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sexta-feira, 7 de outubro de 2016

08/10: Dia Mundial de Cuidados Paliativos – Viver e Morrer com Dor: Não precisa ser assim

viver e morrer com dorEmbora sejam fundamentais no manejo da dor do idoso, cuidados paliativos ainda são subutilizados no Brasil. 
 
Você sabe o que são cuidados paliativos e qual é o papel desta linha de tratamento para os idosos, em especial, no suporte ao manejo da dor?

É sobre isso que queremos conversar com vocês hoje! Sobre o que é a paliação (ou cuidados paliativos) e as razões pelas quais ela é fundamental no apoio às pessoas com doenças incuráveis, que ameaçam a vida e, sobretudo, atuar de maneira adequada no manejo d...a dor decorrente do quadro do paciente. Convidamos vocês a ler lá no site: http://bit.ly/2cUKqoU

"Viver e morrer com dor: Não precisa ser assim” – é o tema da campanha mundial lançada pela Worldwide Hospice Palliative Care Alliance – para no Dia Mundial dos Cuidados Paliativos, celebrado neste sábado, 8 de outubro, ser abordado por países como o Brasil!

“Muitos pacientes em cuidados paliativos vão experimentar a dor em algum momento da evolução de suas doenças, ocorrendo de forma mais frequente e mais intensa nas fases avançadas”, esclarece a presidente da Comissão de Cuidados Paliativos da SBGG, a médica geriatra Laiane Moraes Dias.

A dor, principalmente a crônica, pode causar grande prejuízo na qualidade de vida do idoso, resultando em limitações físicas e funcionais, impactando no bem estar pessoal, na vida social e no trabalho. Por isso é preciso compreender que nem sempre a dor poderá ser aliviada só com a medicação prescrita pelo médico. Muitas vezes o alívio deste sintoma é alcançado por meio de um conjunto de intervenções de profissionais de saúde, como fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, psicólogo, e até mesmo de consultor espiritual, pelo comprometimento multidimensional da dor.

EVENTO: No dia 8/10 a SBGG, em parceria com a Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP), esclarece o assunto e realiza um evento no Rio de Janerio direcionado a esclarecer o tema e capacitar os profissionais que atuam na atenção ao idoso! Veja programação publicada no site oficial do movimento mundial http://bit.ly/2dB1ygR
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No Dia Mundial dos Cuidados Paliativos, celebrado neste sábado, 8 de outubro, a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), em parceria com a Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP),  realiza o encontro “Viver e Morrer com Dor: Não precisa ser assim”, no Rio de Janeiro. O tema do evento está alinhado à campanha mundial pela data.
 
O objetivo da SBGG é conscientizar a comunidade de profissionais envolvidos no envelhecimento populacional para a importância da paliação como linha de cuidado essencial, capaz de dar suporte a pessoas com doenças incuráveis, que ameaçam a vida e, sobretudo, atuar de maneira adequada no manejo da dor decorrente do quadro do paciente.
 
A presidente da Comissão de Cuidados Paliativos da SBGG, a médica geriatra Laiane Moraes Dias, esclarece que a dor, principalmente a crônica, pode causar grande prejuízo na qualidade de vida do indivíduo idoso, resultando em limitações físicas e funcionais, impactando no bem estar pessoal, na vida social e no trabalho. “Muitos pacientes em cuidados paliativos vão experimentar a dor em algum momento da evolução de suas doenças, ocorrendo de forma mais frequente e mais intensa nas fases avançadas”, diz.
 
Segundo Laiane, as consequências biopsicossociais da dor enfatizam a importância de um controle e tratamento adequados deste sintoma. 
 
Não é raro pacientes evoluírem com quadros depressivos, ansiosos, insônia e perda de apetite por causa de dor. Neste sentido, muitas vezes é preciso haver a assistência por uma equipe interdisciplinar.  A geriatra relata que é preciso compreender que nem sempre a dor poderá ser aliviada só com a medicação prescrita pelo médico. Muitas vezes o alívio deste sintoma é alcançado por meio de um conjunto de intervenções de profissionais de saúde, como fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, psicólogo, e até mesmo de consultor espiritual, pelo comprometimento multidimensional da dor.
 
Tem indicação para esta linha de cuidado paliativo todas as doenças crônico-degenerativas: demência, síndrome de fragilidade, doença renal crônica, insuficiência cardíaca, doença pulmonar obstrutiva crônica, câncer e tantas outras. No caso do câncer, aproximadamente 80% dos pacientes apresentam dor, sendo que em alguns desses casos ela será decorrente do próprio tratamento oncológico. Estima-se que pelo menos 40% desses pacientes não têm sua dor controlada.
 
