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sábado, 23 de outubro de 2021

Câncer de Mama em Homens > Tratamentos:Terapia Alvo para

 Equipe Oncoguia

  • - Data de cadastro: 17/05/2013 - Data de atualização: 26/06/2019



As novas terapias alvo têm se tornado uma opção de tratamento padrão para muitos pacientes com câncer. Estas terapias específicas funcionam de forma diferente dos quimioterápicos padrão e têm efeitos colaterais também diferentes.

Terapia alvo para câncer de mama HER2+

Em alguns homens com câncer de mama, as células cancerígenas têm uma proteína promotora do crescimento conhecida como HER2/neu (ou apenas HER2) em sua superfície. Esses cânceres, conhecidos como cânceres de mama HER2+, tendem a crescer e se disseminarem de forma mais agressiva.

Vários medicamentos foram desenvolvidos para atacar essa proteína:

  • Trastuzumabe

É um tipo de anticorpo monoclonal, uma versão produzida de uma proteína específica do sistema imunológico. Ele se liga ao HER2 e pode ajudar a retardar o crescimento de tumores positivos para HER2. O trastuzumabe também a estimular o sistema imunológico a atacar de forma mais eficaz a doença.

Trastuzumabe é administrado por via intravenosa, normalmente uma vez por semana ou em doses maiores uma vez a cada 3 semanas.

O trastuzumab pode ser usado no tratamento dos estágios iniciais e tardios da doença. Quando iniciado antes ou após a cirurgia no tratamento do câncer de mama em estágio inicial geralmente é administrado por um ano. Para o câncer de mama avançado, o tratamento geralmente é administrado enquanto o medicamento for eficaz. O trastuzumab é frequentemente combinado com a quimioterapia, mas também pode ser administrado isoladamente.

Os efeitos colaterais do trastuzumabe são raros e relativamente menores, podendo incluir febre, calafrios, fraqueza, náuseas, vômitos, tosse, diarreia e dor de cabeça. Esses efeitos colaterais são menos comuns após a primeira dose.

Um efeito colateral mais importante é a insuficiência cardíaca congestiva. Para a maioria das pacientes, este efeito é temporário e melhora quando o tratamento é suspenso. O risco de problemas cardíacos aumenta quando o trastuzumabe é administrado com quimioterápicos como a doxorrubicina ou epirrubicina. Por esta razão, a função cardíaca é acompanhada regularmente durante o tratamento com o medicamento. Os principais sintomas são inchaço nas pernas, falta de ar e fadiga severa.

  • Emtansina ado-trastuzumab (TDM-1, Kadcyla)

Ado-Trastuzumab Emtansina é um medicamento conhecido como um anticorpo conjugado. É composto do mesmo anticorpo monoclonal encontrado no trastuzumab ligado a um medicamento quimioterápico conhecido como DM-1. Nesse tipo de medicamento, o anticorpo atua como um dispositivo hospedeiro levando o medicamento diretamente para as células cancerígenas.

Este medicamento é injetado via intravenosa de 3 em 3 semanas. Os efeitos colaterais comuns incluem fadiga, náusea, dor muscular e óssea, diminuição das plaquetas, cefaleia e constipação. Esse medicamento também pode provocar efeitos colaterais importantes, como reações alérgicas, problemas hepáticos, problemas cardíacos e pulmonares.

  • Pertuzumabe

O pertuzumabe também é um anticorpo monoclonal que se liga à proteína HER2. Ele tem como alvo uma parte diferente da proteína na que o trastuzumabe atua. Este medicamento pode ser usado junto com o docetaxel e o trastuzumabe para tratar pacientes com câncer de mama avançado. Esta combinação de três medicamentos pode também ser utilizada para tratar câncer de mama estágio inicial em pacientes que ainda não fizeram a cirurgia (terapia neoadjuvante).

Este medicamento é administrado por via venosa a cada 3 semanas. Quando administrado com trastuzumabe e docetaxel, os efeitos colaterais comuns incluem diarreia, perda de cabelo, náuseas, fadiga, erupção cutânea e diminuição dos glóbulos brancos. Assim como o trastuzumab, o pertuzumabe pode afetar a função cardíaca, e não deve ser administrado em pacientes com problemas cardíacos. O médico deverá solicitar exames cardiológicos regulares antes e durante o tratamento com esse medicamento.

  • Lapatinibe

É outro medicamento que tem como alvo a proteína HER2. Esse medicamento é administrado via oral, na maioria das vezes, junto com capecitabina. É usado para câncer de mama avançado HER2+, que não responde à quimioterapia e ao trastuzumabe. Geralmente é administrado junto com quimioterapia.

Os efeitos colaterais mais comuns incluem diarreia, erupção cutânea e síndrome mão-pé. A diarreia é um efeito colateral comum e pode ser severa, por isso é importante conversar com seu médico sobre eventuais alterações no hábito intestinal. Em casos raros o lapatinibe pode causar problemas no fígado ou uma diminuição da função cardíaca.

