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quinta-feira, 26 de março de 2015

Câncer em Foco - Exercício retarda crescimento de tumor, indica estudo

Pesquisa do Centro Médico da Universidade de Duke testou impacto de atividades em ratos com câncer de mama

RALEIGH - A prática de exercícios pode retardar o crescimento de tumores e melhorar os resultados de tratamentos quimioterápicos. A conclusão é de pesquisa do Centro Médico da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, que testou o impacto de atividades físicas em ratos com câncer de mama.
Muitos tipos de câncer se tornam resistentes ao gerarem uma teia de vasos sanguíneos desordenados de tal forma que dificultam o fornecimento adequado de oxigênio ao tumor. Com a carência desse elemento, o tumor ganha uma espécie de blindagem contra a quimioterapia e radioterapia, uma vez que esses tratamentos agem buscando tecidos bem oxigenados.
O estudo, publicado na revista do Instituto Nacional do Câncer dos EUA, identificou que exercícios estimulam melhorias no número e na função de vasos sanguíneos ao redor do câncer de forma significativa. E, quando tratados com quimioterapia, os tumores de ratos que praticavam atividades físicas encolheram consideravelmente mais que os de animais sedentários. Até então, outras abordagens para melhorar o fluxo sanguíneo de tumores não tinham sido bem-sucedidas.
- Começamos a ver se o exercício afetaria a passagem do sangue no tumor, e não poderíamos ter imaginado que seria tão eficaz como foi - afirmou Mark W. Dewhirst, um dos autores do estudo.
Os pesquisadores implantaram dois diferentes tipos de células cancerígenas de mama em ratos. Alguns animais foram estimulados a fazer exercício, correndo em uma roda, e outros permaneceram sedentários. A morte de células tumorais nos animais ativos foi em quantidade 1,5 maior que nos inativos. Os que praticaram atividades tiveram também crescimento menor dos tumores, melhoria no transporte de oxigênio e funcionamento vascular mais normalizado.
- Nós ficamos realmente maravilhados com esses resultados - comemorou Dewhirst. - Passei a maior parte dos últimos 30 anos tentando descobrir como eliminar a hipóxia (baixo teor de oxigênio) em tumores, e já observamos várias diferentes abordagens - drogas, hipertermia e manipulações metabólicas. Nenhuma tem funcionado muito bem e, em alguns casos, as coisas pioraram. Então esses resultados com exercícios são bastante animadores.
Pesquisas futuras vão examinar os efeitos de exercícios em tumores de mama que crescem mais devagar, tipos que afetam mais comumente seres humanos, e avançar em testes com outros animais.

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