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sábado, 22 de outubro de 2016

Fármaco restaura cabelo em pacientes com alopecia areata

Terça, 18 de Outubro de 2016

Fonte de imagem: EFE futuro


Pacientes com alopecia areata, uma doença autoimune responsável pela perda total ou parcial de cabelo, viram o seu cabelo crescer novamente após a administração de um fármaco usado no tratamento de doenças da medula óssea, revela um estudo publicado no “Journal of Clinical Investigation/Insight”.
A alopecia areata é uma das formas de perda de cabelo mais comuns, que afeta tanto homens como mulheres, independentemente da idade. Além de perda de cabelo, esta doença pode ainda manifestar-se através da perda de pelos faciais e corporais com consequências físicas e psicológicas sérias para os doentes. Atualmente, não existem tratamentos que permitam o restabelecimento por completo do cabelo.
Cientistas da Universidade de Columbia, nos EUA, haviam já identificado as células imunes e as principais vias de sinalização inflamatórias responsáveis pelo ataque aos folículos pilosos, que os coloca num estado dormente, na alopecia areata. Além disso, experiências em modelos animais e em folículos humanos revelaram que a utilização de fármacos inibidores da família de enzimas Janus Kinase (JAK) bloqueava os sinais inflamatórios e “acordava” os folículos dormentes.
Como tal, os investigadores decidiram experimentar utilizar dois fármacos inibidores de JAK, o ruxolitinib e o tofacitinib, usados para o tratamento de doenças de medula óssea e artrite reumatoide, respetivamente, em 12 pacientes com alopecia areata moderada a grave (correspondente a uma perda de cabelo superior a 30%).
“Estas doenças são ambas caracterizadas por vias de sinalização desreguladas, tal como acontece com a alopecia areata”, esclareceu Raphael Clynes, um dos autores do estudo, em declarações reproduzidas em comunicado publicado no sítio na internet da instituição americana. “Apesar de as doenças serem muito diferentes, esta característica comum deu-nos a ideia inicial de testar os inibidores JAK em pessoas com alopecia”, acrescentou.
Os participantes receberam 20 mg de ruxolitinib por via oral duas vezes por dia, durante três a seis meses, e foram seguidos durante três meses após a conclusão do ensaio clínico de forma a avaliar a duração da resposta ao tratamento.
A terapia foi bem tolerada por todos os participantes, sem efeitos secundários adversos graves.
Biópsias à pele realizadas antes, durante e após o tratamento revelaram que os pacientes que responderam ao tratamento apresentavam níveis reduzidos de sinalização do interferão e de linfócitos T citotóxicos – indicadores de uma resposta inflamatória – e níveis mais elevados de queratinas do cabelo – proteínas indicadoras de crescimento capilar. 
Aqueles que não responderam ao tratamento apresentavam níveis inferiores de marcadores inflamatórios em análises realizadas antes do início do mesmo. Segundo os cientistas, estes dados parecem sugerir que poderá ser possível identificar os pacientes que poderão responder ou não ao tratamento.
No final da terapia, 77% dos pacientes que responderam ao tratamento apresentaram um crescimento capilar de mais de 95% do couro cabeludo e apenas um terço revelou perda capilar significativa no período pós-tratamento, ainda assim acima dos níveis capilares apresentados anteriormente à terapêutica.
“Os nossos achados sugerem que o tratamento inicial conduz a uma elevada taxa de remissões da doença em pacientes com alopecia areata moderada a grave, embora seja necessária terapia de manutenção”, refere Mackay-Wigan, outro dos investigadores envolvidos no estudo. 
“Embora seja necessário realizar ensaios maiores e aleatórios para confirmar a segurança e eficácia do ruxolitinib nas pessoas com alopecia areata moderada a severa, os nossos resultados iniciais são muito encorajadores”, adianta.

Referência
Estudo divulgado no “Journal of Clinical Investigation/Insight”

obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
http://www.bancodasaude.com/noticias/farmaco-restaura-cabelo-em-pacientes-com-alopecia-areata/

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