Cuidados com o Diabetes -

Lado a lado com o Diabetes

 

Todos nós conhecemos alguém que tem diabetes. Isto acontece no mundo inteiro e o número de diagnósticos vem crescendo a cada ano.

Infelizmente (ou felizmente), a chance de você cuidar de uma pessoa que convive com esta disfunção, aumenta a cada dia. A parte ruim nem é preciso detalhar, todos nós sabemos que as doenças trazem sofrimento e no caso do diabetes, não há cura.

A parte boa é que estas estatísticas mostram que há mais pessoas com acesso a exames, consultas médicas e informações. No passado uma grande parte das pessoas nem sabia que tinha a doença!

Aprender a lidar com esta condição é fundamental para todos nós.

 

Com conhecimentos, um cuidador familiar adquire poderes para:

 

1 – evitar ou atrasar o aparecimento do diabetes,

2 – alertar pessoas sobre a presença de sintomas do diabetes (ainda é comum pessoas desconhecerem seu diagnóstico),

3 – estimular o controle do diabetes para evitar complicações e

4 – reduzir os preconceitos e pensamentos negativos relacionados ao diabetes.

 

Ao longo do texto vamos relembrar estes poderes!

 

O Diabetes é caracterizado pela hiperglicemia, que significa alta taxa de açúcar no sangue (hiper = alta, glicemia = taxa de glicose na corrente sanguínea).

 

Os principais tipos de diabetes são o tipo 1 e o tipo 2.

Quem tem diabetes tipo 1 tem uma ausência de produção de insulina.

No tipo 2 a insulina está sendo produzida em quantidade menor e/ou não consegue exercer muito bem o seu papel.

A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que, dentre outras funções, permite a obtenção de energia a partir dos alimentos.

Estar acima do peso, levar uma vida sedentária e ter parentes com diagnóstico do diabetes aumentam a probabilidade de uma pessoa desenvolver o tipo 2, que é o mais comum. Para se ter uma idéia, ele atinge 90% das pessoas com diabetes!

Apesar de ainda não existir uma forma concreta de evitar o diabetes tipo 1, sabemos que o diabetes tipo 2 pode ser evitado ou atrasado quando se tem hábitos de vida saudáveis.

Todo cuidador familiar deve usar o poder de estimular a alimentação equilibrada, a prática de atividades físicas e evitar o sobrepeso.

Acredita-se que quase 50% das pessoas com diabetes não sabe que tem a doença. E isso é muito preocupante! Muitas vezes sem apresentar nenhum sintoma, a hiperglicemia causada pelo diabetes causa danos irreversíveis.

É importante estimular a realização periódica de consultas e exames médicos!

São sinais e sintomas causados pela hiperglicemia:

• urinar excessivamente,
• perder peso sem uma razão lógica,
• ter infecções freqüentes,
• apresentar cansaço e sede fora do normal, dentre outros.

Alguém que apresenta um quadro como este pode estar com diabetes. O diagnóstico só pode ser feito pelo médico, mas todo cuidador familiar tem o poder de alertar pessoas sobre a presença destes sintomas e indicar que procurem ajuda profissional.

 

O diabetes não é uma doença única, mas sim um grupo de distúrbios que tem em comum a hiperglicemia. Independente do tipo do diabetes a coisa mais importante é o controle da glicemia. Evitar a hiperglicemia evita complicações nos rins, retina, vasos sanguíneos e nervos.

Você já deve ter ouvido que o diabetes pode causar cegueira, insuficiência renal, amputação de membros e até impotência sexual. Só que a frase anterior não está totalmente correta! Na verdade, o diabetes mal controlado pode levar a estas complicações e muitas outras.

Entendendo estes “porquês”, você pode perceber que é importante: estimular pessoas com diabetes a usar os medicamentos, monitorar a glicemia, fazer atividades físicas e se alimentar de forma correta. Os profissionais de saúde prescrevem as necessidades dos pacientes, mas o cuidador familiar tem um papel fundamental para garantir as condutas recomendadas.

Até aqui abordamos questões mais “técnicas”. Para falar do poder de reduzir os preconceitos e pensamentos negativos relacionados ao diabetes, vamos começar com algumas reflexões:

Ninguém quer ficar doente, nem ser privado de prazeres. Descobrir uma doença gera sentimentos de revolta, tristeza e negação. E ninguém gosta de ser visto como diferente por ter uma doença, não é mesmo?

Pensando nisto, seguem algumas dicas:

• Evite frases como “Coitado de Fulano de Tal! Ele é diabético! Não pode comer doces.”

Primeiramente, o termo “diabético” rotula a pessoa que convive com o diabetes, o que não é bom.

As recomendações nutricionais atuais, a grande disponibilidade de produtos diet/light e o desenvolvimento de novas tecnologias permitem que estas pessoas se alimentem do que mais gostam. Importante ter em mente que isto não significa que se pode exagerar nas quantidades! Equilíbrio deve ser a palavra de ordem, para qualquer pessoa. Com diabetes ou sem diabetes!

• Também evite comentários como “Nem posso imaginar o pesadelo que seria tomar injeções todos os dias e furar os dedos para fazer o teste da glicose!”

As injeções de insulina e os testes de glicemia permitem o controle do diabetes. Ninguém tem dúvida de que eles são mesmo necessários. Então porque transformá-los em vilões?

Ver as coisas por um lado mais positivo também ajuda: hoje em dia o desenvolvimento de novas tecnologias permite aplicações com mínimo desconforto. As agulhas estão quase invisíveis e do jeito que andam as pesquisas, em breve nem será necessário usá-las.

• Seja positivo e estimule a coragem! Estamos numa condição muito melhor hoje do que há décadas atrás. E muitas pesquisas feitas hoje tornarão a vida destas pessoas ainda melhores no futuro. A cura também chegará, mas só beneficiará quem estiver com boa saúde. No caso do diabetes isto significa bom controle da glicemia.

Trocar experiências e conhecimentos com pessoas que convivem com o diabetes, sejam pacientes ou cuidadores, é uma ótima ideia! Existem muitas associações que reúnem estas pessoas e a internet é também uma boa forma de encontrá-las.

 

Sempre acreditei no poder que o aprendizado tem em melhorar as nossas vidas. Espero, de verdade, que este texto te ajude

 

obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico

abs.

Carla

extraído:http://cuidadorfamiliar.com.br/cuidados-com-diabetes/