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segunda-feira, 7 de setembro de 2015

São Paulo vai criar uma Cooperativa Pública de Cuidadores de Idosos

Publicado em 18 de agosto de 2015 por em SEUS DIREITOS 
 
A socióloga Maria Lúcia Silveiras, da Coordenadoria do Idoso da Prefeitura de São Paulo.
 
 
socióloga Maria Lúcia Silveira, que há pouco mais de um mês foi integrada na equipe da Coordenadoria de Políticas para Idosos, da Prefeitura de São Paulo comentou na abertura da Pré-Conferência Regional Ipiranga- Sé, preparatória para a 5ª Conferência Municipal de Políticas para as Mulheres, realizada no último sábado, dia 15 de agosto, alguns dos novos projetos que estão sendo elaborados pela Prefeitura de São Paulo, para beneficiar os idosos e as famílias da Capital.

Sua fala chamou a atenção quando se referiu ao projeto que está sendo trabalhado para a criação de uma cooperativa pública de cuidadores de idosos.

Na conversa com o Jornal da 3ª Idade, durante o evento, ela explicou como estão sendo pensados esses projetos.

Jornal da 3ª Idade- Na sua fala na 5ª Conferência Municipal de Políticas para as Mulheres a senhora traçou alguns novos projetos que estão sendo elaborados pela Coordenadoria do Idoso, da Prefeitura de São Paulo. O da cooperativa de cuidadores foi o que mais chamou a atenção do plenário. O que vem a ser esse projeto?

Maria Lúcia Silveira- Todos sabemos que as mulheres são as mais carregadas dentro das famílias quando se refere ao cuidado com os idosos ou mesmo aos familiares portadores de deficiência. É a mulher que acumula esse trabalho junto com o trabalho doméstico que culturalmente já lhe pertence. O que nós estamos elaborando na Coordenadoria do Idoso, junto com a Secretaria do Trabalho e a Secretaria dos Direitos Humanos, a qual pertencemos é a criação de uma Cooperativa de Cuidadores. Com o crescente envelhecimento da população teremos inúmeras famílias de baixa renda que não terão condição de cuidar dos seus idosos, então o projeto tem essa preocupação.

Jornal da 3ª Idade– Quem serão os profissionais que vão formar essa cooperativa?

Maria Lúcia Silveira– O melhor processo, até agora estudado, é o de construir cooperativas de cuidadores ou associações de prestadores de cuidados, para que eles aprendam o que é o cooperativismo e tenha formação de saúde necessária para dar esses cuidados. Então para isso nós estamos começando um projeto na incubadora do Cambuci, que pertence a Secretaria dos Direitos Humanos, fazendo uma parceria com a Secretaria do Trabalho que tem esse conhecimento de como trabalhar com a economia solidaria. Assim nós estaremos beneficiando aquelas pessoas que precisam ter renda e as famílias que precisam receber os serviços.

Jornal da 3ª Idade– E como será essa remuneração, visto que hoje existem várias iniciativas de entidades de Cuidadores, que, no entanto, não conseguem atingir as famílias mais pobres, que precisam até mais desse acompanhamento, mas não têm como pagar os profissionais?

Maria Lúcia Silveira– A ideia é que seja um serviço público, incubado pelo serviço público até que eles sejam subsidiados e ganhem autonomia. Mas tudo isso que estamos falando é um processo inicial. Primeiro temos que conquistar as pessoas para um trabalho em cooperativa.

Jornal da 3ª Idade– Existe alguma experiência como essa no Brasil?

Maria Lúcia Silveira- Eu não conheço nenhuma em funcionamento. O que é importante é que é um piloto e precisamos começar. Estamos entusiasmados e acreditamos que vá dar certo.

Jornal da 3ª Idade– Quem são as pessoas que podem ser treinadas para esse trabalho?

Maria Lúcia Silveira– Além das mulheres que culturalmente estão ligadas a essa função temos os imigrantes, que são formados e tem uma boa educação, mas não conseguem trabalhar por não ter o diploma validado. Então nós vamos fazer uma cooperação, com tudo dos Direitos Humanos, com a Coordenadoria do Idoso, Coordenadoria do Imigrante, juntar forças para que venha a dar certo.

Jornal da 3ª Idade– Temos alguma experiência exitosa nesse sentido para dar de exemplo? É um vício do brasileiro saber se já foi testado antes.

Maria Lúcia Silveira– Nós temos um GC-Grupo de Cuidados que eu comecei na Secretaria das Mulheres e que vamos continuar no idoso de escutar essas mulheres familiares que cuidam e nós vamos mostrar essa necessidade. Vamos fazer um seminário e trazer as experiências que estão em prática. Nós sabemos que tem uma experiência importante no Uruguai, que começou trabalhando as cuidadoras familiares até chegar numa política nacional de cuidados e até implantar casas de morada coletiva, com setor de enfermagem e que funcionam muito bem. Tudo isso ainda é um futuro para nós, mas é um exemplo para o começo

p.s: poderia ser um exemplo a ser seguido pelos outros estados.
 
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs,
Carla
extraído:http://www.jornal3idade.com.br/?p=3563

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