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domingo, 31 de outubro de 2021

Câncer de Mama > Vivendo com Câncer de Mama Avançado > Vivendo com o Câncer de Mama Avançado:Gerenciando a dor relacionada ao

 Equipe Oncoguia

  • Data de cadastro: 23/08/2014 - Data de atualização: 23/09/2020



O controle da dor deve fazer parte do tratamento padrão para todas as mulheres com câncer de mama avançado. Se você está vivendo com câncer de mama metastático, não hesite em comunicar ao seu médico sobre qualquer dor ou desconforto que você esteja apresentando.

Embora o câncer avançado não possa ser curado, o tratamento pode aumentar sua expectativa de vida. A dor relacionada ao tratamento ou ao próprio tumor, no entanto, pode afetar a sua qualidade de vida. O objetivo do manejo da dor é ter o máximo controle com o mínimo de tratamento, para limitar os efeitos colaterais. Isso permite que você obtenha o máximo benefício dos tratamentos contra o câncer.

Controle da dor

No câncer de mama avançado, a dor pode estar relacionada com o tratamento ou com a própria doença. A dor não é a mesma para todas as pessoas. Mesmo entre pacientes em estágios semelhantes da doença, a intensidade da dor pode variar. Algumas mulheres têm limiar de dor diferente podendo ser mais intensa e frequente do que outras. Você pode acreditar que a dor é simplesmente uma parte do tratamento e que você deve ser forte e aguentar. No entanto, mesmo quando ela é leve, a dor pode interferir na vida diária e fazer com que outros sinais e sintomas, como, por exemplo, a fadiga, pareça pior.

A dor geralmente é mais fácil de tratar assim que você a sente. Esperar a dor piorar antes de procurar o alívio pode fazer com que seja mais difícil de ser controlada e exigir mais medicamentos. Às vezes, os esquemas de tratamento podem ser alterados para reduzir os efeitos colaterais que apresentam dor, por isso é importante informar o seu médico sobre qualquer dor e sua intensidade.

Descrevendo a sua dor

A dor de cada paciente é diferente, por isso é importante descrever exatamente o que você está sentindo ao seu médico. Isso garante que ele possa lhe oferecer a melhor opção possível para a dor. Certos tipos de dor respondem melhor a certos tipos de tratamento.

A dor pode mudar à medida que o tempo passa, por isso é importante comunicar ao seu médico qualquer alteração na sua intensidade para que ele possa modificar o seu esquema de tratamento de modo a atender suas necessidades.

Tipos de dor

A dor pode ser descrita usando diferentes termos:

Tipo de dor

Descrição da dor relacionada ao tumor

Neuropática

  • Aguda, latejante, sensação de queimação ou pontada.
  • Dor causada pela pressão sobre nervos ou medula espinhal.
  • Dor causada pela quimioterapia.

Visceral

  • Aguda, sensação de câimbras ou mordidas.
  • Frequentemente relacionada com a dor causada quando os tumores se disseminaram para outros órgãos ou tecidos.

Somática

  • Aguda, sensação de pressão ou pulsação.
  • Dor que na maioria das vezes envolve a pele, músculo ou osso.

Outros

  • Dor de cabeça, tensão muscular e outros tipos de dor que ocorrem na vida diária e pode (ou não) ser causada pelo tratamento.

Dor óssea

Quando o câncer se dissemina para os ossos (metástases ósseas), pode provocar intensa dor e afetar muito a qualidade de vida do paciente.

Terapia medicamentosa para fortalecimento ósseo

Parte do tratamento padrão para metástases ósseas é a terapia de fortalecimento dos ossos. Uma classe de medicamentos que podem ajudar a fortalecer os ossos são os bisfosfonatos, que são administrados por via intravenosa, uma vez por mês ou a cada 3 meses.

Os bisfosfonatos podem reduzir o risco de fraturas relacionadas às metástases ósseas, além da dor causada pelas metástases nos ossos. Estes medicamentos também podem reduzir a necessidade de radioterapia e cirurgia relacionada com as fraturas e dores ósseas.

Uma segunda classe de medicações que ajuda a proteger os ossos é o denosumabe. Ele inibe a reabsorção óssea e protege a paciente de fraturas e piora da doença nos ossos. Denosumabe é aplicado por injeção subcutânea, mensalmente.

