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terça-feira, 4 de abril de 2017

Demência de corpos de Lewy: volume cerebral pode ajudar no diagnóstico




 
Fonte de imagem: Team Select Home Care
 
 
A medição do volume cerebral pode ser a chave para diagnosticar os indivíduos com demência de corpos de Lewy no estadio inicial, sugere um estudo publicado na revista “Neurology”.
 
A demência de corpos de Lewy é um tipo de demência relativamente comum caracterizada por distúrbio de movimento, alucinações, problemas cognitivos, problemas de sono, depressão e défice de atenção. Uma vez que alguns destes sintomas são partilhados pelas doenças de Parkinson e Alzheimer torna-se por vezes complicado obter um diagnóstico correto.
 
Esta doença é caracterizada pela acumulação de corpos de Lewy, ou seja, depósitos de proteínas que se desenvolvem nas células nervosas em regiões do cérebro envolvidas nas capacidades de raciocínio, memória e movimento.
 
Kejal Kantarci, a líder do estudo, refere que a identificação dos indivíduos com distúrbios cognitivos leves que estão em risco de demência é muito importante para se conseguir medicar corretamente e atempadamente os pacientes. Um diagnóstico precoce também ajuda os médicos a saber que fármacos devem ser evitados, uma vez que mais de 50% dos pacientes com demência de corpos de Lewy apresentam reações adversas aos antipsicóticos.
 
Neste estudo, os investigadores da Clínica Mayo, nos EUA, decidiram averiguar se o volume cerebral poderia ser útil no diagnóstico da demência de corpos de Lewy no estadio inicial, tendo para tal contado com a participação de 160 pacientes. Todos o pacientes tinham distúrbios cognitivos ligeiros e foram submetidos, no início do estudo, a ressonâncias magnéticas para avaliação do tamanho do hipocampo, uma área do cérebro responsável pelo raciocínio e memória. Este procedimento foi repetido duas vezes anualmente.
 
Ao longo do ensaio, 38% dos pacientes desenvolveram doença de Alzheimer e 13% progrediram para uma provável demência de corpos de Lewy. Utiliza-se o termo “provável” pois esta doença apenas pode ser diagnosticada através de autópsia.
 
Os cientistas avaliaram o volume no hipocampo, uma área conhecida por diminuir na doença de Alzheimer. Verificou-se que os pacientes que não apresentavam uma diminuição nesta área eram 5,8 vez mais propensos a desenvolver uma provável demência de corpos de Lewy, comparativamente com aqueles sem atrofia desta área. 
 
O estudo apurou que 85% dos pacientes que desenvolveram este tipo de demência tinham um volume do hipocampo normal. Por outro lado, 61% daqueles que desenvolveram doença de Alzheimer tinham atrofia no hipocampo.
 
Tendo em conta que a demência de corpos de Lewy nem sempre afeta a memória, os investigadores analisaram apenas os dados daqueles cujos défices cognitivos não incluem problemas de memória, tendo verificado que os resultados eram ainda mais pronunciados.
 
Os cientistas concluíram assim que os pacientes com volumes do hipocampo preservados tinham maior risco de terem uma provável demência de corpos de Lewy
 
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
 
 
Referência
Estudo publicado na revista “Neurology”

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