O Ministério da Saúde e a Associação 
Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA) fecharam, nesta terça-feira (5), 
o quarto acordo para a redução do teor de sódio nos alimentos industrializados. 
Desta vez, o compromisso é pela diminuição desse ingrediente em laticínios, 
embutidos e refeições prontas, em até 68% ao longo dos próximos quatro anos.
O novo termo, assinado pelo ministro da Saúde, 
Alexandre Padilha, e pelo presidente da entidade, Edmundo Klotz, eleva para 16 o 
número de categorias de alimentos atingidas, que somadas representam 90% dos 
alimentos industrializados. “Nossa intenção é estimular e apostar na capacidade 
de inovação da indústria. Ela foi uma parceira nesse período para superar a meta 
de redução e já conseguimos retirar mais de 11 mil toneladas de sódio dos 
alimentos industrializados no país”, destacou o ministro.
Com a inclusão dos três novos grupos, a meta 
global do acordo passa a ser retirar 28 mil toneladas de sódio até 2020. Desde 
2011, a estimativa é que 11,3 mil toneladas tenham sido retiradas dos produtos 
como bisnaguinhas, massas instantâneas, bolos prontos, biscoitos e caldos.
O sódio está presente no sal de cozinha e em 
produtosindustrializados. Seu consumo em excesso está associado a uma série de 
doenças, sobretudo à hipertensão arterial. A doença, segundo o novo levantamento 
Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito 
Telefônico – Vigitel 2012, atinge 24,3% dos brasileiros hoje.
“Somos o segundo maior produtor de alimentos no 
mundo, maior gerador de renda desse país e nós precisamos desenvolver cada vez o 
valor agregado, a exemplo de iniciativas como essa proposta pelo Ministério da 
Saúde. Uma das maiores vantagens é estimular a indústria a buscar cada vez mais 
soluções”, avaliou o presidente da Abia.
Consumo excessivo - Segundo a 
última Pesquisa do Orçamento Familiar (POF) do Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística (IBGE), o brasileiro consome, em média, 12 gramas de 
sódio por dia, considerando o sal de mesa e o sódio obtido dos alimentos. A 
marca é mais que o dobro do que os 5 gramas recomendados pela Organização Mundial 
da Saúde (OMS).
Se chegasse ao consumo médio ideal, o Brasil 
teria forte impacto na qualidade de vida dos brasileiros e na redução das mortes 
atribuídas à hipertensão e às suas complicações, conforme dados da Sociedade Brasileira de 
Cardiologia.
Estima-se que esta mudança acarretaria 15% menos 
mortes por AVC (acidente vascular cerebral) – hoje a principal causa de 
morte entre os brasileiros e responsável por 100 mil óbitos só em 2011 – e 10% 
menos mortes por infarto. Além disso, seria possível reduzir em 1,5 milhão o 
número de pessoas que necessitam de medicação para controlar a pressão alta. 
Outro ganho seria o acréscimo de mais quatro anos na expectativa de vida dos 
hipertensos.
Monitoramento – O acordo, que 
tem adesão voluntária, estabelece o acompanhamento das informações da rotulagem 
nutricional dos produtos e as análises laboratoriais de produtos coletados no 
mercado e da utilização dos ingredientes à base de sódio pelas indústrias. O 
mineral é usado não só para dar sabor, mas também por outras funções 
tecnológicas, incluindo a de conservante.
Desde o início de 2013, estão sendo coletadas e 
analisadas amostras de categorias de produtos firmados nas duas primeiras etapas 
da parceria, entre eles, macarrão instantâneo, pão de forma e bisnaguinhas.
Renovação - O Ministério da 
Saúde e a indústria também vão renovar a cooperação, iniciada em 2007, que 
permitiu a reformulação das fórmulas dos alimentos processados. Além da parceria 
para redução do teor de sódio, o acordo de cooperação também permitiu a retirada 
de 230 mil toneladas de gordura trans do mercado. Estudo feito pela ABIA, em 
parceria com o governo federal, revelou que 94,6% das empresas ligadas à 
entidade, alcançaram a meta estabelecida em 2007, que limita a 5% de presença de 
gordura trans do total de gorduras em alimentos industrializados e 2% do total 
de gorduras em óleos e margarinas.
A renovação do acordo vai permitir estudos e 
debates para definir as categorias prioritárias e montar o próximo passo: a 
redução de açúcar e gorduras totais e saturadas.
| METAS DO QUARTO TERMO DO ACORDO DE SÓDIO | |||
|---|---|---|---|
| LATICINIOS | 
 
Metas para 2014 (mg) 
 | 
 
Metas para 2016 (mg) 
 | 
 
Redução em 4 anos (mg) 
 | 
| Requeijão cremoso | 
 
587 
 | 
 
541 
 | 
 
63,2% 
 | 
| Queijo muçarela | 
 
559 
 | 
 
512 
 | 
 
68% 
 | 
| SOPAS | 
 
Metas para 2014 (mg) 
 | 
 
Metas para 2016 (mg) 
 | 
 
Redução em 4 anos (mg) 
 | 
| Sopa instantânea | 
 
334 
 | 
 
330 
 | 
 
19,5 
 | 
| Sopas prontas para consumo e para cozimento | 
 
327 
 | 
 
314 
 | 
 
33,2 
 | 
| EMBUTIDOS | 
 
Metas para 2015 (mg) 
 | 
 
Metas para 2017 (mg) 
 | 
 
Redução em 4 anos (mg) 
 | 
| Empanados | 
 
690 
 | 
 
650 
 | 
 
54,8 
 | 
| Hambúrguer | 
 
780 
 | 
 
740 
 | 
 
59,0 
 | 
| Linguiça cozida temp. ambiente | 
 
1560 
 | 
 
1500 
 | 
 
27,9 
 | 
| Linguiça cozida mantida sob refrigeração | 
 
1310 
 | 
 
1210 
 | 
 
33,9 
 | 
| Linguiça frescal | 
 
1080 
 | 
 
970 
 | 
 
42,0 
 | 
| Salsichas | 
 
1140 
 | 
 
1120 
 | 
 
29,8 
 | 
| Mortadela mantida sob refrigeração | 
 
1270 
 | 
 
1180 
 | 
 
26,6 
 | 
| Mortadela mantida a temp ambiente | 
 
1380 
 | 
 
1350 
 | 
 
16,0 
 | 
| Presuntaria | 
 
1180 
 | 
 
1160 
 | 
 
35,7 
 | 
Fonte: Fabiane Schmidt / Agência Saúde
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico. Ainda bem que começarão a perceber o quanto o sódio faz mal a nossa saúde e estão incentivando uma alimentação mais saudável.
abs,
Carla
extraído:http://www.blog.saude.gov.br/ministerio-da-saude-e-abia-fecham-acordo-para-reduzir-teor-de-sodio-em-carnes-elaticinios/


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