Algumas pacientes que tomam bisfosfonatos ou denosumabe precisam aumentar a ingestão de vitamina D e cálcio. Se você apresentar espasmos musculares ou agitação, pergunte ao seu médico se você deve tomar suplementos para manter os níveis de cálcio.

Uma complicação grave chamada osteonecrose da mandíbula pode ocorrer em algumas pessoas que tomam bisfosfonatos ou denosumabe. É importante fazer um exame dentário antes de se iniciar o tratamento com qualquer uma das duas medicações.

Não há dados que indiquem que uma ou outra destas medicações aumenta a sobrevida global das pacientes.

Dor relacionada ao linfedema

A dor do linfedema (inchaço, por exemplo, do braço do lado que a mama foi operada) pode ser aliviada pelo tratamento do próprio linfedema, com drenagem linfática.

Medicamentos não opióides e opióides contra dor

  • Medicamentos não opióides. Quando a dor é leve a moderada, a primeira escolha para o alívio da dor é geralmente uma droga não opioide. Exemplos destas drogas incluem ibuprofeno, naproxeno e acetaminofeno. Embora esses medicamentos possam ser usados sem receita médica, consulte seu médico antes de tomá-los, pois pode haver razões clínicas para você não tomar essas drogas.
  • Medicamentos opióides. Os medicamentos opióides, como morfina, oxicodona, hidromorfona, metadona, oximorfona, buprenorfina e fentanil, estão disponíveis apenas sob prescrição médica e retenção de receita. Estes medicamentos têm mais efeitos colaterais do que as drogas não opióides, por isso são receitados apenas quando os medicamentos não opióides não controlam mais a dor. Durante o tratamento com opiáceos, o álcool, soníferos e outros medicamentos que causam sonolência devem ser evitados, pois podem ter uma interação perigosa.

Medicamentos não opióides e opióides usados para tratar a dor não neuropática relacionada ao câncer de mama avançado

Tipo de Medicamentos

Exemplos

Uso do medicamento

Possíveis efeitos colaterais

Acetaminofeno

Tylenol

Primeira escolha para dor leve a moderada.

 

Frequentemente usado com medicamentos opióides para dores ósseas e musculares.

Em grandes quantidades, pode provocar problemas hepáticos.

NSAIDs

Ibuprofeno

 

Naproxeno

Frequentemente usado com medicamentos opióides para dores ósseas e musculares.

Problemas estomacais e intestinais.

 

Problemas renais.

 

Problemas cardíacos.

 

Podem retardar a coagulação sanguínea.

Outros medicamentos não opióides

Tapentadol

 

Tramadol

Frequentemente usados com NSAIDs para dor moderada.

Constipação, sonolência e náuseas.

Opióides

Morfina

 

Oxicodona

 

Metadona

 

Hidromorfona

 

Oximorfona

 

Fentanil

 

Buprenorfina

Normalmente usados quando as drogas não opióides não controlam a dor

 

Deve se suspender gradualmente seu uso para evitar sintomas de abstinência.

 

Morfina, oxicodona, hidromorfona e oximorfona estão disponíveis para alívio da dor a curto prazo.

 

Morfina, oxicodona, oximorfona e hidromorfona são usadas para controle da dor durante um período de tempo.

 

Fentanil e buprenorfina estão disponíveis em adesivo cutâneo.

Constipação, sonolência, náuseas e coceira.

 

A constipação sempre precisa de tratamento, mas os outros efeitos melhoram após alguns dias.

 

Metadona pode ser perigosa se não for administrada como prescrita.

Barreiras potenciais para o manejo da dor com opióides

As pessoas podem ficar preocupadas com alguns tipos de tratamento da dor, medicamentos opióides, especialmente, por causa do risco da dependência ou ainda preocupação com os efeitos colaterais. No entanto, quando usados como prescritos, esses medicamentos podem oferecer um grande alívio da dor.

Medo da dependência

O médico monitorará a quantidade de opióides prescritos para que você não os use por tempo prolongado. Se você parar repentinamente de tomar um medicamento opiáceo ou tiver a dose reduzida, poderá apresentar sintomas de abstinência, como dor, ansiedade, náuseas e diarreia. A redução gradual da dose reduz a possibilidade dos sintomas de abstinência ocorrerem.

