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quarta-feira, 11 de março de 2015

Alimentação na Diálise Peritoneal

Alimentação na Diálise Peritoneal

A Diálise Peritoneal (DP) é um método dialítico que usa a membrana peritoneal como filtro. Uma DP adequada mantém o doente em Insuficiência Renal Crónica (IRC) sem sintomas, através da reposição parcial da função dos rins.
A DP remove do sangue solutos acumulados para o dialisato (líquido de diálise).
A desnutrição tem sido considerada um dos principais problemas do doente com Insuficiência Renal Crónica. A insuficiência renal avançada é caraterizada por aumento do metabolismo calórico e proteico, levando a uma redução da massa muscular. Existem outros fatores que estão intimamente relacionados com a desnutrição dos doentes com IRC  como a anorexia, sintomas gastrointestinais, aumento do metabolismo, restrições alimentares, fatores socioeconómicos e emocionais.
Portanto, um dos principais objetivos da DP é manter os doentes em bom estado nutricional.

 
Valor Energético
Uma ingestão calórica adequada é um pré-requisito para utilização eficiente de proteínas ingeridas e para a manutenção das reservas corporais de nutrientes.
Na DP, nas recomendações energéticas temos de ter em consideração a absorção de glicose através do dialisato. Assim, é necessário ter atenção à ingestão calórica oral para prevenir um ganho de peso excessivo. A quantidade de glicose absorvida através do dialisato pode variar entre 20 a 30% da ingestão calórica total do doente. Se não houver restrição calórica ou aumento da actividade física pode haver ganho de peso e hipertrigliceridemia (aumento dos triglicerídeos).

Proteínas
Durante a DP existem perdas constantes de proteínas e aminoácidos no dialisato. Uma ingestão alimentar adequada é essencial para manter um bom estado nutricional. Para isso é preciso ter atenção à quantidade e ao tipo de proteínas ingeridas. Recomenda-se que 50% das proteínas ingeridas sejam de alto valor biológico, ou seja, proteínas de origem animal. As mais aconselhadas são: a carne, de preferência as carnes magras, peixe, clara do ovo, pois possuem menor teor de lípidos e colesterol. De um modo geral a dieta deve comportar mais proteínas, menos farináceos e menos gorduras animais.

Hidratos de Carbono e Lípidos
Uma ingestão equilibrada de hidratos de carbono e lipidos é essencial para fornecer as necessidades calóricas totais.
Recomenda-se uma ingestão de maioritariamente de hidratos de carbono complexos (pão, arroz, massa, batata) em detrimento dos hidratos de carbono simples como doces, uma vez que já existe uma grande quantidade de glicose no dialisato.
Devemos também ter especial atenção aos lípidos (gorduras), pois existe uma alta prevalência de alterações lipídicas nos doentes com DP, como hipertrigliceridemia (triglicerídeos elevados) e hipercolestrolémia (colesterol elevado).
Os doentes que apresentam  alterações de triglicerídeos deve-se limitar o consumo de hidratos de carbono simples (açúcares simples) e dar preferência às gorduras monoinsaturadas como o azeite e gorduras polinsaturadas  (peixes gordos: salmão, cavala, bacalhau).
Para doentes com alterações ao nível do colesterol é indicada uma redução da ingestão dos lípidos saturados e colesterol. No entanto, nem sempre é fácil, uma vez que os alimentos ricos em gordura saturada e colesterol são excelentes fontes proteicas de alto valor biológico, de que são exemplos as carnes vermelhas, a gema do ovo, leite, queijos.

 
Potássio
Encontra-se na maior parte dos vegetais, frutos e nos alimentos ricos em proteínas. Afeta a acão dos músculos, especialmente o cardíaco. Niveis altos pode levar a paragem cardíaca e os níveis baixos podem causar fraqueza muscular.  Nível sérico de potássio se estiver alto é necessário evitar alimentos ricos deste elemento.
Normalmente não há necessidade de fazer restrição de potássio na DP, cerca de 30% do potássio ingerido é excretado através das fezes e os restantes 70% são eliminados pela urina e dialisato.
Apenas em caso do potássio estar elevado é que se deve fazer uma restrição de alimentos ricos em potássio na dieta.

 
Fósforo
Na DP há uma boa remoção de fósforo. No entanto, não é suficiente para evitar o uso de quelantes. Pode haver necessidade de restringir o fósforo da alimentação, porém os alimentos ricos em fósforo são também ricos em proteínas, carne, peixe e também como leite e derivados, tornando mais difícil essa restrição. A presença de fósforo no corpo faz baixar os níveis de cálcio e vitamina D e deposita-se nos ossos.

 
Líquidos
 A ingestão de líquidos, em regra, não deve ser superior a 2 litros por dia. (Os líquidos geralmente não são restringidos na DP.)

Exercício Físico
O exercício físico é fundamental para a saúde. É um fator importante para a reabilitação renal, permite ao doente o bem estar físico suficiente para poder realizar as suas atividades inerentes ao seu autocuidado, às atividades profissionais e à ocupação dos seus tempos livres.
Se pretende efectuar desportos que requerem maior esforço, deve consultar o médico / equipa de saúde.

obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs,
Carla
extraído:http://www.portaldadialise.com/portal/nutricao-em-dialise-peritoneal

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