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domingo, 30 de junho de 2013

O QUE É INSUFICIÊNCIA CARDÍACA?

Dr. Márcio Borges - geriatra

Aconselhamento para famílias de idosos de alta dependência



A insuficiência cardíaca (IC) não é uma doença e sim um conjunto de sinais e sintomas comuns a algumas doenças cardíacas, onde ocorre a incapacidade do coração de manter uma boa circulação de sangue para todo organismo. Em outras palavras, por algumas causas que vamos citar a seguir, o coração se enfraquece, fazendo com que haja dificuldade de bombeamento do sangue para todo o corpo humano, intolerância aos esforços físicos e retenção de líquidos. Em muitos casos, a insuficiência cardíaca aparece como a fase avançada de várias cardiopatias, sendo uma das maiores causas de mortalidade no ocidente.



>> Quais as principais causas de Insuficiência Cardíaca?



Segundo dados do DATASUS, somente no ano de 2007, houve 300 mil internações por insuficiência cardíaca (IC) no Brasil, Sendo que 7% dessas internações evoluem para óbito. Portanto, é um grande problema de saúde pública em nosso país. As maiores causas de IC são: as doenças coronarianas (infarto do miocárdio), a hipertensão arterial, as doenças valvares e reumáticas do coração, a doença de Chagas e a cardiomiopatia dilatada.



>> Quais os principais sintomas?



A IC é uma doença predominantemente geriátrica, pois 2/3 de todos os casos de internações acontecem em pessoas acima de 60 anos. Os principais sintomas que aparecem na IC são: a intolerância aos esforços (fadiga), a falta de ar e o cansaço exagerado, principalmente quando se deita ou faz um esforço acima do usual. Podem ocorrer também desmaios, dores no peito tipo angina, inchação das pernas e da barriga, palpitações, tosse seca persistente e perda de apetite.



>> Como é o tratamento?



Após um exame clínico minucioso, valorizando todos os sintomas que o cliente nos informa, partimos para a realização de alguns exames que nos ajudam a quantificar o grau de IC e também a sua possível causa. Dentre esses exames, temos o ecocardiograma, o teste ergométrico, o cateterismo cardíaco, o holter de 24 horas e a radiografia de tórax. O melhor tratamento para IC é a identificação da causa e sua correção. Por exemplo, se for uma doença coronariana, onde um vaso esteja ocluído ou com uma obstrução importante, realizar o procedimento de angioplastia e a colocação de stent, poderá sanar o problema. Porém, na maioria dos casos, a terapêutica com medicamentos constitui a base de todo o tratamento. Fármacos como beta-bloqueadores, os inibidores da ECA, os antagonistas dos receptores de AII, os diuréticos (furosemida e espironolactona) e, em alguns casos, o digital, são os medicamentos mais usados para o tratamento da IC.



>> Quando o tratamento farmacológico não é suficiente, o que é feito?



Não podemos citar o transplante cardíaco, pois ainda não é um procedimento feito rotineiramento no Brasil. Como dissemos, a insuficiência cardíaca pode aparecer como quadro final de muitas doenças cardíacas, nas suas fases mais avançadas, e, principalmente nos idosos, é uma das causas mais comuns de óbito. Mesmo com todo o arsenal medicamentoso que dispomos hoje, alguns pacientes evoluem para um quadro que chamamos de insuficiência cardíaca refratária ou insuficiência cardíaca classe funcional III-IV. Nesses casos, os pacientes com disfunção ventricular grave, em estágios de IC avançados, refratários ao tratamento medicamentoso convencional podem se beneficiar da terapia de ressincronização cardíaca. Assim, é implantado um marcapasso biventricular, no portador de IC grave, com a responsabilidade de reduzir a disfunção eletromecânica do coração, melhorando os sintomas e a qualidade de vida. Como é comum, também, nesses casos de IC mais avançadas e refratárias, o alto índice de mortes súbitas por arritmias ventriculares, junto com a ressincronização cardíaca, é implantado o cardiodesfibrilador, prevenindo paradas cardíacas.
 
fonte:http://www.facebook.com/cuidardeidosos

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