e serve também para o dador e o recetor esclarecerem as dúvidas que têm nesta fase.

  • O par é acompanhado durante todo o processo por toda a equipa, que está sempre disponível para esclarecimento das dúvidas e apoio em qualquer fase do processo.

  • Quando o processo dá início, o DADOR é avaliado por vários profissionais de saúde: avaliação clínica, avaliação psicológica, avaliação social e avaliação por parte do pessoal de enfermagem. O técnico superior de Serviço Social tem a obrigação de fazer um levantamento das necessidades, de elaborar um diagnóstico social e apurar se o dador está ciente de todo o processo e se está devidamente informado e consciente dos riscos. Também lhe são transmitidos os seus direitos, nomeadamente sobre a isenção das taxas moderadoras (na realização de exames para efeitos de doacção – Decreto lei nº 38/2010 de 20 de abril).

  • Ao DADOR, é entregue um documento que declara que o mesmo se encontra em estudo como potencial dador de rim para posteriormente entregar no Centro de Saúde e pedir a isenção das taxas moderadoras.

  • Ao nível do DOENTE RENAL, o papel do técnico superior de Serviço Social consiste em apurar a situação socioeconómica, fazer um levantamento das necessidades, abordar questões relacionadas com o pós-transplante renal (consultas de rotina, autocuidado e a importância da terapêutica), transmitir informação sobre direitos e deveres, alertar para a alteração da legislação em relação aos transportes (Portaria nº 28-A/2015 de 11 de fevereiro), alertar para os benefícios fiscais (necessidade de nova junta médica após o transplante renal) e informar o doente que, como transplantado, mantém a isenção das taxas moderadoras.

Quando o processo se encontra finalizado e se não existir nenhuma contra indicação por parte dos membros da equipa multidisciplinar para a realização do transplante a partir de dador vivo, a data é marcada de acordo com a disponibilidade do par e da equipa que vai realizar as cirurgias.

obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs,
Carla
extraído:http://pelorim.pt/2015/06/14/o-papel-do-servico-social/

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