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quinta-feira, 27 de abril de 2017

Alteração da terapêutica do tratamento precisa ser planejada entre o médico e a pessoa com Diabetes!

Cuidados ao realizar a mudança de terapêutica da bomba de insulina para as múltiplas doses de insulina
Há momentos em nossas vidas, que não estamos felizes por algum motivo e buscamos mudanças que possam facilitar alguma situação da convivência com diabetes. Nas férias, quando viajamos para a praia, já escutei de muitas mulheres que fizeram a troca da bomba de insulina pelas múltiplas doses de insulina, para que o corpo não tenha a marca do sol devido à bomba, ou até mesmo ter a facilidade de entrar e sair do mar quantas vezes quiser ao longo do dia, sem precisar retirar o equipamento.
Nestes casos, o que devemos fazer para continuar com o bom controle da glicemia?
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A endocrinopediatra Dra. Leticia dos Reis Silva relata que “a substituição da bomba pela caneta deve ser combinada com o médico que acompanha o paciente, pois são necessários alguns cálculos para transacionar a dose de insulina para caneta. É importante que a troca seja feita pelo menos dois dias antes da viagem, para que o organismo se adapte à nova terapêutica e possíveis ajustes de doses sejam realizados”.
“Em geral, a dose de insulina basal é mantida e transferida para dose de insulina ultra-lenta (glargina, detemir ou degludeca) em caneta. Em alguns pacientes, é necessário um aumento da insulina basal em até 20 % para manter um bom controle, por isso cabe ao médico fazer esse cálculo. A dose de correção e a contagem de carboidratos são mantidas”, adiciona a médica.
Com relação à monitorização, Dra. Leticia é categórica “no primeiro dia de transição, a monitorização deve ser mais frequente, em geral a cada três horas, ou antes, e 2 horas após as refeições, antes de dormir e às 3h da manhã. E durante toda a viagem, recomenda-se uma monitorização mais frequente, pois principalmente crianças, que gastam muita energia por brincar na água e mudam muito os padrões alimentares, podem fazer hipoglicemia durante as viagens ao litoral”.
Outro cuidado apontado pela médica é relacionado ao rodízio de aplicação de insulina. “Como o paciente com bomba está mais acostumado a usar a região de abdômen e glútea para inserção do cateter, é importante lembrar que esse momento de troca de bomba por análogos representa um período de folga para essa região, preferindo-se a aplicação de insulina sob a forma de rodízio, em braços e pernas”.
Além do rodízio, há outro alerta “os horários de aplicação de insulina precisam ser respeitados. Portanto, o análogo será aplicado antes do café, ou antes, do jantar, conforme orientação do médico do paciente, e as insulinas ultrarrápidas imediatamente antes das refeições”.
Com o término das férias, muitas pessoas que fizeram a substituição da terapêutica, retornam para a bomba. Como deve ser feita esta troca?
“O retorno à bomba deve ser realizado após o paciente voltar para casa, preferencialmente no mesmo horário que aplicaria a dose de análogo de ação lenta. A monitorização deve ser a cada três horas, ou pré e pós-prandial, pois podem ocorrer alterações de glicemia nesse período. A monitorização deve ser mais frequente nos primeiros dois dias após a transição”, orienta a Dra. Leticia.
“O diabetes não deve impedir que o paciente desfrute de qualquer experiência, inclusive ir à praia, frequentar piscinas, etc. O uso de bomba de insulina é um instrumento para melhorar a qualidade do controle, mas não deve limitar a vida do paciente, muito pelo contrário, hoje as alternativas de insulinoterapia são variadas e permitem se moldar à vida do paciente. Porém toda alteração no esquema de insulina ou forma de aplicação deve ser planejada e discutida com o médico do paciente, com antecedência para que não ocorram imprevistos durante a viagem”, finaliza a médica.
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
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Carla
https://www.debemcomavida.com.br/alteracao-da-terapeutica-do-tratamento-precisa-ser-planejada-entre-o-medico-e-pessoa-com-diabetes/

Vanessa Pirolo

Jornalista, criadora do blog convivência com diabetes, tem diabetes desde o seus 18 anos, e redatora do Portal DBCV

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