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VIVIANE PINHEIRO
Recife, 07 de junho de 2024
Neste mês, no dia 09 de junho, é celebrado o Dia Nacional da Imunização. A data foi criada pelo Ministério da Saúde com o objetivo de chamar a atenção para a importância das vacinas, tanto para o indivíduo como para a saúde coletiva. Manter a vacinação em dia, em todas as fases da vida, é um dos melhores métodos para evitar doenças e infecções. De acordo com a nefrologista da Uninefron, Vivianne Pinheiro, esse hábito é ainda mais importante para pacientes renais.
De acordo com a médica, as infecções são uma das principais causas de morbidade e mortalidade entre pacientes com doença renal crônica (DRC). “Embora as vacinas possam ajudar a prevenir muitas das infecções mais comuns às quais estes pacientes estão expostos, os pacientes com DRC têm uma resposta reduzida à vacinação. Eles apresentam títulos de anticorpos mais baixos e incapacidade de manter títulos adequados ao longo do tempo, estando esta resposta imunológica associada ao grau de disfunção renal, onde quanto mais avançada a doença renal menor será a resposta imune à vacinação”, explica Vivianne Pinheiro, reforçando que, por isso, a vacinação é imprescindível, devendo ser iniciada o quanto antes, sobretudo quando há indicação de transplante e/ou terapia imunodepressora.
Viviane Pinheiro ressalta que, como em qualquer outro quadro clínico, recomenda-se que o paciente consulte um profissional de saúde, para que ele passe as orientações adequadas. “Para pacientes com doença renal e candidatos ao transplante renal, quaisquer vacinas necessárias devem ser administradas o mais cedo possível, porque as vacinas com vírus vivos como pólio, rubéola, febre tifoide, febre amarela e varicela, em pacientes imunossuprimidos, são contraindicadas, por causa da chance elevada de causar doença. Vacinas atenuadas como tétano, hepatite B, influenza, meningocócica e pneumocócica, podem ter a resposta prejudicada, com proteção inadequada, em pacientes imunossuprimidos. O nefrologista irá avaliar o caso individualmente, indicar as vacinas e o momento oportuno em que elas podem ser aplicadas de acordo com a situação de cada pessoa”, completa ela. Além do próprio doente, a Sociedade Brasileira de Imunização recomenda que todos os contatos domiciliares dele e os profissionais de saúde que convivem com ele diariamente também estejam em dia com o calendário vacinal”, ressalta a nefrologista.
Quais vacinas o paciente renal deve tomar?
As vacinas mais importantes para o paciente renal, de acordo com Viviane Pinheiro, são as de hepatite B, vacina pneumocócica (reduz mortalidade por pneumonia), MMR (sarampo, caxumba e rubéola), vacina de influenza anualmente, a vacina zoster recombinante em pacientes com DRC acima de 50 anos, vacina contra tétano, difteria e coqueluche, contra HPV e Covid 19 (prevenir gravidade). “Além destas, todas as que fazem parte do Calendário Nacional de Vacinação devem ser tomadas, embora algumas delas apenas com orientação médica, como a de dengue, febre amarela e varicela. Existem ainda as contraindicações, que incluem as vacinas vivas, se houver imunossupressão. Para os pacientes candidatos ao transplante renal devem ser vacinados o mais cedo possível, respeitando um intervalo mínimo de duas semanas, antes do transplante renal, para vacinas inativadas, e de pelo menos quatro semanas para vacinas com vírus vivos, que são contraindicadas após o transplante”, esclarece Vivianne Pinheiro.
De acordo com a médica, o Brasil conta com um Programa Nacional de Imunização, que inclui um calendário bem desenvolvido e vacinas que são disponibilizadas para a população gratuitamente. “Trata-se de uma iniciativa bem estabelecida e reconhecida internacionalmente. E quanto mais proteção melhor!”, conclui a nefrologista da Uninefron, Vivianne Pinheiro.
(*) Confira aqui o Calendário Nacional Vacinação completo (https://www.gov.br/saude/pt-br/vacinacao/calendario
FONTE: http://www.uninefron.com.br/
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abs.
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