A geriatra reforça que é importante lembrar que muitos idosos portadores de outras doenças crônicas, como o Alzheimer, o acidente vascular encefálico (AVE) e doenças osteomusculares (como osteoartrose), apresentam dor subdiagnosticada e negligenciada, contribuindo para a piora da qualidade de vida desses idosos.
 
Confira entrevista exclusiva com Laiane Dias para o “SBGG Entrevista” –

SBGG Entrevista: Presidente da Comissão de Cuidados Paliativos da SBGG, Laiane Dias

laiane_comissão cuidados paliativos 01Neste ano o tema da Campanha Mundial de Cuidados Paliativos  é: “Viver e morrer com Dor: Não precisa ser assim”. Estima-se que pelo menos 18 milhões de pessoas morrem com dor no mundo. Conversamos com a presidente da Comissão de Cuidados Paliativos, Laiane Moraes Dias, que esclareceu as razões pelas quais a paliação é fundamental no controle da dor. Ela também aproveita para contar as perspectivas da Comissão de CP para esta gestão. Confira a seguir. 
 
 
SBGG Entrevista: Qual a importância de olhar para a dor de forma diferenciada? 
 
Laiane Dias: A dor, principalmente a crônica, pode causar grande prejuízo na qualidade de vida do indivíduo, resultando em limitações físicas e funcionais, impactando no bem estar pessoal, na vida social e no trabalho.  Muitos pacientes em cuidados paliativos vão experienciar a dor em algum momento da evolução de suas doenças, ocorrendo de forma mais frequente e mais intensa nas fases avançadas.
 
 
SBGG Entrevista: Qual o papel do cuidado paliativo neste processo? É possível analisar o panorama no Brasil em relação a atenção que é dada a questão da dor?
 
Laiane Dias: As consequências biopsicossociais da dor enfatizam a importância de um controle e tratamento adequados deste sintoma.  Não é raro pacientes evoluírem com quadros depressivos, ansiosos, insônia e perda de apetite por causa de dor. Neste sentido, muitas vezes é preciso haver a assistência por uma equipe interdisciplinar.
É preciso compreender que nem sempre a dor poderá ser aliviada só com a medicação prescrita pelo médico. Muitas vezes o alívio deste sintoma é alcançado por meio de um conjunto de intervenções de profissionais de saúde, como fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, psicólogo, e até mesmo de consultor espiritual, pelo comprometimento multidimensional da dor.
 
Aproximadamente 80% dos pacientes com câncer apresentam dor, sendo que em alguns desses casos ela é decorrente do próprio tratamento oncológico. Estima-se que pelo menos 40% desses pacientes não têm sua dor controlada.
 
É importante lembrar que muitos idosos portadores de outras doenças crônicas, como o Alzheimer, o acidente vascular encefálico (AVE) e doenças osteomusculares (como osteoartrose), apresentam dor subdiagnosticada e negligenciada, contribuindo para a piora da qualidade de vida desses idosos.
 
 
SBGG Entrevista: Em sua avaliação quais ainda são os desafios para instituir acesso à paliação de qualidade a população brasileira que necessita deste tipo de linha de cuidado?
 
Laiane Dias: Educação dos profissionais de saúde. As disciplinas de dor e cuidados paliativos ainda não fazem parte da grade curricular da grande maioria das escolas de medicina do país.
 
Há ainda a falta de conhecimento e prática de uso dos principais fármacos envolvidos no controle da dor mais severa – os opióides, o que gera medo de seu uso pelos próprios profissionais de saúde,  conhecido como ‘ópiofobia’. No entanto, estes fármacos são bem estudados e possuem uma sequência previsível de efeitos adversos, e portanto seguros quando prescritos adequadamente, sob supervisão e avaliação criteriosas.
 
Os analgésicos opióides ainda são pouco utilizados em nosso país, quando comparados com outros, e isto tem relação inclusive com a qualidade de morte.
laiane_comissão cuidados paliativos 02
Em um ranking publicado em 2015 pela consultoria inglesa “The Economist”, o Brasil segue na 38o posição de um índice que analisou a qualidade e a disponibilidade de cuidados paliativos prestados aos pacientes portadores de doenças avançadas. Entre os fatores analisados estavam a qualidade do  tratamento prestado, como o  alívio da dor, e disponibilidade de analgésicos opióides.
 