Os sintomas de abstinência são um sinal de dependência física e não estão relacionados ao vício. A dependência física é um efeito natural do uso regular de opióides, enquanto o vício envolve uma perda de controle sobre a droga e pode estar relacionada com um comportamento nocivo. A dependência entre as pacientes que usam opióides no tratamento da dor do câncer é muito rara.

Possíveis efeitos colaterais

O uso regular de opiáceos provoca quase sempre efeitos colaterais, especialmente constipação. Mas, seu médico pode ajudá-la a prevenir ou controlar esses sintomas para que você possa continuar usando estes medicamentos.

Náuseas e vômitos podem ocorrer após o início do uso dos opióides, mas estes efeitos colaterais tendem a desaparecer após alguns dias. Se você apresentar coceira ou uma erupção cutânea, pode ser um sinal de reação alérgica a opióides. Informe o seu médico para que ele possa alterar sua medicação.

Se a dor aumenta com o passar do tempo, pode ser necessária uma dose mais alta do opioides. A maioria das pessoas cria uma tolerância aos efeitos colaterais destes medicamentos, de forma que possam tratar os efeitos colaterais de doses elevadas mais facilmente.

Outros medicamentos

Muitas drogas podem ser usadas para reduzir a dor relacionada ao câncer de mama avançado. Elas incluem antidepressivos, anticonvulsivantes, corticoides e anestésicos locais. Estes medicamentos estão disponíveis apenas sob prescrição médica.

Antes de tomar qualquer um destes medicamentos para alívio da dor, é importante discutir seus potenciais efeitos colaterais com o seu médico.

Administração dos medicamentos

Há muitas maneiras de tomar os medicamentos contra dor. A maioria é administrada por via oral. Para as pacientes que têm dificuldade em engolir comprimidos, alguns estão disponíveis na forma líquida ou em uma forma especial, que se dissolve dentro da boca. Alguns analgésicos podem ser administrados na forma de supositórios. O fentanil e a buprenorfina vem em forma de adesivo, que é colocado sobre a pele e libera medicação contra dor de forma contínua ao longo de vários dias.

Em casos de dor severa, quando os medicamentos orais não aliviam a dor ou quando uma paciente não pode tomar medicamentos por via oral, muitas drogas podem ser administrados por via intravenosa ou subcutânea com uma pequena agulha. Os medicamentos também podem ser administrados através de um cateter.

Outros medicamentos para tratar a dor do câncer de mama avançado

Tipos

Exemplos

Benefício para alívio da dor

Potenciais efeitos colaterais

Antidepressivos

Nortriptilina

 

Amitriptilina

 

Duloxetina

 

Venlafaxina

Pode aliviar a dor neuropática

Boca seca, náusea, constipação e diarreia.

 

Sonolência, tonturas ou desmaios quando está de pé e sudorese.

Anticonvulsivantes

Gabapentina

 

Pregabalina

Pode aliviar a dor neuropática

Problemas hepáticos e redução das taxas sanguíneas.

 

Sonolência, tonturas e inchaço nas pernas.

Esteroides

Dexametasona

Pode aliviar inflamação e a dor óssea

Inchaço devido ao acúmulo de líquido no corpo.

 

Irritação do estômago

 

Intolerância ao açúcar.

 

Alterações no humor.

Anestésicos locais

Lidoderme

Pode aliviar a dor neuropática

Erupção ou irritação da pele.

Terapias complementares contra dor

Existem muitas terapias não medicamentosas que você pode escolher para usar junto com medicamentos contra dor. Estas incluem fisioterapia, acupuntura, nutrição, técnicas de relaxamento, massagem terapêutica e yoga.

Questões para os familiares e outras pessoas

A dor pode afetar toda a família. Ela pode ser perturbadora para os que convivem (cônjuges, parceiros, familiares e outras pessoas de convívio diário) com a paciente vendo-a sofrer com a dor.

Em alguns casos, uma pessoa que vive com dor pode se tornar irritada, prejudicando as relações familiares. O apoio social durante este momento é importante para todos os membros da família. Cônjuges e parceiros podem precisar de um apoio especializado.

Texto originalmente publicado no site da Susan G. Komen, em 29/06/2020, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.







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abs

Carla 

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