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terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Sobre o Mieloma Múltiplo

Quando as células plasmáticas tornam-se cancerígenas e crescem fora de controle, formam um tipo de tumor denominado plasmocitoma. Estes tumores geralmente se originam no osso, mas também podem ser encontrados em outros tecidos. Se existir apenas um tumor de células plasmáticas é denominado plasmacitoma solitário. Quando existe mais de um tumor de células plasmáticas é chamado mieloma múltiplo.

O mieloma múltiplo é caracterizado por:
  • Diminuição das Taxas Sanguíneas

No mieloma múltiplo, o crescimento excessivo de células plasmáticas na medula óssea pode desalojar as células normais formadoras de sangue, levando a uma diminuição da contagem de células sanguíneas. A carência de glóbulos vermelhos pode causar anemia. O mieloma múltiplo também pode causar uma diminuição no nível das plaquetas (trombocitopenia), o que pode provocar hemorragias e hematomas. Outra condição que pode se desenvolver é a leucopenia (escassez de glóbulos brancos) que pode causar problemas no combate às infecções.

  • Problemas Ósseos e Cálcio

As células do mieloma também interferem nas células que ajudam a manter os ossos fortes. Os ossos vão reconstruindo-se constantemente. Normalmente, os dois tipos principais de células ósseas trabalham juntos para que isto aconteça. As células que geram um novo osso são denominadas osteoblastos. As células que destroem o osso velho são chamadas osteoclastos. As células do mieloma produzem uma substância que envia um sinal aos osteoclastos para aumentar a velocidade de destruição óssea. Se os osteoblastos não recebem um sinal para formar um osso novo, o osso velho é destruído sem ter um osso recém-formado para substituí-lo. Isso debilita os ossos e provoca fraturas mais facilmente. Isso provoca um aumento nos níveis de cálcio no sangue.

  • Infecções

As células plasmáticas anormais não protegem o organismo de infecções. Como já mencionado as células plasmáticas normais produzem anticorpos que atacam os germes. As células normais do plasma são substituídas pelas do mieloma múltiplo, impossibilitando assim a produção de anticorpos para combater as infecções. Os anticorpos produzidos pelas células de mieloma não atuam no combate às infecções, porque são apenas cópias das células plasmáticas.

  • Problemas Renais

O anticorpo produzido pelas células do mieloma pode danificar os rins, levando a problemas renais e insuficiência renal.

  • Gamopatia Monoclonal

A presença de muitas cópias do mesmo anticorpo é denominada gamopatia monoclonal. Esta condição pode ser detectada no exame de sangue. Ter gamopatia monoclonal não significa ter mieloma múltiplo, porque ela ocorre em outras doenças, como na macroglobulinemia de Waldenstrom e na amiloidose de cadeia leve. Além disso, algumas pessoas têm gamopatia monoclonal, mas ao contrário do mieloma múltiplo, não apresentam quaisquer problemas. Esta condição é denominada gamopatia monoclonal de significado indeterminado (GMSI). Pacientes com GMSI podem desenvolver mieloma múltiplo e outras doenças, mas a GMSI por si só não é nocivo e não requer tratamento, apenas acompanhamento médico.

  • Amiloidose de Cadeia Leve

Os anticorpos são compostos de cadeias de proteínas, 2 cadeias leves e 2 cadeias curtas mais pesadas. Na amiloidose de cadeia leve ou primária, , as células plasmáticas anormais produzem mais cadeias leves. Podem depositar-se nos tecidos, onde se acumulam. Esse acúmulo de cadeias leves pode formar uma proteína anormal em tecidos conhecidos como amiloide. O acúmulo de amiloide em determinados órgãos pode provocar o mau funcionamento deles. Por exemplo, quando amiloide se acumula no coração, pode provocar arritmias, insuficiência cardíaca congestiva, com sintomas como falta de ar e inchaço nas pernas.

  • Gamopatia Monoclonal de Significado Indeterminado

Na gamopatia monoclonal de significado indeterminado (MGUS), as células plasmáticas anormais produzem muitas cópias do mesmo anticorpo.  No entanto, essas células plasmáticas não formam um tumor ou massa real e não provocam qualquer um dos outros problemas observados no mieloma múltiplo.

Algumas pessoas com MGUS irão, eventualmente, desenvolver mieloma múltiplo, linfoma ou amiloidose. O risco é maior em pessoas com níveis de proteína elevados. Os pacientes com MGUS não necessitam de tratamento, mas devem ser acompanhados clinicamente.

  • Plasmacitomas Solitários

Este é outro tipo de crescimento anormal de células plasmáticas. . Ao contrário de muitos tumores em diferentes localizações, como no mieloma múltiplo, existe apenas um tumor, daí o nome plasmocitoma solitário.

Na maioria das vezes, o plasmocitoma solitário se desenvolve no osso, onde é denominado plasmacitoma solitário ósseo. Quando o plasmacitoma se inicia em outros tecidos, como pulmões ou outros órgãos, é denominado plasmocitoma extramedular.

Fonte: American Cancer Society (09/03/2015)

abs.
Carla
http://www.oncoguia.org.br/conteudo/sobre-o-cancer/1970/392/

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