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domingo, 18 de setembro de 2016

21 de setembro Mês Mundial da Doença de Alzheimer





Será uma grande conquista se realmente conseguir diagnosticar a doença de Alzheimer
Notícia importante
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Brasileira descobre exame que PODE diagnosticar doença de Alzheimer.
O cérebro de pessoas com o mal degenerativo tem maior concentração da proteína TRPA1. Se o problema for acusado por ressonância magnética, o exame poderá funcionar como um diagnóstico da doença de Alzheimer

Um dos grandes desafios da medicina deste século, o Alzheimer é uma doença complexa e multifatorial que atrai a atenção de cientistas do mundo todo. Entre eles, está uma catarinense de 28 anos que, apesar da pouca idade, investiga a biologia dessa doença neurodegenerativa há uma década. Recentemente, Maíra Assunção Bicca, pesquisadora de pós-doutorado da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), descobriu uma importante proteína que poderá ajudar a diagnosticar a enfermidade. O trabalho, que lhe rendeu o prêmio Jovem Talento em Ciências da Vida, produzido pela Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular (SBBq) e patrocinado pela GE Healthcare, também abre caminhos para o desenvolvimento de novos tratamentos.

A cientista descobriu uma proteína, a TRPA1, que está presente de forma anormal no cérebro de pacientes de Alzheimer. Se conseguir rastreá-la por meio de um exame de imagem, como a ressonância magnética, a expectativa de Maíra A. Bicca é fornecer um diagnóstico da doença, algo que não existe atualmente — a detecção baseia-se na avaliação clínica, em consultório. Apenas amostras do tecido cerebral retiradas após a morte comprovam a doença que consome os neurônios.

Essa proteína é uma velha conhecida dos pesquisadores do Laboratório de Farmacologia e Terapêutica Experimental da UFSC. Contudo, não se sabia que ela também existia no cérebro. Até a descoberta da cientista, os demais investigadores, sob a orientação do professor João Batista Calixto, estudavam o papel da TRPA1 na dor e em doenças inflamatórias, como a artrite reumatoide. “Nas pessoas que têm esses problemas, a proteína está muito ativa ou em grande quantidade”, explica Maíra A. Bicca. Também havia evidência da presença dela na medula espinhal.

Como esse receptor, que se localiza na superfície das células, se encontra superativado em pessoas com processos inflamatórios — e o Alzheimer é caracterizado por inflamações celulares —, a pesquisadora desconfiou que o acharia no cérebro. “Vi que não tinha nenhum trabalho na literatura mostrando que ele também poderia estar expresso no encéfalo”, conta. Então, Maíra A. Bicca começou a procurá-lo. “As minhas primeiras perguntas foram: ele está lá? Se sim, no curso da doença, ele se altera?”.

Para responder a essas questões, a pesquisadora utilizou diferentes modelos de estudo, começando pelo mais básico, a cultura de células. Depois, partiu para os modelos animais, induzindo em camundongos os sinais da fase inicial da doença e, em seguida, dos estágios mais avançados. A jovem cientista viu que estava certa. Ela descobriu a TRPA1 no cérebro e constatou que, como mecanismo de defesa, tentando evitar a progressão da enfermidade, as células passam a ativá-la exageradamente. Contudo, o que acontece é o oposto: “Esse excesso mata os neurônios”.

“Ela encontrou a proteína em um lugar que ninguém esperava, abrindo a possibilidade de que isso possa ajudar a controlar o Alzheimer”, diz João Batista Calixto, que orientou a pesquisadora. “O trabalho é inédito e tem grande relevância por ser um achado completamente novo. Ninguém saiu na frente da Maíra”, diz. Calixto ressalta que o trabalho ainda está distante da realidade clínica. “Mas abre caminho para a ciência aplicada”, reforça.

Além do diagnóstico, o trabalho da cientista catarinense poderá ajudar no desenvolvimento de futuros tratamentos de uma doença para a qual, até hoje, não existe medicamento específico. “Quando peguei o modelo de rato com sinais avançados de Alzheimer e o tratei com um bloqueador da TRPA1, que inibe essa proteína, vi, pelo contraste, que ela diminuiu muito”, conta a Maíra A. Bicca, que aguarda a publicação de um novo artigo com o resultado na revista Nature Neuroscience.
Fonte : Correio Braziliense
https://www.facebook.com/AbrazMinasGerais/

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