Aqui no Brasil, ainda temos a burocracia que dificulta a aquisição de opióides, principalmente para pacientes que não estão hospitalizados. As regras do governo são  complexas e rígidas quanto a liberação dessas drogas.
 
É preciso racionalizar sim o uso de medicações, mas não há razão para que medo de uma possível dependência condene  uma pessoa a passar o tempo que lhe resta com dor.
 
 
 
SBGG Entrevista: Por fim, quais são as perspectivas da Comissão de Cuidados Paliativos para esta nova gestão (2016-2018)? 
 
A Comissão objetiva dar continuidade a divulgação da boa prática dos cuidados paliativos da SBGG – por meio de encontros organizados pela entidade e demais atividades ligadas à área de envelhecimento, além de  criar novas cartilhas e ferramentas que facilitem a discussão de alguns temas, como as diretivas antecipadas, que ela confidencia ser o foco do próximo lançamento.  (confira os materiais aqui)http://sbgg.org.br/espaco-cuidador/guias/
 
 
SBGG Entrevista: Para a SBGG o adequado manejo da dor no paciente idoso é um assunto tão importante que a entidade neste ano criou a Comissão da Dor. Conheça os objetivos do grupo, que foi lançado em agosto deste ano.
 
 
 

Fragilidades no acesso à Paliação

Segundo a Worldwide Hospice Palliative Care Alliance (WHPCA) – entidade formada pela aliança de 80 países, entre eles o Brasil, que encabeça o movimento mundial “Viver e Morrer com dor. Não Precisa ser Assim”, com apoio da Organização Mundial da Saúde, mais de 18 milhões de pessoas morrem com dor no mundo. Embora não haja dados recortados para o Brasil especificamente neste quesito, a SBGG relata que pessoas com doenças incuráveis não têm sintomas adequadamente tratados. Além disso, são subestimadas as necessidades sociais, psicológicas e espirituais dessas pessoas e de seus familiares.
 
No Brasil, existem fatores que limitam a ampliação da oferta de cuidados paliativos. De acordo com o médico geriatra e diretor da SBGG, Daniel Azevedo, um dos organizadores do evento no Rio de Janeiro, as pessoas ainda desconhecem o objetivo desse tipo de cuidado, reconhecendo-o como um sinônimo de ‘cuidados ao fim da vida’ quando na verdade esta modalidade terapêutica é bem mais abrangente e por vezes iniciada alguns anos antes da morte da pessoa. “Ou até décadas, como no caso de uma demência de progressão lenta”, pontua o geriatra.“A essência dos cuidados paliativos consiste em permitir que a pessoa e seus familiares possam viver da melhor maneira possível o tempo que lhes resta. A intenção não é dar anos a vida, mas sim, vida aos anos”, conclui o geriatra Daniel Azevedo.
 
Ainda há, segundo Azevedo, uma percepção infeliz de que os cuidados paliativos envolvam eutanásia, o que está completamente equivocado. Além disso, existe pouca divulgação das diretivas avançadas de vontade e resistência a registrá-las porque talvez as pessoas tenham medo de serem abandonadas pelos médicos ou de não receberem o melhor tratamento possível se deixarem registrado o seu testamento vital. Outro ponto, destacado por Azevedo, cabe ao acesso a serviços de cuidados paliativos e a medicamentos para controle de dor e outros sintomas no ambiente domiciliar – que ainda é limitado em todos os níveis de assistência a saúde.
 
Para tentar mudar esse panorama, a presidente da Comissão de Cuidados Paliativos da SBG, Laiane Dias, defende ser urgente incluir a disciplina de “cuidados paliativos” no currículo de todas as profissões da área da saúde, com o intuito de preparar os profissionais desde a graduação para lidar com a finitude, incutindo a certeza de que existe sempre muito a se fazer, mesmo que o paciente seja portador de uma doença incurável.
 
 
 
Evento
 
Viver e Morrer com Dor: Não precisa ser assim
Data/horário: 8 de outubro, das 9h às 13h
Local: Instituto de Neurologia Deolindo Coutu, auditório Térreo
Endereço: Rua Vencesleau Brás, 95, Botafogo – RJ
Inscrições: www.sbgg.org.br
Público-alvo: especialistas que atuam tanto no campo do envelhecimento, quanto de paliação aplicada a outras faixas etárias.  As inscrições estão abertas. Para conferir a programação acesse http://sbgg.org.br/dia-mundial-dos-cuidados-paliativos-3/
 
 
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla

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