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quarta-feira, 26 de abril de 2017

Enfarte do Rim




Um enfarte renal é a morte de uma zona de tecido renal causada pela obstrução da artéria renal, a artéria principal que leva o sangue para o rim.
A obstrução da artéria renal é rara e, quando se verifica, habitualmente deve-se a que uma partícula flutuando na corrente sanguínea (êmbolo) se aloja na artéria. O êmbolo pode originar-se a partir de um coágulo sanguíneo (trombo) no coração ou pela rotura de um depósito de colesterol (ateroma) da aorta. Por outro lado, o enfarte pode ser consequência da formação de um coágulo sanguíneo (trombose aguda) na mesma artéria renal, provocado por uma lesão da artéria devido a cirurgia, a uma angiografia ou a uma angioplastia. O coágulo também pode ser resultado de uma arteriosclerose grave, de uma arterite (inflamação das artérias), de drepanocitose ou da rotura de um aneurisma da artéria renal (uma protuberância na parede da artéria).
Uma laceração do revestimento (dissecção aguda) da artéria renal faz com que o fluxo de sangue na artéria seja obstruído ou que a artéria se rompa. As causas subjacentes do enfarte incluem arteriosclerose e fibrodisplasia (desenvolvimento anómalo de tecido fibroso na parede de uma artéria).
O enfarte renal pode ser desencadeado por várias circunstâncias: ocasionalmente de modo terapêutico (enfarte terapêutico) para tratar tumores do rim, por uma perda maciça de proteínas pela urina (proteinúria) ou por uma hemorragia incontrolável do rim. O afluxo de sangue ao rim é obstruído introduzindo um cateter dentro da artéria que alimenta o rim.

As pequenas obstruções da artéria renal muitas vezes não produzem qualquer sintoma. Contudo, podem causar uma dor constante e aguda na zona lombar (dor nas costas) sobre o lado afectado. Podem ocorrer febre, náuseas e vómitos. A obstrução parcial da artéria pode implicar o desenvolvimento de hipertensão arterial.
A obstrução total de ambas as artérias renais, ou de uma única nas pessoas que só têm um rim, pára completamente a produção de urina e interrompe o funcionamento dos rins (insuficiência renal aguda).
As análises de sangue, em geral, mostram um número anormalmente elevado de glóbulos brancos. Na urina encontram-se presentes proteínas e quantidades microscópicas de sangue. Poucas vezes pode haver uma quantidade de sangue suficiente para que seja visível à vista desarmada.
É necessário efectuar exames de imagem do rim para fazer o diagnóstico, porque nenhum dos sintomas ou dos exames complementares identificam especificamente um enfarte renal. Durante as duas primeiras semanas que se seguem a um enfarte extenso, a função do rim afectado é escassa. Uma urografia endovenosa ou as imagens com isótopos radioactivos podem mostrar o mau funcionamento, dado que o rim não pode excretar as quantidades normais de substância radiopaca (que é visível nas radiografias) ou de indicadores radioactivos utilizados nestes exames.
Contudo, tendo em conta que o mau funcionamento renal também pode ser provocado por outras afecções além do enfarte, uma ecografia ou uma urografia retrógrada ) podem ser necessárias para distinguir entre as diversas causas. A melhor maneira de confirmar o diagnóstico e obter uma imagem clara do problema é efectuar uma arteriografia renal, na qual se injecta uma substância radiopaca dentro da artéria renal.
Contudo, a arteriografia somente se realiza quando o médico tiver previsto tentar desobstruir a artéria. A eficiência com que se restabelece a função renal pode ser avaliada mediante uma urografia endovenosa ou uma gamagrafia com isótopos radioactivos, repetidas com intervalos de um mês.
           Irrigação de sangue no rim 

Tratamento
O tratamento habitual consiste na administração de anticoagulantes com o fim de prevenir a formação de coágulos adicionais que vão obstruir a artéria renal. Os medicamentos que dissolvem coágulos (trombolíticos) são de introdução mais recente e podem ser mais eficazes que outros tratamentos. Os medicamentos melhoram a função renal apenas quando a artéria não está completamente obstruída ou quando os coágulos se podem dissolver no prazo de 1 hora e 30 minutos a 3 horas, tempo durante o qual o tecido renal pode aguentar a perda do seu afluxo sanguíneo.
Para eliminar a obstrução, o médico pode fazer passar um cateter com um balão na extremidade, desde a artéria femoral na virilha até à artéria renal. Depois enche-se o balão para forçar a abertura da zona obstruída. Este procedimento chama-se angioplastia transluminal percutânea.
O tratamento óptimo do enfarte renal é incerto, mas em geral prefere-se o tratamento farmacológico. Embora a cirurgia corrija a obstrução dos vasos sanguíneos, implica maiores riscos, complicações e até a morte, e a função renal não melhora mais do que quando são utilizados apenas os anticoagulantes ou os medicamentos trombolíticos. A cirurgia é o tratamento preferido unicamente no quadro de uma intervenção rápida (ao fim de 2 a 3 horas), para eliminar um coágulo sanguíneo na artéria renal, provocado por uma ferida (trombose traumática da artéria renal).
Embora a função renal possa melhorar com o tratamento, em geral não chega a recuperar por completo.
Perturbações dos vasos sanguíneos que afectam os rins
Inflamação dos vasos sanguíneos (vasculite), que pode interferir com o fornecimento de sangue.
Obstrução da artéria renal, produzindo a morte dos tecidos de uma parte dos rins, alimentados por esse vaso (enfarte renal).
Obstrução dos pequenos vasos sanguíneos (renais) por inúmeras partículas de matéria gorda desprendidas das paredes de um vaso sanguíneo externo ao rim (doença renal atero-embólica).
Lesão de todo ou de uma parte do estrato externo (córtex) de um ou de ambos os rins (necrose cortical).
Lesão dos pequenos vasos sanguíneos dos rins causadas por hipertensão arterial (nefrosclerose).
Obstrução da veia renal (trombose da veia renal)
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla

 

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