  • Neratinib

Esse é um medicamento que tem como alvo a proteína HER2. É administrado por via oral diariamente. O neratinib é usado no tratamento do câncer de mama estágio inicial, após a mulher ter completado 1 ano de trastuzumab e é geralmente administrado durante 1 ano. Alguns estudos clínicos mostram que também pode ser eficaz no tratamento do câncer de mama avançado.

Terapia alvo para câncer de mama receptor de hormônio positivo

  • Inibidores de CDK4/6

Abemaciclib. É um medicamento que bloqueia proteínas na célula denominadas quinases dependentes da ciclina, especialmente CDK4 e CDK6. O bloqueio dessas proteínas nas células cancerígenas receptoras de hormônio impede sua divisão, o que pode retardar o desenvolvimento do câncer. O abemaciclib está aprovado para uso em homens com câncer de mama avançado HR+, HER2-, que regrediu após o tratamento com hormonioterapia e quimioterapia. O abemaciclib é administrado por via oral, geralmente 2 vezes por dia.

Palbociclibe e ribociclibe. Também são medicamentos que bloqueiam as proteínas CDK4 e CDK6. Eles podem ser usados ​​junto com determinadas hormonioterapias, como fulvestranto, ou um inibidor de aromatase, como letrozol, em pacientes com câncer de mama HR-, HER2-. Esses medicamentos são administrados por via oral, geralmente 1 vez por dia, durante 3 semanas, com uma semana de folga antes de começar de novo.

Os efeitos colaterais desses medicamentos tendem a ser leves. Os efeitos colaterais mais comuns são diminuição das taxas sanguíneas e fadiga. Os efeitos colaterais menos comuns incluem náuseas, vômitos, feridas na boca, perda de cabelo, diarreia e dor de cabeça. A diminuição dos glóbulos brancos pode aumentar o risco de uma infecção severa.

  • Everolimus

Everolimus é um medicamento administrado via oral uma vez por dia para bloquear uma proteína que normalmente promove o crescimento e divisão celular. Ao bloquear essa proteína, o everolimus bloqueia o crescimento das células cancerígenas. O everolimus também pode bloquear a formação de novos vasos sanguíneos, o que pode limitar o crescimento do tumor. No tratamento do câncer de mama, este medicamento potencializa a hormonioterapia.

Esse medicamento está aprovado para tratamento do câncer de mama avançado em mulheres que já passaram pela menopausa, receptor de hormônio positivo, HER2-negativo. Para ser usado com o exemestane nestas mulheres se seus tumores crescerem quando foram tratados com o letrozol ou o anastrazol. Também foi estudado para uso com outros medicamentos de hormonioterapia.

O everolimus também está em estudo para uso em câncer de mama em estágio inicial combinado com outras terapias. Embora a maioria dos estudos avalia mulheres, alguns deles incluíram homens.

Os efeitos colaterais comuns desse medicamento incluem feridas na boca, diarreia, náuseas, fadiga, sensação de fraqueza ou cansaço, diminuição das taxas sanguíneas, falta de ar e tosse. O everolimus também pode aumentar os lipídios (colesterol e triglicérides) e o açúcar no sangue. Também pode aumentar o risco de infecções.

Terapia alvo para homens com mutações no BRCA

O olaparib é um tipo de medicamento conhecido como inibidor da PARP, que são proteínas que normalmente reparam o DNA danificado dentro das células. Os genes BRCA (BRCA1 e BRCA2) também reparam o DNA, (embora de uma forma ligeiramente diferente), mas mutações em um desses genes podem impedir que isso ocorra. Os inibidores de PARP bloqueiam as proteínas PARP. Como as células tumorais com um gene BRCA mutado já apresentam problemas para reparar o DNA danificado, o bloqueio das proteínas PARP geralmente destrói essas células.

O olaparib pode ser utilizado no tratamento do câncer de mama avançado, HER2-, em pacientes com mutação BRCA já tratados com quimioterapia (e hormonioterapia, se o tumor for receptor hormonal positivo).

Esse medicamento é administrado por via oral, uma vez por dia.

Os efeitos colaterais podem incluir náuseas, vômitos, diarreia, fadiga, perda de apetite, alterações no paladar, anemia, dor no peito e dores musculares e articulares.

Terapia alvo para cânceres com mutação do gene aPIK3CA

O alpelisib é uma terapia alvo conhecida como inibidor da PI3K. Pode ser utilizado junto com o fulvestrant no tratamento de homens com câncer de mama HER2-, receptor de hormônio positivo avançado com uma mutação PIK3CA que cresceu durante ou após o tratamento com um inibidor da aromatase. Cerca de 30 a 40% dos cânceres de mama têm um gene PIK3CA mutante.

Esse medicamento é administrado por via oral, uma vez por dia.

Os efeitos colaterais podem incluir níveis elevados de glicose, problemas renais, hepáticos ou pancreáticos, diarreia, erupções cutâneas, diminuição das taxas sanguíneas, náuseas e vômitos, fadiga, diminuição do apetite, aftas, perda de peso, problemas de coagulação e perda de cabelo. Pacientes com histórico de reações cutâneas importantes devem informar seu médico antes de iniciar o tratamento com esses medicamento.

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Fonte: American Cancer Society 31/05/2019)





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abs

Carla 

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