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quinta-feira, 13 de junho de 2024

MELHOR IDADE: A causa da dor

 Mentes e Demências

Berna Almeida II



As potenciais causas de dor são iguais para as pessoas com Demência e para as outras. As causas mais comuns de dor nos idosos incluem:
  • Obstipação e infeções do trato urinário;
  • Ficar sentado ou deitado na mesma posição durante muito tempo;
  • Úlceras de pressão;
  • Artrite;
  • Osteoporose;
  • Osteoartrite;
  • Lesões antigas, como fratura da anca;
  • Lesões não detectadas ou não tratadas;
  • Dor de cabeça ou enxaqueca;
  • Problemas nas costas;
  • Problemas nos pés;
  • Problemas dentários;
  • Diabetes;
  • Infeções;
  • Cancro
Pode ser necessário fazer uma avaliação cuidadosa para determinar a causa da dor, especialmente na pessoa com Demência cuja capacidade de comunicação esteja comprometida.
A AVALIAÇÃO DA DOR
Não existe uma forma simples de medir a dor de uma pessoa, tal como existe, por exemplo, para medir a tensão arterial ou a acuidade visual. Desta forma, o auto relato da pessoa é a medida mais confiável de dor. Os pacientes podem ser solicitados a classificar a sua dor numa escala de zero a dez, sendo zero nenhuma dor e dez a pior dor que já sentiram. Os pacientes também podem ser solicitados a descrever a natureza da sua dor, por exemplo se é aguda ou crónica.
Mas, como é conhecido, as pessoas com Demência podem ter dificuldades em compreenderem estas questões e/ou fornecerem uma resposta que reflita com precisão a sua dor.
Os profissionais de saúde podem usar escalas de avaliação da dor para investigar a dor em pessoas com Demência. Para a medir a intensidade da dor existem escalas validadas a nível internacional, recomendadas pelo Ministério da Saúde, nomeadamente Escala Visual Analógica (convertida em escala numérica para efeitos de registo), a Escala Numérica, a Escala Qualitativa ou a Escala de Faces.*
A intensidade da dor é relatada pelo doente, pelo que este tem de estar consciente e colaborar com o médico que está a fazer a avaliação. Quando a pessoa não está consciente ou não consegue comunicar, existem outros métodos de avaliação específicos. A escala utilizada para medir a intensidade da dor pela primeira deverá ser utilizada nas avaliações posteriores.
A Sociedade Australiana da Dor recomenda a utilização do Brief Pain Inventory como um instrumento comprovadamente útil para avaliar a dor em pessoas idosas, que conseguem comunicar verbalmente(2). Existem versões para as pessoas que vivem na comunidade e para as que vivem em unidades residenciais.
Os instrumentos para a avaliação observacional estão disponíveis para registar e pontuar os sinais de dor de uma pessoa com Demência que não consegue comunicar verbalmente. A Sociedade Australiana da Dor recomenda a Abbey Pain Scale para essas pessoas(2). Esta escala requer que o observador pontue a severidade das expressões da pessoa, das alterações do comportamento e dos sinais físicos, sendo que a pontuação total obtida indica a gravidade da dor.
Os profissionais de saúde, por vezes, não têm o tempo necessário para reconhecer, avaliar e controlar a dor em pessoas com Demência. Os familiares e amigos podem dar uma contribuição valiosa ao aprenderem a reconhecer os sinais de dor do seu ente querido e a comunicarem as suas preocupações aos profissionais de saúde e prestadores de cuidados.
A avaliação adequada da causa, gravidade e impacto da dor de uma pessoa é essencial para delinear o tratamento mais adequado.
CONTROLAR A DOR
Após identificar que a pessoa com Demência está com dor, deverá ser observada por um médico, que irá determinar qual o melhor tratamento. Em algumas situações, tal como uma dor de cabeça, o paracetamol pode ser utilizado, geralmente, com segurança e sem necessidade de consultar um médico. Para situações de dor mais significativas ou contínuas, pode ser necessário a administração de medicamentos mais fortes.
Um medicamento que alivia a dor é denominado analgésico.
Vários fármacos podem ser utilizados para tratar a dor. Estes incluem: paracetamol, aspirina, anti-inflamatórios não-esteróides (ex.: ibuprofeno) e opiáceos (ex.: codeína e morfina). O tipo de fármaco escolhido depende de vários fatores, tais como o tipo e a gravidade da dor, durante quanto tempo a pessoa vai necessitar do medicamento e de outras condições médicas e medicamentos que o paciente esteja a tomar.
Deve existir um cuidado especial com as pessoas idosas. Estas podem ser mais sensíveis a alguns medicamentos e requererem uma dose mais baixa. Podem, também, ser mais propensas aos efeitos secundários e a interações com outros medicamentos que estão a tomar. Converse com o médico e/ou farmacêutico para garantir que estas situações foram consideradas e que a resposta à medicação é cuidadosamente monitorizada.
TRATAMENTOS NÃO FARMACOLÓGICOS
Os tratamentos não farmacológicos podem ser utilizados, isoladamente ou em combinação com um medicamento, para ajudar a aliviar a dor. Estes podem incluir:
  • Massagem;
  • Aplicação de compressas frias ou quentes;
  • Exercícios suaves e alongamentos;
  • Fisioterapia;
  • Acunputura;
  • Relaxamento
Para a dor crónica, em particular, é muito importante que o controlo permanente da dor faça parte do plano de cuidados à pessoa com Demência. A dor deve ser avaliada regularmente, o tratamento deve ser adaptado para o que funciona melhor na pessoa e as terapêuticas devem ser ajustadas sempre que for necessário. A maneira mais eficaz de controlar a dor crónica é tomar os analgésicos em intervalos regulares, em vez de tomá-los apenas quando são necessários. A junção de terapias não farmacológicas, como a massagem, pode ser muito útil.
Pode ser uma imagem de 1 pessoa e óculos









FONTE: https://web.facebook.com/groups/mentesedemencias/




RIM PELE


 

 

obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico

abs.

Carla

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